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Modelo Neoclássico Keynesiano

Por:   •  3/12/2017  •  2.523 Palavras (11 Páginas)  •  285 Visualizações

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E uma Nova Teoria Quantitativa da Moeda. Então relata a teoria da demanda por moeda e não uma teoria da geração de renda. Mostrando a conclusão de Friedman é similar à TQM clássica, de que a demanda por moeda guarda uma relação estável com a renda nominal. Consequentemente, a oferta de moeda afetará apenas o nível geral de preços.

Para a TQM de Friedman é uma teoria do produto, para as famílias a moeda é um ativo como outro qualquer que fornece algum serviço útil; enquanto para uma firma a moeda é como um bem de capital, uma fonte de serviços produtivos. Os agentes demandam poder aquisitivo na forma de moeda. Se os preços dobram, os agentes desejarão reter o dobro de moeda para manter o poder aquisitivo de antes do aumento de preços. A demanda por moeda, portanto, só faz sentido em termos reais.

No momento em que emerge o monetarismo, as proposições keynesianas sobre a demanda por moeda já haviam sido lançadas e se propagado, devendo ser então mencionado que a taxa de juros (r) já havia sido acrescentada como um dos determinantes da preferência pela liquidez. Sendo assim, os novos quantitativistas também passaram a considerá-la, pelo menos do ponto de vista teórico. No entanto, do ponto de vista empírico, passaram a acreditar que o efeito substituição entre a moeda e outros ativos, embora existisse, chegava a ser desprezível, tendo em vista a baixa elasticidade da demanda por moeda em relação à taxa de juros. Reconhecem ainda que a própria expectativa da inflação futura tende a alterar as intenções dos agentes em manter um dado estoque de moeda para transações futuras, pois, quanto maiores as taxas esperadas de elevação nos preços, maior será a deterioração do poder de compra dos saldos mantidos sob a forma de moeda. Embora esta seja mais uma verdade assumida pelos monetaristas, também esta variável (inflação esperada) termina por ser posta no seu devido lugar, quando admitem que tal fenômeno só assuma importância considerável em momentos excepcionais, como é o caso das hiperinflações, podendo assim ser também desprezada em períodos de normalidade.

A própria renda (y), também deve ser devidamente reconhecida como a renda permanente dos agentes. A renda dos indivíduos resulta de receitas que são permanentes e de receitas que são transitórias.

Friedman analisa-se como cada item deve influenciar na função demanda por moeda. Assim define riqueza de forma bastante ampla para incluir todas as fontes de renda ou serviços consumíveis. A forma funcional que este conceito assume é a seguinte: Y = r.W. A riqueza pode ser mantida em duas formas: humana e não-humana.

As formas que a riqueza pode assumir seriam: Moeda: comodidade, segurança, poder de compra real; Títulos: rende juros; Ações: apreciação mais dividendos Bens físicos; Capital humano: para Friedman não é possível expressar preços de mercado ou taxas de retorno sobre o capital humano.

O confronto keynesiano vs monetarista se baseia nas visões diferentes de como opera a economia capitalista e do papel que nela desempenha a moeda. Enquanto para Keynes a moeda tem propriedades que tornam o funcionamento da economia instável e propenso a crises, para Friedman continuam válidos os postulados da TQM.

A crítica de Keynes reafirma a importância e a não neutralidade da moeda no curto e no longo prazos, uma vez que tem a propriedade de afetar o mundo real e não apenas os preços, como também de impedir que se afete esse mesmo mundo real em situações de expectativas desfavoráveis.

Por último será analisado a hiperinflação pela ótica de Cagan, que em seu estudo clássico sobre as hiperinflações europeias da década de 20, supõe completa flexibilidade de preços e que estes são determinados pela condição de equilíbrio no mercado de moeda.

A inflação presente será tanto maior quanto maior for a taxa corrente de expansão monetária e maiores tiverem sido as taxas de inflação no passado. Esse modelo simples apresenta uma explicação monetária para a taxa de inflação. Elevadas taxas de crescimento da oferta de moeda causam altos níveis de inflação. Porém, mesmo nesse caso, outros fatores, como as expectativas e as mudanças na demanda por moeda, afetam a taxa de inflação. Taxas de inflação defasadas afetam a inflação corrente nesse modelo porque afetam as expectativas inflacionárias.

Um crescimento da expansão monetária derivado de um aumento exógeno na coleta de senhoriagem e/ou da contração de demanda por moeda provoca um aumento da taxa de inflação que se transmite para as expectativas inflacionárias, que por sua vez realimentam a taxa de inflação, o que faz crescerem as duas taxas até que as expectativas se estabilizem.

O estudo de Cagan estimou a demanda por saldos monetários reais na hiperinflação como dependente inversamente da taxa esperada de inflação, resultado que é plenamente compatível com o modelo de demanda por moeda de Friedman.

Neste capitulo ocorre uma revisão dos modelos clássicos de como a TQM e formação de expectativas inflacionárias e de modelos de inflação e hiperinflação. Os desenvolvimentos propostos ao longo do tempo para teoria quantitativa da moeda surgiram da necessidade de adaptá-la ao cenário econômico em constante mutação, além de servir como alicerce para a compreensão de alguns fenômenos econômicos, como é o caso da inflação.

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Em A Operacionalidade da Política Monetária: Objetivos e Instrumentos relata a importância do Banco Central que define suas metas de política monetária, seus objetivos e instrumentos. Como objetivo final, um Banco Central pode tentar perseguir a estabilidade de algum índice de preços, crescimento do produto, nível de emprego, estabilidade da taxa de câmbio, entre outros.

Os instrumentos de política monetária, de um modo genérico, são as variáveis que o banco central controla diretamente. Os três instrumentos tradicionais de política monetária são a taxa de juros no mercado de reservas bancárias, a taxa de redesconto e as alíquotas das reservas compulsórias sobre os depósitos do sistema bancário.

O banco central exerce o monopólio da moeda obrigando o sistema bancário a manter parte de seus depósitos sob a forma de reservas bancárias depositadas no banco central. Esta demanda de reservas

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