GESTÃO DE OPERAÇÕES DE PROJETOS
Por: Hugo.bassi • 6/4/2018 • 6.573 Palavras (27 Páginas) • 286 Visualizações
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Toda a negociação é realizada pelo modelo FOB – Free on Board, que será descrito em detalhes ao longo deste trabalho.
Na sequência, se apresenta o quadro de fluxos logísticos proposto pela atividade.
Quadro 1 – Fluxos Logísticos
Atividade Logística
Local de Origem - Canarana – MT
Transporte Interno – Transporte Rodoviário
Alfândega do Vendedor – Alfândega do Porto de Santos
Terminal Aeroportuário / Portuário – Origem – Porto de Santos
Frete Internacional – FOB
Terminal Aeroportuário / Portuário – Destino Porto de Hamburgo
Alfândega do Comprador – Alfândega do Porto de Hamburgo
Transporte Interno – Rodoviário
Local de Destino – Hamburgo – Alemanha
Fonte: Souza e Souza (2013).
Quando se fala em logística, muitas pessoas voltam seus pensamentos para o transporte, que é apenas uma das atividades logísticas. Entretanto, não pode se negar que ele é, realmente, um dos pontos mais importantes da logística. Não poderia ser diferente, visto que os transportes representam o maior custo para a empresa no que se refere às atividades logísticas. Desta forma, optar pelo modal adequado torna-se indispensável. É preciso não apenas encontrar o modal com menores custos, mas encontrar o modal mais adequado ao produto e as condições que eles devem ser transportados.
Existem cinco tipos de modais: o aeroviário, o rodoviário, o aquaviário, o ferroviário e dutoviário e cada um possui uma característica própria, um custo diferenciado de acordo com a capacidade, agilidade, abrangência, o que permite ao departamento de logística a possibilidade de traçar suas estratégias para receber a mercadoria no momento certo a um custo adequado
O transporte aeroviário mostra-se muito adequado e até indispensável para determinados tipos de mercadorias. Na concepção Ribeiro e Ferreira (2002) a demanda deste tipo de transporte vem crescendo bastante, mesmo apresentando custos mais altos.
A maior parte dos produtos transportados por este modal tem alto valor unitário, a exemplo dos artigos eletrônicos, relógios e alta moda, entretanto, também é um meio prático para transporte de flores, frutas nobres e medicamentos, visto que são produtos perecíveis. Sobre suas vantagens e desvantagens, os autores comentam:
As vantagens deste modo de transporte são a velocidade elevada, distância alcançada, segurança (roubos, danos e extravios), redução de custo com estoque. Suas principais desvantagens são o custo de frete, tempos de coleta e entrega, manuseio no solo e dimensões físicas dos porões de transporte dos aviões. (RIBEIRO; FERREIRA, 2002, p. 04)
Indo ao encontro das vantagens e desvantagens mencionadas na citação acima, Batti (2009) também aponta entre as vantagens do modal aéreo a rapidez, a segurança e a comodidade. Como desvantagens, o autor aponta a poluição atmosférica e sonora nas áreas circundantes aos aeroportos, os altos investimentos para construção da infraestrutura e, principalmente, os custos operacionais elevados.
O transporte rodoviário, para Costa (2009) detém a maior participação na matriz de transportes de carga no Brasil, entretanto estes dados não elucidam a eficiência total do modal rodoviário, pois devido à falta de infraestrutura adequada, nem sempre é utilizado o modal mais adequado para o tipo de carga transportado. Na falta de disponibilidade de outros modais, o embarcador acaba utilizando o modal rodoviário. Entre as vantagens e desvantagens deste modal o autor aponta:
Vantagens: entrega porta a porta; rapidez da entrega da carga em curta distância; o transporte vai até a carga em vez de obrigar o exportador a levá-la até ele; peça fundamental da multimodalidade e da intermodalidade.
Desvantagens Um dos fretes mais caros; menor capacidade de carga; custo elevado de infraestrutura; um modal bastante poluidor do meio ambiente. (COSTA, 2009, p. 2)
Para Ribeiro e Ferreira (2002) o transporte aquaviário mostra-se mais adequado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia, cereais e bens de alto valor acoplados em contêiner. Os autores citam, como exemplo deste tipo de transporte os navios containers e os navios bidirecionais para veículos. Como todo tipo de transporte, eles têm suas vantagens e desvantagens. Sobre elas, os autores comentam:
Este modal apresenta como vantagens a capacidade de transportar mercadoria volumosa e pesada e o fato dos custos de perdas e danos serem considerados baixos comparados com outros modais. Suas principais desvantagens são a existência de problemas de transporte no porto; a lentidão, uma vez que o transporte hidroviário é, em média, mais lento que a ferrovia e a forte influência do tempo. Sua disponibilidade e confiabilidade são afetadas pelas condições meteorológicas. (RIBEIRO; FERREIRA, 2002, p. 03)
O transporte ferroviário é aquele realizado por trens. Segundo Scharf Filho (2014) no Brasil este tipo de transporte não é estimulado como deveria, pois apesar de pouco utilizado ele apresenta inúmeras vantagens, como os custos baixos, o potencial ecológico e social. O trem é um transporte seguro, confortável e custo menor por quilômetro transportado. Além disso, possui grande capacidade de carga, pequeno consumo de energia, por cada unidade transportada, é rápido, não tem congestionamentos e possui fraca sinistralidade. Suas desvantagens são a fraca flexibilidade; limitações da rede (densidade, características, traçados), custos de exploração elevados e necessidade de transbordos.
Dutos, segundo Colussi et. al. (2016) são tubulações desenvolvidas de acordo com normas de segurança para transportar produtos como petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos, por longas distâncias. Entre as vantagens deste tipo de transporte o autor cita: permite que grandes quantidades de produtos seja deslocada de maneira segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por caminhões, trens ou por navios e, consequentemente, diminuindo os riscos de acidentes ambientais, pode dispensar armazenamento, simplifica carga e descarga; diminui custos de transportes;
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