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 FRAUDE CONTÁBIL NA EMPRESA WORLDCOM

Por:   •  17/11/2018  •  2.187 Palavras (9 Páginas)  •  394 Visualizações

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Estas mudanças transformaram as perdas da WorldCom em lucros de US$ 1,3 bilhões em 2001. Isto fez a WorldCom parecer mais valiosa. A contabilidade era fraudada, registrava-se alguns custos de investimento de capital das empresas, atrasando o tempo, o impacto sobre a tabela de resultados, que apesar de não afetar o fluxo da empresa, era feito para mostrar os lucros em vez de perdas. Escondendo um buraco financeiro de milhões de dólares (SILVA, 2007).

As falsificações de contabilidade, foram ordenados por Ebbers a partir de 2000, coincidindo com a crise no setor do telefone ligado ao rebentamento da bolha especulativa da Internet WorldCom incorrido em custos operacionais (principalmente custos associados o uso de rede de serviços de terceiros) indevidamente contabilizados como despesas de capital, que é completamente fraudulenta, o pagamento de um serviço de aluguel de locais de linhas claramente é uma despesa (SILVA 2007).

Estas despesas devem ser imediatamente reconhecidos no período em que ocorrem, ao contrário de gastos de capital que podem legitimamente ser contabilizadas e depreciados ao longo de sua vida útil. A má interpretação dessas despesas pela WorldCom causou uma inflação artificial do seu lucro líquido e lucro bruto (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) (BONOTTO, 2010).

Conforme Solomon (2002) a empresa possui mais de 341 milhões de dólares em empréstimos dados pelo conselho da administração aos gestores. A uma taxa de juros de 2% ao ano o que representava um rendimento inferior ao retorno médio das aplicações financeiras.

Como a fraude foi descoberta

As fraudes na Woldcom foram descobertas pela vice-presidente Cynthia Cooper, que também era Auditora Interna da empresa. Cynthia e seus colegas começaram a suspeitar de algumas operações financeiras peculiares, chegando a descobrir quase 4 bilhões de dólares em despesas mal alocadas e registros contábeis falsos, eles efetuavam esse trabalho muitas vezes no período da noite para evitar suspeitas.

A primeira coisa que despertou interesse me Cynthia, foi em março de 2002 quando um gerente sênior queixou-se do seu chefe, o diretor financeiro Scott Sullivan, de roubar de uma conta de reserva o montante de 400 milhões de dólares dado em proteção contra perdas de receita antecipada. Ela questionou a Arthur Andersen, que era a Auditoria da época sobre esse assunto, e eles falaram que não havia nada fora do normal. Após isso, ela repassou o assunto ao conselho de auditoria da empresa, isso lhe gerou um conflito direto com seu chefe, Sullivan, que a advertiu para que ficasse longe do assunto.

Cynthia, porém, continuou sua busca intensa e com acesso aos sistemas contábeis da empresa acabou encontrando lançamentos e fatos que comprovassem as fraudes contábeis na empresa, assim ela tinha descoberta uma dos maiores casos de fraude contábil dos Estados Unidos.

Cynthia, foi eleita em 2002 pela revista Time como Pessoa do Ano, por seus trabalhos efetuados de denúncia no caso da WorldCom.

Os impactos que a fraude gerou para a organização e todas as partes interessadas

Em julho de 2002, a WorldCom protocolou pedido de proteção contra falência após várias divulgações referentes as irregularidades contábeis existentes. Dentre as irregularidades estavam a contabilização imprópria de despesas operacionais, violando as práticas contábeis geralmente aceitas, as quais ajustaram o resultado da Companhia em 9 bilhões de dólares no período de 1999 a 2002.

A WorldCom apresentava também um montante de 341 milhões de dólares em empréstimos dados pelo conselho de administração aos gestores, sendo este o maior montante emprestado na história recente. Surgiu então o questionamento das autoridades se esses empréstimos eram éticos, pois 27% das empresas de capital aberto possuiam empréstimos com seus executivos, os quais apresentavam taxas amigáveis que consistiam em baixo retorno aos ativos das companhias. Na WorldCom a taxa de juros era de 2% ao ano, a qual era inferior ao retorno médio das aplicações financeiras existentes e abaixo também do retorno marginal da Companhia.

Entre julho de 2002, quando foi decretada a falência da WorldCom e abril de 2004 quando saiu a concordata, os funcionários da empresa trabalhavam fortemente para reafirmar as finanças e reorganizar a empresa. O novo CEO, Michael Capellas e o CFO Robert Blakely enfrentaram a árdua tarefa de liquidar a dívida da Companhia de cerca de 35 bilhões de dólares e realizar uma rigorisa auditoria financeira da empresa. Essa tarefa monumental contava com aproximadamente 200 funcionários da KPMG e uma força tarefa mais 600 da Deloitte. Quando as ações da WorldCom começaram a ruir, em meados de 2002, haviam caído quase 90 por cento de sua elevação nos dois anos anteriores, gerando complicações para os acionistas do grupo, e restrições quanto ao pagamento junto aos fornecedores.

Como a auditoria auxiliou para o descobrimento da fraude

Fortes mecanismos de controle, internos e externos, são a chave, podemos classificar que auditores externos geralmente realizam auditoria fiscal uma vez por ano, período em que ficam dentro da empresa. Mas problemas sistemáticos como os da WorldCom, em que os números foram mal classificados um trimestre após o outro, deveriam ter sido pegos pela equipe de auditoria interna. Os controles internos são mais oportunos em muitos aspectos.

Depois que pistas foram enviadas para a equipe de auditoria interna e irregularidades de contabilidade foram encontradas nos livros da MCI, a SEC solicitou que a WorldCom fornecesse mais informações. A SEC suspeitou porque, enquanto a WorldCom estava obtendo um lucro muito alto, a AT&T (outra gigante das telecomunicações) estava perdendo dinheiro. Uma auditoria interna descobriu os bilhões que a WorldCom tinha anunciado como gastos de capital assim como os US$ 500 milhões em despesas não documentadas. Havia também outros US$ 2 bilhões em entradas questionáveis. O comitê de auditoria da WorldCom foi questionado por documentos que sustentavam os gastos de capital, porém ela não tinha como produzir isto. O controlador admitiu à auditoria interna que eles não tinham os padrões de contabilidade correspondentes. A WorldCom então admitiu ter aumentado seus lucros em US$ 3,8 bilhões. Um pouco mais de um mês depois da auditoria interna ter começado, a WorldCom decretou falência.

O que aconteceu com os culpados pelas fraudes

Quando decretou falência

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