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Sistema monetario internacional

Por:   •  3/5/2018  •  3.225 Palavras (13 Páginas)  •  313 Visualizações

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3. O Acordo de Bretton Woods

- em 1944, realizou-se em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados Unidos, uma conferência sobre taxas monetárias internacionais;

- era necessário preparar as economias para uma etapa de paz;

- estabelecer as bases de um sistema monetário internacional;

- era necessário que o aparelho produtivo dos diferentes países, que ficariam destruídos no confronto e que as necessidades alimentares e de matérias-primas pudessem ser atendidas;

- era necessário prever um sistema monetário que permitisse o financiamento dos déficits no balanço de pagamentos;

i) as importações maciças que eram necessárias acarretariam déficits na balança de pagamentos;

- o sistema de Bretton Woods tem como principais fundamentos:

i) o sistema monetário iria basear-se no chamado Gold Exchange Standard, indiretamente o sistema era o mesmo do início do século, apenas com a substituição da libra esterlina pelo dólar. US$ 35 a onça troy (uma onça troy =31,10 348 gramas de ouro);

ii) cada moeda estabeleceria a sua paridade de acordo com o ouro ou a modalidade de câmbio com o dólar;

iii)os governos obrigavam-se a intervir nos mercados de câmbios para manter a cotação da sua moeda dentro da margem de 1% acima ou abaixo da sua paridade;

iv) no caso que se denominou desequilíbrio fundamental, um governo podia revalorizar ou desvalorizar a sua moeda, se esta modificação fosse superior a 10%, o país teria que pedir autorização ao FMI, desequilíbrio fundamental: envolve superávit ou déficit que persistirão.

- o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi o organismo criado pela conferência de Bretton Woods;

- surgiram duas opiniões bem distintas sobre o papel que esse organismo deveria desempenhar: a norte-americana e a britânica;

i) John Maynard Keynes propunha a criação de uma moeda fiduciária internacional, o “bancor” que serviria para a liquidação dos déficits entre Bancos Centrais. Essa moeda seria emitida por um organismo financeiro internacional, que trataria de regular a liquidez e supervisionar o balanço de pagamentos dos diferentes países. Esta foi a proposta da Inglaterra. E a dos EUA, a chamada proposta “White”, por causa do negociador americano Harry Dexter White, que indicava o dólar como moeda internacional, mediante o compromisso dos EUA de assegurar a conversibilidade do dólar em ouro ao preço de US$ 35 a onça troy.

- o que prevaleceu foi a solução norte-americana.

3.1- A vulnerabilidade do sistema

- as possibilidades de dispor da liquidez internacional necessária eram dadas pelas reservas de ouro e dólares em seu poder, e pelos que se encontrassem em poder do Fundo Monetário Internacional;

i) as possibilidades de cada país tendo meios de pagamento para cobrir as necessidades das transações internacionais; constituem reservas para fazer frente a possíveis déficits e obter empréstimos;

- desde o início se viu que as disponibilidades de ouro ou dólares não iriam ser suficientes;

- a única forma de proporcionar liquidez internacional eram os déficits no balanço de pagamentos dos Estados Unidos, ou em outras palavras que outros países obtivessem um superávit em seu balanço de pagamentos com os Estados Unidos e portanto acumulassem dólares;

- se a quantidade de dólares fosse tanta que prejudicasse a capacidade de conversibilidade dos Estados Unidos, a falta de confiança podia pôr em perigo a própria possibilidade de conversão;

- o maior vício do sistema residia no chamado “Paradoxo de Triffin”;

i) um mundo em crescimento com taxas fixas de câmbio demandaria um volume crescente de liquidez internacional, isto é, de reservas de Bancos Centrais. No regime de Bretton Woods, produção de ouro a parte, isso dependeria de sucessivos déficits no Balanço de Pagamentos dos Estados Unidos, “a única maneira pela qual os demais Bancos Centrais poderiam acumular mais dólares. Mas esses déficits sucessivos acabariam minando a confiança internacional no dólar como moeda de reservas.”

- a assimetria do sistema para a tomada de decisões;

- A criação de liquidez

- ausência de um mecanismo que assegurasse a criação ordenada da liquidez;

- a escassez de dólares;

- os países começaram a criar reservas de ouro, em especial de dólares que provinham dos superávits que mantinham com os Estados Unidos.

- Início da crise

- os crescentes déficits norte-americanos que, com a correspondente saída de dólares dos Estados Unidos, vão pôr em perigo a conversibilidade do dólar em ouro, ao preço de 35 dólares a onça;

i) os déficits do Balanço de Pagamentos dos Estados Unidos foram quase permanentes desde os anos 50;

- a maior liberdade nas trocas e nos movimentos de capitais, que a conversibilidade implica, vão tornar mais interdependentes as economias e as moedas dos países, e fará com que uma situação crítica de um país se repercuta em outros de forma mais acentuada do que antes;

- vai surgindo pouco a pouco um mercado internacional de capitais, o mercado de eurodólares que, embora, não seja culpado das crises, se converterá no principal instrumento através do qual as mesmas desencadearão;

i) o termo geral eurodólar designa a moeda que sendo ou não dólares se encontram em poder de não residentes do país emissor. Esta massa de capitais, construída fundamentalmente por dólares tem procedimentos diversos:

- as existências em moeda estrangeira possuídas pelos importadores e exportadores durante um determinado período, antes e depois das respectivas operações;

- as reservas em dólares dos Bancos Centrais;

- os dólares em poder dos bancos comerciais que operam no comércio e nas transações internacionais.

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