Tecnologia da Informação associado ao processo logístico

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A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU, 2007 apud ANDREOLI e DIAS, 2016).

A despeito deste tema Bueno et al (2015) discorrem que a logística é o processo de gerenciar estrategicamente aquisições,movimentações, armazenamento de peças e materiais de trabalho, em que se busca um arranjo e uma organização dos seus canais de distribuição para que possam maximizar a lucratividade da empresa, melhorar o atendimento e garantir a satisfação dos clientes, tudo isso com o menor custo possível, garantindo a integração da cadeia de suprimentos.

Portanto, destaca-se o campo da logística empresarial como uma tática para traçar novos sentidos para as empresas, ou seja, se os clientes estão cada vez mais exigentes, as estratégias logísticas impulsionarão como diferencial, adequando alguns de seus serviços às necessidades dos clientes. Com essa visão dimensional, a chave para um desempenho logístico eficiente e eficaz é a capacidade da organização em acompanhar, compreender e desenvolver estratégias logísticas baseadas no segmento dos clientes, participando dos processos estratégicos da organização por meio das tomadas de decisões e pelas ações táticas e operacionais da cadeia logística (FERNANDES, 2012).

O mundo globalizado atual está cada vez mais competitivo e cada vez mais as empresas estão buscando diminuir custos e melhorar o nível de serviço atendido. Neste aspecto, de acordo com Machado (2008) apud Rodrigues et al. (2014) atualmente as operações logísticas vem desempenhando um papel muito importante nas organizações, tanto que, está havendo um crescimento muito grande nos estudos dos equipamentos e das estruturas que compreendem todas as operações logísticas de uma empresa.

Isto vem ao encontro de Junior et al.(2013) que concluiu que a grande necessidade de reduzir custos e melhorar o nível de serviço disponibilizado aos clientes impulsionou as organizações a investirem e direcionarem seus esforços para a otimização das atividades logísticas.

Então, “a logística tem um papel instrumental na satisfação do cliente, por meio da prestação de níveis de serviços elevados provendo: disponibilidade de produtos, serviço confiável e operação eficiente para manutenção de preços competitivos” (LAMBERT et al., 1998, p.32).

Como faz notar a logística atual vem buscando cada vez mais a eficiência, pois os clientes estão cada vez mais exigentes. Então para que a organização possa alcançar um nível de serviço excelente ou o menor preço em comparação as concorrentes a busca pela melhoria constante vem sendo uma base constante dos agentes logísticos. Segundo Conselho de Administração Logística (CLM – Council of Logistics Management) apud (BALLOU,2004, p.21):

Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.

Então para as organizações conseguirem alcançar o objetivo de ganhar e, principalmente manter a demanda, é necessário se estruturarem de modo cooperativo e criar uma rede interna, com seus participantes alinhados a objetivos comuns, o que resultará na manutenção e crescimento dos negócios (FELLOUS, 2009)

Ainda nesta mesma linha de considerações o referido autor reforça que as empresas do mundo atual não estão competindo individualmente, mas entre conjuntos de organizações que formam cadeias de suprimento. Para sobreviverem vai depender de como responderão as requisições do mercado consumidor e permanecerão enxutas.

Já para Kotler (2000, p.36) a cadeia de suprimento representa um sistema de entrega de valor. Cada empresa captura apenas uma determinada porcentagem do valor total gerado pela cadeia. Quando uma empresa adquire concorrentes ou muda para um estágio superior ou inferior na cadeia produtiva, seu objetivo é capturar um percentual maior do valor da cadeia de suprimento.

Cabe citar o trabalho de Bowersox et al (2007, p.4) o qual destaca:

A gestão da cadeia de suprimentos consiste na colaboração entre empresas para impulsionar o posicionamento estratégico e melhorar a eficiência operacional. Para cada empresa envolvida, o relacionamento na cadeia de suprimentos reflete uma opção estratégica. Uma estratégia de cadeia de suprimentos é um arranjo organizacional de canais e de negócios baseado na dependência e na colaboração.As operações da cadeia de suprimentos exigem processos gerenciais que atravessam as áreas funcionais dentro de cada empresa e conectam fornecedores, parceiros comerciais e clientes através das fronteiras organizacionais.

2.2 Centro de Distribuição: uma estratégia operacional

Fatores como a globalização, o avanço industrial e o desenvolvimento dos sistemas de transporte, contribuíram significativamente para o desenvolvimento do comércio mundial. Porém, durante o translado, é preciso manter os bens corretamente acondicionados. Neste contexto, o armazém passou a ter um papel importante no sistema logístico (ROSA et al, 2016)

Segundo Azevedo et al (2012) os benefícios de um centro de distribuição são: menor tempo no processo logístico e maior segurança para o produto, pois se encontra armazenado dentro do CD. Menor custo operacional e uma maior proximidade com os consumidores.

O Centro de Distribuição é responsável pela agilidade e eficiência no abastecimento dos pontos de venda (pdv), se as operações não estão bem definidas pode gerar o resultado inverso: aumentar os custos e causar falta de produtos nas gondolas de seus pdv’s por atraso nas entregas (GUIMARÃES, 2007)

Outro aspecto levantado por Guimarães (2007) é que um Centro de Distribuição possui inúmeros benefícios: redução dos estoques, da estrutura de retaguarda nos pdv’s, mão-de-obra, falta de produtos e avarias, ganho de escala, eliminação de atividades que só agregam custos, melhor acuracidade no controle de estoques, otimização no carregamento dos veículos de transportes de cargas, maior eficiência operacional de toda a rede, entregas paletizadas e centralizadas. Deste modo, a localização e os pré-requisitos