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Não liberalismo de Adam Smith

Por:   •  15/10/2018  •  1.016 Palavras (5 Páginas)  •  409 Visualizações

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A abertura de mercado deveria ser de maneira lenta, necessária e segura; o que fortalece sua ideia de lentidão é a dificuldade de escoamento da época, nem tudo compensava ser transportado para longas distâncias, fazendo com que os comerciantes de transporte preferirem o mercado interno ao externo, tanto para importações como exportações. Smith prevê que aquele que negocia com o exterior, muitas vezes não tem amor pátria, pouco importa com a nação, e só lembra do seu país quando está com a corda no pescoço (no ataque ou defesa em uma disputa com outra nação ou com problemas de legislação).

O comércio externo só seria agradável se a Inglaterra fosse igual ou melhor beneficiada em contrapartida que as outras nações, e mais agradável ainda se apenas o excedente da produção interna fosse mandado para fora do país, e nessas trocas, tudo o que viesse de fora sendo destinado ao interesse da classe trabalhadora (alimentos na maioria das vezes), pessoas que mais necessitavam de determinados produtos e que comprariam e maior quantidade, não fazendo estoque dessa mercadoria estrangeira.

Para uma nação se desenvolver e enriquecer, é preciso acabar com as birras do poder manufatureiro e das colônias, pois essas birras e desavenças restringiam a atividade do comércio, e apesar de Adam Smith ser um protecionista de seu país, a intenção dele era de que todas as nações vizinhas abrissem seus mercados, para que em uma disputa de nações, a Inglaterra, com o seu poder manufatureiro um pouco mais aprofundado, pudesse tirar proveito desse comércio exterior e se consolidar ainda mais como potência na Europa, e assim fazer frente a países da Ásia, em especial a China, que ainda não tão desenvolvida na divisão social do seu trabalho, já era responsável por 10% de toda produção mundial.

No geral, Adam Smith se preocupa mais em entender os monopólios (formações e espíritos) e o comércio, defendendo a economia, o mercado interno e quaisquer outros interesses da Inglaterra; e mesmo que uma interpretação possa mostrar mais evidente, ele deixa os interesses liberais em segundo plano, e pela minha análise, coloca o estado fortificado e blindado junto com o bem comum entre as classes produtivas como maior importância, até porque as riquezas da nação provem do trabalho, e sem alguém tenha que deter o monopólio, que seja algo menos prejudicial a sociedade num todo, não possuindo, mesma que mínimas, qualquer interferências externa que atenda ou enriqueça uma outra nação.

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