Os Investimentos de médio prazo
Por: Jose.Nascimento • 8/10/2018 • 1.861 Palavras (8 Páginas) • 252 Visualizações
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Existem quatro cenários possíveis quando tomamos a situação de venda de um ativo como base:
- O ativo é vendido a um preço superior ao preço inicial de compra
- O ativo é vendido a um preço superior ao seu valor contábil
- O ativo é vendido por seu valor contábil
- O ativo é vendido a um preço inferior ao seu valor contábil
Necessidade do capital de giro
A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. Quando o ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução do ciclo de caixa - em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma meta da administração financeira. Contudo, a redução do ciclo de caixa requer a adoção de medidas de natureza operacional, envolvendo o encurtamento dos prazos de estocagem, produção, operação e vendas. O cálculo através do ciclo financeiro possibilita mais facilmente prever a necessidade de capital de giro em função de uma alteração nas políticas de prazos médios ou no volume de vendas. Capital de giro é o conjunto de valores necessários para a empresa fazer seus negócios acontecerem (girar). Existe a expressão "Capital em Giro", que seriam os bens efetivamente em uso.
Fluxo de caixa incremental
Segundo (Gitman, 2002) o passo final nas estimativas das entradas de caixa operacionais a serem utilizadas na avaliação do projeto proposto é calcular as entradas de caixa incrementais ou relevantes, pois as entradas de caixa incrementais são necessárias, já que interessa saber apenas quanto de caixa fluirá para empresa, como o resultado do projeto e proposto. Assim devemos entender como incremental os valores relevantes para a avaliação que se originam em conseqüência da decisão de investimento. A construção do fluxo de caixa de um projeto de investimento deve ser realizada para que o projeto possa ser analisado com vistas na tomada de decisão sobre a implantação ou não.
O fluxo de caixa incremental de um projeto pode ser ilustrado mediante a identidade:
FCL = LOP – IR x (LOP) + DND
· FCL : fluxo de caixa operacional líquido ou incremental
· LOP : lucro operacional obtido antes dos encargos financeiros
· IR : imposto de renda incremental calculado sobre o Lucro Operacional
· DND: despesas não desembolsáveis incrementais (depreciação )
Este modelo proposto considera que somente contenha dados incrementais e exclusivamente operacionais. Devem ser ignorados todos aqueles fluxos financeiros oriundos principalmente das amortizações de empréstimos e respectivos juros. Dessa forma, os fluxos de caixa para decisões de investimentos são, pela teoria da administração financeira, apurados pelos valores líquidos (após Imposto de Renda ) e admitindo-se que o projeto em avaliação seja integralmente financiado pelo capital próprio, sem utilização de capital de terceiros.
Fluxo de caixa residual
O autor (Gitman, 2002) relata que o valor residual de um investimento representa os fluxos de caixa líquidos que a empresa terá após o encerramento do projeto. Em outras palavras, o valor residual é a quantia que se espera obter pela revenda ou outras disposições, quando o ativo for retirado de serviço. Ele também representa o fluxo de caixa após o imposto de renda, excluindo as entradas de caixa operacionais, que ocorrem no final do projeto. É importante reconhecer esses fluxos, pois eles podem afetar significantemente a decisão de dispêndio de capital. Portanto, a consideração desses fluxos também permite completar a analise, fazendo com que a empresa retorne a sua posição inicial.
O fluxo de caixa residual, que é muitas vezes positivo, pode ser calculado para projetos de substituição. O Valor Residual corresponde pela diferença entre o valor contábil do bem tangível no último ano – que em geral é igual à zero, caso a quantidade de fluxos de caixa projetado coincide com a vida útil estabelecida em lei para os ativos – e o valor de mercado do empreendimento. Em geral, um projeto possui valor de mercado superior ao valor do investimento. Essa diferença entre o valor de mercado e o valor contábil é tributada (IR), utilizando-se a alíquota estabelecida para o desconto do Lucro Operacional.
Fluxo de caixa
Fluxo de caixa é um controle adotado para acompanhar a movimentação financeira em um determinado período de tempo, no qual entradas e saídas de capital são registradas para verificação e análise. Para tornar o processo mais eficiente, todas as receitas e despesas, por menores que sejam, devem ser registradas, o que pode ser feito por meio de uma planilha ou algum outro sistema de escolha do empresário.
A partir desse levantamento, que é uma ação indispensável de gestão financeira, é possível contar com uma verdadeira base de dados. Com ela, o dono do negócio tem os subsídios necessários para a tomadas de decisões.
Com o fluxo de caixa, ele adquire uma visão mais precisa sobre o momento financeiro da empresa. Isso significa saber, por exemplo, que aquela semana que parecia ótima para o faturamento, na realidade gerou receitas próximas das despesas.
Vamos a um exemplo para você entender melhor como é fundamental contar com esse instrumento:
• A boa notícia: Em uma estratégia para atrair clientes, você decidiu realizar uma semana de descontos especiais. Como retorno, ao fim do período, vendeu 25% a mais do que o previsto, atingindo um faturamento de R$ 72 mil.
• A má notícia: Ao registrar as receitas e as despesas do período, identificou que a promoção fez seus gastos crescerem e, somando todos os valores envolvidos, encontrou um custo total de R$ 70 mil.
• Conclusão: O fluxo de caixa jogou um balde de água fria na sua comemoração. O que parecia um lucro importante escondia falhas na estratégia, que, por pouco, não deixaram o saldo negativo.
Por esse exemplo, fica claro que o fluxo de caixa pode, muitas vezes, abrir os olhos do dono do negócio e trazer notícias ruins. Mas não é ele o vilão da história. O instrumento apenas reflete os resultados
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