Gestão econômica e social de cooperativas
Por: Carolina234 • 22/12/2017 • 5.257 Palavras (22 Páginas) • 454 Visualizações
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índice de rentabilidade líquida dos investimentos, custo total do financiamento,
Auto-Sustentabilidade e Taxa de Retorno sobre o Ativo, como um estudo
detalhado da parte mais significativa desses setores.
2. As cooperativas de crédito e o Sistema Financeiro Nacional
O cooperativismo surgiu em 1844, sendo que a primeira cooperativa de
crédito, de caráter tipicamente rural, apareceu em 1848 na Alemanha. As
cooperativas de crédito urbanas surgiram a partir de 1850 em diversos países V Encontro de Pesquisadores Latino-americanos de Cooperativismo
V Encuentro de Investigadores Latinoamericanos de Cooperativismo
06-08 Agosto 2008 – Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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europeus e a América conheceu a primeira cooperativa de crédito em 1900, criada
na província de Quebec, no Canadá, pelo canadense Alphonse Desjardins.
No Brasil, a primeira cooperativa de crédito, a qual existe até hoje, foi
constituída em 1902 pelo padre suíço Theodor Amstadt, no Rio Grande do Sul,
chamada Caixa Rural de Nova Petrópolis. Em 1951 foi criado o Banco Nacional de
Crédito Cooperativo com o objetivo de assistência e amparo às cooperativas, o
qual foi fechado em 1990 e, desde a nova constituição, diversas leis e resoluções
garantiram a consolidação do ramo no país. O Bansicredi S/A e o Bancoop foram
criados em 1995 e 1996, respectivamente, e em 2003 a Resolução 3.106 abriu
espaço para o desenvolvimento do cooperativismo de crédito, pois permitiu a
constituição de cooperativas de livre admissão de associados.
Em linhas gerais, as cooperativas de crédito são consideradas como sendo
organizações que não visam ao lucro, constituídas para prestar serviços
financeiros aos associados, como concessão de crédito, captação de depósitos à
vista e a prazo, cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de
recebimentos e pagamentos por conta de terceiros, além de outras operações
específicas.
Pode-se observar, a partir do gráfico abaixo, que o número de cooperativas
de crédito aumentou nas últimas décadas, principalmente na década de 1990.
Gráfico 1 – Evolução do número de cooperativas de crédito. Fonte: Banco Central do
Brasil, 2007.
As cooperativas de crédito estão inseridas no Sistema Financeiro Nacional
(SFN), o qual, segundo Assaf Neto (2008), é formado por instituições financeiras
públicas e privadas, sendo o Conselho Monetário Nacional (CMN) seu órgão
máximo.
É por meio do Sistema Financeiro Nacional que se torna possível a
realização de intermediação entre os agentes superavitários e os agentes
deficitários. Os agentes superavitários são aqueles que conseguem auferir um V Encontro de Pesquisadores Latino-americanos de Cooperativismo
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06-08 Agosto 2008 – Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil
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consumo e investimento menor do que a sua própria renda, conseguindo assim
criar uma poupança, e os agentes deficitários são justamente aqueles que
consomem e investem mais do que a sua própria renda. Assim, o sistema fica
responsável por intermediar a relação entre esses dois agentes: o carente e o
poupador.
O Sistema Financeiro Nacional teve a sua estruturação através da Lei de
Reforma Bancária, que criou o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco
Central do Brasil e estabeleceu as normas e procedimentos aos quais as
entidades do sistema financeiro deveriam se subordinar; da Lei de Mercado de
Capitais, onde foram estabelecidas normas e regulamentos para estruturar o
sistema de investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e
atender a demanda por crédito, a Lei de Criação dos Bancos Múltiplos e ainda,
segundo Fortuna (2008), também teve grande relevância a Nova Lei das
Sociedades Anônimas, a qual consolidou os dispositivos da Lei da CVM e da Lei
das S.A., melhorando a proteção aos minoritários e dando força à atuação da
CVM como órgão regulador e fiscalizador do mercado de capitais, incluindo os
fundos de investimento e os mercados de derivativos.
A divisão proposta por Assaf Neto (2008) do Sistema Financeiro Nacional é
composta em dois subsistemas: o primeiro, o Subsistema Normativo, onde
encontramos órgãos responsabilizados pelo funcionamento do
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