Lixoes a céu aberto no Brasil

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Normalmente os resíduos sólidos são classificados segundo a sua origem, aqui citamos os urbanos como foco do trabalho:

Urbanos: incluem o resíduo domiciliar gerado nas residências, o resíduo comercial, produzido em escritórios, lojas, hotéis, supermercados, restaurantes e em outros estabelecimentos afins, os resíduos de serviços, oriundos da limpeza pública urbana, além dos resíduos de varrição das vias públicas, limpezas de galerias, terrenos, córregos, praias, feiras, podas, capinação.

- Os resíduos Domiciliares

Visto existirem conflitos decorrentes da gestão e do gerenciamento indevido dos resíduos sólidos urbanos estão crescendo em relação direta com a conscientização da sociedade sobre as questões ambientais.

O aparecimento de ideias revolucionárias para solucionar qualquer situação, segundo os seus defensores, tem criado confusão nas administrações municipais aliadas a mudanças constantes nas equipes das prefeituras. O mesmo processo que aprimora politicamente a democracia, promove em contrapartida, descontinuidades e reestudos que acabam protelando de forma perigosa as soluções relativas aos problemas relacionados com o tratamento e disposição final do lixo. (SHALCH et al., 2002 apud ZULAUF,1989)

No Brasil, de acordo com a PNSB (2000) se coleta cerca de 228.413 toneladas de resíduos sólidos diariamente, sendo 125.258 toneladas referentes aos resíduos domiciliares.

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A tabela 1 mostra a população brasileira e sua distribuição regional, a quantidade de resíduos sólidos gerados diariamente e a geração por pessoa e por região. Em relação a geração por pessoa, é possível perceber uma grande diferença de resultados por região, devido aos resíduos não domiciliares, que não tem uma relação direta com a população.

Provavelmente, desde a data do censo citado, os números tenham aumentado. Dada a falta de implantação de um conjunto de ações organizadas nos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal), capazes de começar a reverter o crescimento dos números.

E essa quantidade enorme de resíduos não resulta apenas em um problema estético, mas principalmente é uma séria ameaça ao homem e ao meio ambiente. No Brasil, os resultados críticos de poluição, relacionados a ausência de tratamento e má disposição dos resíduos, causando principalmente a contaminação do solo e dos recursos hídricos. A falta de uma posição dos três níveis do governo associam-se a falta de recursos técnicos e financeiros, além das dificuldades de aplicar diretrizes legais.

É consenso entre os especialistas a necessidade urgente de o estado adotar um sistema para uma destinação adequada dos resíduos. Definindo uma política para a gestão que garanta a melhoria da qualidade de vida, promova as práticas recomendadas para a saúde pública e o saneamento ambiental.

1.3 Pontos importantes sobre a separação do lixo

Em poucos lugares, os procedimentos são diferenciados, como:

Coleta seletiva; processos de compostagem; tratamento térmico; etc..., e mesmo nos locais que contam com esses processos, muitas vezes são mal planejados, o que os torna impraticáveis em um período curtíssimo de tempo.

O trato inadequado dos resíduos, gera desperdícios e degradação ambiental, comprometendo a qualidade de vida da população. A situação acentua a necessidade de gerenciamento adequado à esses resíduos.

Há vários problemas decorrentes do descarte incorreto do lixo, Adriano dos Santos, presidente da central de Cooperativas de Sergipe, a Central Recicle e integrante do Movimento dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR); destaca a questão social, em uma entrevista feita pela Revista Juventude e Meio Ambiente – Revista do Ministério do Meio Ambiente, n° 02. Dez. 2015.

A questão Social. Há famílias inteiras trabalhando lá dentro. O lixão tem que ser fechado sim, mas é preciso resolver a problemática com a inserção dos catadores na cadeia produtiva, ou seja, nas cooperativas, na implementação de coleta seletiva e na própria mobilização dos companheiros. Tudo isso deve acontecer antes do encerramento do lixão. (SANTOS,2015)

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Análise da situação dos lixões no Brasil

Segundo a PNRS, em vigor desde 2010, com a Lei 12.305/2010 o país tinha como meta acabar com os lixões, que deveria ter sido alcançada em Agosto de 2014, mas o prazo foi estendido para Julho de 2018, e dependendo do consumo por número de habitantes poderá esticar esse prazo ainda para até 2021. Isso ocorreu pela dificuldade que a cidades tiveram de cumprirem o prazo inicial. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) ainda em 2014, mesmo depois do vencimento do prazo estipulado, mais de 41% dos 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos gerados no Brasil tiveram como destino lixões e 3.334 dos 5.570 municípios ainda mantém lixões.

Dos 5.565 municípios brasileiros, somente cerca de 900 têm o serviço de coleta seletiva. A produtividade é baixa: apenas 12% do que é coletado é reciclado. Estima-se que cada pessoa produza, em média, 1,3 kg de resíduo sólido por dia. Desta forma, uma pequena cidade de apenas 10.000 habitantes produziria cerca de 10 toneladas de lixo diariamente. (BORELLI et al.,2015).

Além de poluir o ambiente com o vazamento do chorume e a emissão dos gases, há também insetos e animais transmissores de doenças.

- Reeducação da População

Diante da situação ambiental que envolve nosso país, a criação de um projeto de conscientização voltada para a questão do lixo, deveria ser algo a ser discutido e acompanhado periodicamente. A fiscalização também deveria fazer parte dessa rotina, e ser de fato, eficiente para que a população aprenda a cultivar em si a verdadeira consciência ambiental.

É importante ressaltar que algumas práticas já utilizadas são de suma importância para criação de um novo processo de tratamento para esses resíduos.

Aterros Sanitários

Um aterro sanitário segue a proposta de alocar os resíduos sólidos em uma menor área possível e reduzir seu volume colocando uma camada de terra em cima de todo esse material, evitando o mal cheiro e animais no local.