Apogeu e Colapso do Sistema Internacional Europeu

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Em 1917, a participação dos Estados Unidos e a de outros países ultramarinos deram à guerra dimensão verdadeiramente mundial. Declarada guerra à França, a Alemanha iniciou a invasão da Bélgica, que estava neutra, para assim, de acordo com o Plano Schlieffen, aniquilar a França numa campanha de seis semanas. E o desrespeito à neutralidade belga deu justificativa à Grã-Bretanha de entrar na guerra, ao lado da entente, no dia 4 de Agosto. Aos aliados da Tríplice Entente, juntaram-se o Japão, a Itália, Portugal e Romênia, respectivamente. Os Estados Unidos em Abril de 1917, do lado das nações aliadas, outros países da Europa e também o Brasil.

A guerra transformou-se na primeira guerra de trincheiras da história, em que, de acordo com a tecnologia militar, o lado defensivo teria mais vantagens em relação ao ofensivo. O plano de campanha alemão fracassou logo nos primeiros dias da guerra. A Rússia venceu algumas batalhas contra o exército austríaco, mas sofreu derrotas fulminantes contra os alemães. Em 1917 houve um cessar-fogo entra a Alemanha e a Rússia. No pacto de paz de Brest-Litowsk, em 1918, os militares alemães impuseram à Rússia condições de paz extremamente duras. E finalmente, em 11 de Novembro de 1918, depois da deflagração da revolução em Berlim, e da abdicação do imperador, a Alemanha aceitou as condições do cessar-fogo e a derrota.

Ao fim do texto, Döpcke apresenta os tratados de fim de guerra, onde diz que o artigo 231 do Tratado de Paz de Versalhes (1919) culpa e responsabiliza o Império Alemão e os seus aliados pela deflagração da Primeira Guerra Mundial, considerando a Alemanha responsável pelas perdas humanas e materiais e pela destruição resultante do conflito. Porém, ao longo do tempo houve quem defendesse outros pontos de vista. Alguns historiadores apontam a Alemanha, como culpada outros a Áustria-Hungria e a Sérvia, entre outros. Após a Segunda Guerra Mundial, responsabilizaram o sistema internacional e o caráter das relações internacionais. Afinal, a maioria dos historiadores acreditam que todos os Estados Europeus anularam a paz, mas a política alemã teria a responsabilidade principal pela guerra.