Adam Smith - A riqueza das nações e-book
Por: SonSolimar • 12/7/2018 • 826 Palavras (4 Páginas) • 372 Visualizações
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caso não haverá a troca entre eles. A fim de evitar o inconveniente de tais
situações, toda pessoa prudente, em qualquer sociedade e em qualquer período
da história, depois de adotar pela primeira vez a divisão do trabalho, deve
naturalmente ter se empenhado em conduzir seus negócios de tal forma, que a
cada momento tivesse consigo, além dos produtos diretos de seu próprio
trabalho, uma certa quantidade de alguma(s) outra(s) mercadoria(s).
Provavelmente, muitas foram as mercadorias sucessivas a serem
cogitadas e também utilizadas para esse fim. Nas épocas de sociedade
primitiva, afirma-se que o instrumento generalizado para trocas comerciais
foi o gado. Já na Abissínia foi o sal. Em algumas regiões da Índia foi a concha, e
existiram outros meios de troca em diversos lugares. Entretanto, ao que parece,
em todos os países as pessoas acabaram sendo levadas por motivos irresistíveis
a atribuir essa função de instrumento de troca preferivelmente aos metais, acima
de qualquer outra mercadoria. Os metais apresentam a vantagem de poderem
ser conservados, sem perder valor, com a mesma facilidade que qualquer outra
mercadoria, por ser difícil encontrar outra que seja menos perecível; não somente
isso, mas podem ser divididos, sem perda alguma, em qualquer número de
partes, já que eventuais fragmentos perdidos podem ser novamente recuperados
pela fusão — uma característica que nenhuma outra mercadoria de durabilidade
igual possui, e que, mais do que qualquer outra, torna os metais aptos como
instrumentos para o comércio e a circulação. Diferentes foram os metais
utilizados pelas diversas nações para esse fim. O ferro era o instrumento comum
de comércio entre os espartanos; entre os antigos romanos era o cobre; o ouro e
a prata eram o instrumento de comércio
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