O ABC da greve
Por: Lidieisa • 14/11/2018 • 1.939 Palavras (8 Páginas) • 359 Visualizações
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Foram feitas varias prisões. Com a prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional (LSN).
O governo interferiu na volta da diretoria do sindicato...
Esses trabalhadores deram início às grandes greves e ao renascimento do movimento sindical brasileiro.
“Durante 14 meses de intervenções pela primeira vez no Brasil uma diretoria sindical cassada e condenada continua na frente da luta da categoria utilizando com alternativa a infra-estrutura do fundo de greve e criando desta forma as condições para retomada do sindicato”...
A classe operaria vai ao paraíso
A década de 70 seria, no entanto, um período de profundas transformações no capitalismo do mundo todo, em que se inclui a Itália. Depois de um período de conquistas para a classe trabalhadora. O resultado seria que muitos dos direitos conquistados seriam pela burguesia da época, para diminuir os custos e poupar a força de trabalho.
O homem cada vez mais se torna uma máquina, é o homem que tem de adaptar-se à máquina. O papel do trabalhador na geração de riqueza passa a ser questionado, a crise capitalista faz com que a organização dos trabalhadores se depare com o aumento do desemprego.
O filme “A classe operária vai ao paraíso” de 1971 busca responder a essa pergunta: vai depender da própria classe trabalhadora, do despertar ou não de sua consciência de classe. BAN, uma fábrica que produz peça para motores. Os operários iniciam sua jornada de trabalho ao som de auto-falante para buscar incentivá-los para um bom desempenho do trabalho e para cuidarem do desempenho e manutenção das máquinas.
Nem todos os trabalhadores, no entanto, tem esta atitude de revolta. Lulu com sua grande concentração dita o ritmo de trabalho para os demais operários, para alcançar suas metas. A postura da mesma no trabalho é de carrasco com os operários, os colegas de trabalho chamam de bajulador.
O local de trabalho é visto como uma competição. O que chama a atenção no comportamento de Lulu é a obsessão com a ordem das coisas. Ao discutir com um colega ao mesmo tempo em que trabalha se desconcentra e a máquina decepa um dedo de sua mão. A perda do dedo dá uma virada na vida de Lulu. Os conflitos entre as duas forças políticas da BAN, os sindicalistas e os estudantes. O acidente com o dedo de Lulu é mais um conflito contra os patrões e entre sindicalistas e estudantes. O acidente é atribuído ao ritmo de trabalho fora do normal em que os trabalhadores da fábrica eram submetidos, em que “os patrões cortam o tempo livre dos operários e este cortam os dedos”. A revolta dos operários ocorre no momento do acidente, resultando da suspensão de seis operários. Os sindicalistas dizem: se os patrões não readmitir os seis operários vão decretar greve. O discurso dos estudantes, filhos de classe média sem vínculo formal algum com o mundo do trabalho, assume ares de “revolução já!” com a palavra de ordem: “tudo hoje e nada amanhã”. Os estudantes consideram que os operários devem ignorar os sindicatos, acham que os trabalhadores não devem fazer acordo algum e sim abolir de vez o sistema de metas de produção: “a fábrica é uma prisão, deve-se fugir dela ou arrebentar tudo”. Lulu passa para o lado dos estudantes. Em seguida participa de assembléia pela primeira vez. Os estudantes, afirma que os operários chegam à fábrica antes do sol nascer e saem depois do sol se por e questiona se “Isso é vida? Podemos ficar trabalhando até a morte, sem parar, e assim, deste inferno passamos para o outro, que é a mesma coisa”. Na assembléia decide que os operários diminuam em duas horas por dia a jornada, Lulu tenta passa por cima da decisão da assembléia e propõe “greve já!”. Lulu paga um preço alto e, é demitido da fábrica.
Lulu vai em busca de respostas e procura os estudantes, para perguntar o que fazer, mas os estudantes muda o foco. Então ele viu que se aliar aos estudantes foi um erro. Percebe que os estudantes não devem dizer aos operários o que eles devem fazer: “um operário tem de pensar por si”. Lulu acaba se tornado uma pessoa melhor depois de tudo. Com o desemprego de Lulu, os sindicalistas vieram até sua casa dizendo que o sindicato conseguiu negociar sua readmissão na empresa e vai regularizar o sistema de metas de produção. Enfim, vitória dos trabalhadores. Lulu não é mais um homem maquina ele agora é mais sociável e conversas com os operários, brinca, trabalha, dorme e sonha como uma pessoa normal.
A solução somente será descoberta ao custo de muita luta e sofrimento (...).
Hércules 56
O filme Hércules 56 relata a luta armada contra o ditadura militar no Brasil a partir do seqüestro do embaixador americano (Charles Burke Elbrick) em 1969 na semana da Independência. Em troca do embaixador foi exigida um manifesto revolucionário e a libertação de quinze presos políticos, representantes da ditadura, eles foram conduzidos para o México.
Os presos foram: Agonalto Pacheco, Flávio Tavares, José Dirceu, José Ibrahin, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, Mario Zanconato, Ricardo Vilas, Ricardo Zarattini, Vladimir Palmeira, Luís Travassos, Onofre Pinto, Rolando Frati, João Leonardo Rocha, Ivens Marchetti e Gregório Bezerra.
Eles relatam à atuação da política nos anos 1960, a prisão, a libertação e permanência no México e alguns dias vivido em Cuba. Manoel Cirillo e Paulo de Tarso Venceslau, foram os dois únicos remanescentes da Ação Libertadora Nacional (ALN), que realizou a operação.
Ainda em troca da liberdade do embaixador eles tinham duas exigências: publicação integral de um manifesto contra a ditadura nos maiores veículos de comunicação e a libertação de 15 presos políticos, membros de diversas organizações que combatiam a ditadura.
Hércules 56 é o nome dado ao avião das forças armadas, em setembro de 1969 transportou os 15 presos políticos do Brasil até o México. Em setembro do mesmo ano o Brasil era governado pela junta militar.
O filme coloca em evidência a questão da ditadura até hoje. Relembra também a história da ditadura militar que é algo vivo ainda. O filme relembra também
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