RELAÇÃO ENTRE A CRISE DA BOLSA DE NOVA YORK E A CRISE DA EMPRESA ENRON

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Caso Enron: Uma crise de liquidez caracteriza-se por uma remoção inesperada e prolongada da liquidez do mercado (a capacidade de negociar um ativo ou instrumento financeiro em curto prazo sem um grande impacto de preço) e liquidez de financiamento (a capacidade de levantar dinheiro vendendo ativos ou emprestando dinheiro). Por exemplo, partes do setor de energia enfrentaram uma crise de liquidez no rescaldo da falência da Enron em novembro de 2001, quando a incerteza sobre o efeito da falência da Enron sobre outros players da indústria e colapso dos preços do mercado energético fez com que instituições financeiras e outros principais players do mercado de energia bloqueassem (Crise pós-Enron).

Esta solução, no entanto, pode não funcionar para todas as entidades. Um problema, como vimos na Grande Recessão, é que as crises de liquidez podem ultrapassar uma certa indústria ou sector e cobrir grande parte da economia. Mesmo uma promessa de ativos pode não ser suficiente para convencer uma instituição financeira a dar apoio ao crédito. Em segundo lugar, a estrutura societária das entidades pode constituir um problema. Muitas entidades desenvolvem estruturas de entidades de propósito específico sob as quais os ativos são separados da empresa-mãe em uma entidade criada especialmente para ser protegida de uma falência da empresa-mãe, ou "falência remota", como essas estruturas são freqüentemente chamadas. O objetivos é permitir um financiamento separado destes ativos, que é normalmente efetuado numa base segura - pelo que, no que diz respeito aos mutuantes da empresa-mãe, esses ativos já estão garantidos e, por conseguinte, não estão disponíveis.