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Motivação nas Organizações - Parte Introdução teórica

Por:   •  27/4/2018  •  3.992 Palavras (16 Páginas)  •  240 Visualizações

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de influenciarem sua própria condição de trabalho e com isso motivá-los a aceitar a autoridade da administração (STONER; FREEMAN, 1999).

Douglas McGregor foi um dos colaboradores do Modelo dos Recursos Humanos. McGregor identificou que na organização existiam dois tipos de subordinados, esse trabalho ficou conhecido como Teoria X e Y. A Teoria X, diz que as pessoas veem o trabalho somente como uma necessidade, elas não possuem ambições, são preguiçosas, tem aversão ao trabalho, fogem de responsabilidades e preferem a posição de subordinados. De posse dessas informações, a forma de motivar esses trabalhadores seria mostrando consideração ou com salários. Já na Teoria Y, as pessoas consideram o trabalho como algo natural e satisfatório, elas buscam responsabilidades e agem com inteligência e criatividade diante dos problemas da organização. Para motivar essas pessoas, seria necessário proporcionar-lhes um ambiente que permita o desenvolvimento pessoal, encorajando sua contribuição e total participação nos assuntos importantes, porém a vida industrial da época não permitia que o potencial desses empregados fosse aproveitado por inteiro (STONER; FREEMAN, 1999).

As visões contemporâneas da motivação foram classificadas em duas abordagens diferentes as “teorias de conteúdo” e as “teorias de processo”. As primeiras buscam identificar as mais variadas necessidades e as ferramentas utilizadas para alcançar a satisfação, levando em consideração que a produtividade do empregado está relacionada ao seu nível de satisfação. Já as teorias de processo enfocam as concepções e possibilidades do indivíduo no fenômeno motivacional (PÉREZ-RAMOS, 1990).

Os principais colaboradores das teorias de conteúdo são Maslow, com a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas; Herzberg, Teoria dos Dois Fatores; Aldefer, Teoria ERC e McClelland, Teoria das Necessidades Aprendidas ou Adquiridas.

As teorias mais conhecidas que compõem o grupo das chamadas “de processo” são: Teoria da Equidade, Teoria da Expectância, Teoria do Estabelecimento de Objetivos e Teoria do Reforço.

2.2.1. Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas

Abraham H. Maslow apresentou uma teoria segundo a qual em cada pessoa existe uma hierarquia de necessidades humanas. Elas são organizadas em níveis de acordo com a sua importância e sua superioridade e podem ser observadas em forma de pirâmide. As necessidades de hierarquia mais baixas encontram-se na base da pirâmide, e no topo, estão as mais altas (CHIAVENATO, 2003). A pirâmide se divide em:

• Necessidades de fisiológicas são as necessidades vitais e estão associadas à sobrevivência do indivíduo, são exemplos dessas necessidades a fome, o sono, a sede e a satisfação sexual;

• Necessidade de segurança são as necessidades que o homem aprende ao decorrer de sua vida, como a segurança e proteção física ou emocional e são elas que asseguram a estabilidade para a vida das pessoas;

• Necessidade social ou de participação é a necessidade de fazer parte de um grupo e de ter contato humano;

• Necessidades de Estima são as necessidades que se relacionam com a forma pela qual a pessoa se identifica e avalia. Elas incluem fatores internos de estima como a autonomia e o auto-respeito e fatores externos, como o status, prestígio e reconhecimento; e

• Necessidade de auto-realização é a necessidade mais elevada do ser humano e consiste em maximizar a capacidade e o potencial do indivíduo e inclui crescimento pessoal e o alcance da total competência.

Figura 2: Pirâmide das Necessidades de Maslow

Fonte: Stoner; Freeman (1999)

As necessidades estão arranjadas em hierarquia de modo que enquanto as necessidades mais baixas, que são as fisiológicas, não forem satisfeitas, tendem a concentrar sobre si o comportamento da pessoa afetada e adquirem privilégio no poder de motivação. Porém, conforme elas vão sendo satisfeitas, perdem o seu poder de motivação. A partir desse ponto as necessidades de maior nível se tornam a atual fonte de motivação (HAMPTON, 1992).

Conforme afirmado por Chiavenato (2014), existem na realidade duas classes de necessidades. Essas classes foram divididas em necessidades de baixo nível que incluem as fisiológicas e as de segurança e que seriam satisfeitas fora do indivíduo, pois podem ser alcançadas através de remuneração ou contrato de trabalho e em necessidades de alto nível, sendo as sociais, de estima e de auto-realização e seriam elas satisfeitas internamente.

Para motivar uma pessoa, primeiramente há a necessidade de se conhecer em que nível de hierarquia ela se encontra, para pode focar na satisfação da carência que está gerando a tensão.

Com essa teoria, Maslow obteve importantes contribuições para o estudo da motivação, dentre elas possibilitar o reconhecimento das categorias de necessidades mais importantes. Além disso, ele criou uma sensibilização nos administradores que permitiu dar a devida importância ao crescimento pessoal e à auto-realização (BATEMAN; SNELL, 1998).

2.2.2. Teoria dos Dois Fatores

No final da década de 1950, Frederick Herzberg realizou um estudo que deu origem à Teoria dos Dois Fatores. Ele solicitou que 200 engenheiros e contadores descrevessem ocasiões em que se sentissem muito bem e muito mal em seu trabalho. Observou-se no estudo que os fatores que faziam com que eles se sentissem bem eram característicos do trabalho em si, seriam alguns deles o próprio trabalho realizado, as responsabilidades, o reconhecimento e a realização. Herzberg percebeu que esses fatores eram necessários para que houvesse aperfeiçoamento no funcionamento das atividades e chamou-os de motivadores às fontes de satisfação. Os resultados mostraram também que as situações que deixavam as pessoas insatisfeitas no trabalho, eram fontes externas, mas relacionadas ao cargo ou função que desempenhavam, sendo elas as políticas da organização, administração, supervisão, salário, reconhecimento, relacionamentos com supervisores, colegas e subordinados. Herzberg deu a essas fontes o nome de fatores de higiene ou manutenção, pois fazem parte do ambiente de trabalho e a manutenção da ordem ou estado é importante para contenção de desagrados que podem contribuir com rendimentos abaixo dos níveis esperados (HAMPTON, 1992).

Figura 3: Fatores Insatisfacientes e Satisfacientes.

Fonte: Chiavenato (2014).

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