Resenha Jensen & Meckling (1976)

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Os custos de agência deveriam limitar a existência de empresas com propriedade altamente pulverizada. Nos estudos de Modigliani e Miller (1958), foram apresentados o crescimento do valor da empresa pelo uso de dívidas. Entretanto, essas grandes empresas com estrutura de capital formada principalmente por capital de terceiros não são comuns ter apenas um único proprietário, pois teria de haver incentivo à ação de gestores nas firmas altamente alavancadas, custos de monitoramento para tais incentivos e os custos de falência como dito anteriormente. Os credores não vão conceder crédito a uma firma com pouco capital próprio, pois o proprietário-gestor terá incentivo a investir em atividades arriscadas visando rentabilidade própria, dado que os credores que vão arcar com os custos em caso de fracasso.

Para sua própria proteção, os credores fazem contratos de forma a limitar o risco advindo das atividades dos gestores. O custo para criação de tais contratos é um custo de monitoramento externo a empresa. Ainda há o fato de que dívidas aumentam a possibilidade de falência. Mesmo com tais custos, a utilização de dívidas é feita visando os subsídios fiscais, e se não houver tais subsídios, havendo a necessidade pela limitação de recursos do proprietário.

As leituras levam a uma teoria sobre a estrutura de propriedade, dividida entre ações do administrador, de acionistas externos e demais credores, assim como os custos de agência decorrentes das relações contratuais existentes entre eles. Para o gestor, alcançar a proporção ideal das fontes de financiamento é possível com a diminuição para o mínimo dos custos de agência. Entretanto, quanto maior uma firma é, maiores serão seus custos de agência. Assim, os custos de agência estão relacionados com a maneira em que a estrutural de capital se desenvolve. Com a existência de tais custos e seu tamanho variar de acordo com a natureza dos custos e as preferências dos administradores, surgem dúvidas que podem direcionar a diversos tipos de pesquisa, inclusive no Brasil, com suas particularidades e instituições, além de relacionar aos fatos políticos ligados a grandes empresas que vêm ocorrendo ultimamente no país.