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Livro Economia da Inovação Tecnológica

Por:   •  12/9/2018  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  319 Visualizações

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Em outro escrito de Schumpeter (1935), citado por Szmrecsányi, trata-se das modificações econômicas, e assemelhou as inovações a mudanças nas funções de produção. “Tais mudanças estão na origem dos ciclos de conjuntura, dentro dos quais elas atuam como fatores desequilibradores do sistema.” Ciclos devem ser estudados historicamente e estatisticamente, bem como, são compostos por quatro fases: expansão, recessão, depressão e conexão, o desenvolvimento deve-se ao surgimento descontínuo de clusters de inovação. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 119 e 120).

No prefácio (1937) da Teoria do Desenvolvimento Econômico, Schumpeter aborda análises das “conseqüências macroeconômicas das inovações tanto no crescimento das principais economias capitalistas do seu tempo, como nos ciclos de conjuntura que lhe são inerentes.” Também, o autor intitula o empresário como responsável pela inovação e esta é essencial para as empresas capitalistas. Ainda nesta obra, Schumpeter faz distinção entre mudanças adaptativas e criativas das economias capitalistas. As mudanças criativas referem-se às variações na qualidade, quantidade, métodos, etc.

Logo que for separada da invenção, a inovação pode ser claramente percebida como um fator de mudança interno ao processo produtivo (ou distributivo). Ela é um fator interno porque leva, no âmbito interno da vida econômica das sociedades capitalistas, a uma nova e diferente utilização dos fatores de produção nelas disponíveis – ou seja, a um novo comportamento dos agentes econômicos, a uma nova maneira de fazer negócios. (SCHUMPETER, 1937 apud, SZMRECSÁNYI, 2006, p. 121).

As mudanças já citadas acima e os impactos da inovação são chamados evolução econômica, ainda, essas causam substituição de processo/produto por novas inovações que resultam em custos decrescentes, desequilíbrios, concorrência e aumento nos investimentos, ou seja, faz crescer a economia. “As inovações são da responsabilidade das empresas e dos empresários, e a remuneração das mudanças que eles provocam na produção e circulação de mercadorias se dá por meio dos lucros.” (SCHUMPETER, 1937 apud, SZMRECSÁNYI, 2006, p. 122). Em definição ao capitalismo, Schumpeter descreve como uma economia com base na propriedade privada de meios produtivos, a qual as inovações são levadas através de recurso emprestado, constituindo sistema de crédito.

Ainda, Schumpeter salienta o desgaste do motivo essencial de desenvolvimento da economia capitalista – os lucros - denominado “crescente mecanização do progresso industrial” devido às atividades em grupos de pesquisas das empresas. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 124).

No sub capítulo 3 da Teoria da Concorrência Oligopolista e o Progresso Técnico, o autor Szmrecsányi cita a obra de Schumpeter, Capitalismo, Socialismo e Democracia, a qual complementa a Business Cycles, mas também aborda aspectos políticos e sociais da evolução de economia capitalista desenvolvida. Nessa obra, Schumpeter apresenta uma de suas maiores contribuições, chamado “Processo de Destruição Criadora” do capitalismo. Segundo, Schumpeter (1942), citado por Szmrecsányi, “os principais fatores de mudança e de dinamismo do sistema são intrínsecos à vida econômica capitalista e, mais particularmente, aos processos de produção e de circulação de mercadorias.” Esses processos são constantemente modificados e promove transformações nas estruturas econômicas, isso devido ao surgimento de inovações que provocam destruição e substituição de antigas para novas estruturas. Conforme concluído por Szmrecsányi (2006, p. 125) “é esse processo de permanente destruição criadora que constitui para Schumpeter a essência do desenvolvimento econômico capitalista.”

Szmrecsányi exibe que devido às modificações nas estruturas, predominando o monopólio, também a forma concorrencial é modificada com foco na qualidade do produto, estratégias de comércio e inovações em produto e processo, para então manter seu market-share.

O sub capítulo 4 trata-se de retomar os pontos centrais dos escritos de Schumpeter. O primeiro escrito apresentou como central as mudanças das economias capitalistas explicadas pelos fatores internos e externos do sistema econômico. O fator externo obteve destaque, pois se deve a respostas criativas de empresas, despertando o interesse no estudo dos empresários, bem como suas funções, resultando também no aprofundamento dos estudos de inovação gerados por esses agentes. O autor exibe que o há distinção entre o inventor (criador da idéia) e o empresário, sendo este último quem conduz à inovação ao mercado. Segundo Szmrecsányi, “inventar é relativamente fácil, mas inovar de fato sempre é difícil.” Ainda, “as empresas inovadoras são aquelas que introduzem e difundem novos produtos, novos processos, novas formas de organização.” Schumpeter enfatiza a importância da função do empresário para o crescimento das economias capitalistas. (SZMRECSÁNYI, 2006, p. 129).

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