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FICHA RESUMO ANALÍTICA DE OBRA CIENTÍFICA

Por:   •  28/3/2018  •  2.356 Palavras (10 Páginas)  •  452 Visualizações

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O QUE É MORAL? PROCURE O MOTIVO

Para Kant, o valor moral não consiste no resultado, mas, na intenção da ação. Para a ação ser boa, ela não deve apenas resultar em algo bom , mas, deve ser fundada para algo bom. Sua idéia inicial deve estar baseada em algo moralmente bom, ainda que não resulte em algo bom.

Se agirmos por interesse, nossa ação moral não terá valor moral. Segundo Kant isto não se aplica apenas ao nosso interesse, mas a todos os nossos desejos, e tentativas de satisfação da nossa vontade. Para ele apenas ações motivadas, pelo dever moral têm valor moral.

A honestidade comprada, não possui valor moral. Apenas fazer algo pelo dever – porque é o certo, não porque é útil ou conveniente confere valor moral.

Segundo Kant nós temos o dever de preservar a própria vida, qualquer ato que praticamos para preservar nossa vida, é prudência e não valor moral. Só será valor moral quando este desejo for revestido pelo dever e alegria de estar vivo.

O MISANTROPO MORAL

Para Kant as pessoas altruístas, que sentem compaixão pelo outro e têm prazer em ajudá-lo não tem valor moral. Kant mostra a diferença entre ajudar os outros pelo prazer, e ajudar pelo dever. A ação só terá valor moral , quando motivada pelo dever. Sentir prazer em fazer a coisa certa não elimina, necessariamente, seu valor moral. O que importa, segundo Kant, é que a boa ação seja feita por ser a coisa certa — quer isso nos dê prazer, quer não.

PRINCIPIO MORAL SUPREMA

Somos apenas seres sencientes, que obedecem aos estímulos de prazer e dor que recebemos dos nossos sentidos; somos também seres racionais, capazes de pensar. E, se a razão determina minha vontade, então a vontade torna-se o poder de escolher independentemente dos ditames da natureza ou da inclinação. Os utilitaristas viam os seres humanos como capazes de raciocinar, mas um raciocínio apenas instrumental. A função da razão, para os utilitaristas, não é determinar quais são os objetivos que vale a pena buscar. Sua função é descobrir como maximizar a utilidade por meio da satisfação dos desejos que porventura tivermos. Kant repudia esta idéia. O conceito kantiano de razão — de razão prática, aquela que tem a ver com a moralidade — não é o de uma razão instrumental, e sim “uma razão prática pura, que cria suas leis a priori, a despeito de quaisquer objetivos empíricos.

IMPERATIVO CATEGORICO

Kant considera uma máxima o principio de que propicia a razão para a ação de uma pessoa. Só devemos agir de acordo com princípios que podemos universalizar sem entrar em contradições.

Para Kant tentar universalizar a máxima da nossa ação, e continuar a agir como ela, não estamos especulando sobre as possíveis conseqüências. Ao universalizamos nossa ação encontramos uma forma de verificar se o que vamos fazer esta baseada em nossos interesses.

IMPERATIVO CATEGÓRICO II: TRATE AS PESSOAS COMO FINS EM SI MESMAS.

Kant cria a segunda versão do imperativo categórico da seguinte maneira: não podemos fundamentar a lei moral em interesses, propósitos ou objetivos particulares, porque no caso ela só seria relativa à pessoa cujos objetivos estivessem em questão. Para Kant todo homem racional tem um fim em si mesmo, e não um meio que sirva como ponte para satisfazer suas vontades e desejos.

A QUESTÃO DA EQUIDADE/ JOHN RAWLS

John Lock diz que não precisamos fazer um documento por escrito para dizer que iremos fazer um documento por escrito para dizer que devemos obedecer a lei, pois já fazemos isto tacitamente. Todo aquele que goza de benefícios concedidos pelo governo, consente de maneira tácita em obedecer a lei.

Immanuel Kant diz que uma lei é justa quando tem o consentimento da população.

John Rawls argumenta que a maneira pela qual podemos entender a justiça é perguntando a nós mesmos com quais princípios concordaríamos em uma situação inicial de equidade. Se parássemos para definir princípios que ordenariam nossas vidas em conjunto, teríamos inúmeros principio, já que um é pobre, outro rico, um branco, outro negro. Temos necessidades difusas.

Rawls acredita que se fossemos ignorantes e nos reuníssemos para escolher os princípios novamente, que regeriam nossas vidas, dois princípios de justiça iriam emergir:

- O primeiro ofereceria liberdades básicas para todos os cidadãos , como a liberdade de expressão , e de religião.

- O segundo se referiria a igualdade econômica e social. Permitindo as desigualdades econômicas e sociais, privilegiando assim, membros menos favorecidos de uma sociedade.

OS LIMITES MORAIS DO CONTRATO

O fato de uma constituição ser ratificada pelo povo não significa que as suas clausulas sejam justas.

Um contrato ou lei injusta, não te dá o direito de violar os termos e clausulas.Podemos ainda ser obrigados a cumprir até mesmo uma negociação injusta.Com atos voluntários os contratos expressam nossa autonomia.

John Rawls propõe que a justiça está ligada a liberdade, e sua noção de liberdade também se distingue da liberdade de Kant. A sua questão principal é a equidade. Ele acredita que para decidirmos se algo é justo devemos nos despir de nossos conceitos, preferências, parcialidades e imaginarmos que estamos sujeitos à um “véu da ignorância”, que faria com que não nos lembrássemos a qual categoria social pertencemos e sob essas condições, onde não saberíamos nossas vantagens e desvantagens é que poderíamos escolher nossos princípios de maneira justa, através de um contrato hipotético.

Sua conclusão foi de que neste caso não optaríamos pelo utilitarismo, pois poderíamos pertencer a uma minoria oprimida que poderia ser extinguida para a felicidade da maioria. Não optaríamos também por uma sociedade regulada quase que exclusivamente pelo mercado, pois poderíamos ser Silvio Santos, mas também poderíamos ser um sem-terra, e ninguém arriscaria.

Nesta perspectiva altos salários, e altos ganhos em geral só existiriam caso se justificassem socialmente. Se um melhor salário para médicos fizesse com que as regiões mais pobres tivessem um bom atendimento na saúde pública, seria justificável a diferença salarial. No entanto, seria mais difícil justificar tal diferença

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