Desafios e Oportunidades enfrentados por operadores logísticos na Era da Informação
Por: Carolina234 • 7/4/2018 • 3.095 Palavras (13 Páginas) • 370 Visualizações
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Um fluxo dinâmico de informações entre os elos de suprimentos em forma de sistema se faz necessário para aumentar se forma considerável a eficiência em toda a cadeia. Como exemplo as informações sobre os pontos de venda eletrônicos podem ser transmitidas uma vez por dia, ou em tempo real, para as centrais de distribuição, fornecedores e transportadoras. Com isso as empresas se capacitam a manter níveis ótimos de estoques. (MCLEAN, 2007)
A partir deste exemplo podem ser tiradas algumas soluções adicionais para problemas de SCM descritas por TURBAN (2007, p.220) como: quando houver picos de demanda nestes momentos optar por terceirização em vez de produção própria, da mesma forma, sempre que for adequado à produção, comprar insumos. Outras soluções seriam configurar planos ótimos de despacho dos bens vendidos, criar parcerias estratégicas com os fornecedores, nas compras, usar a abordagem Just-in-time, em que os fornecedores entregam suprimentos, matérias-primas e componentes em pequenas quantidades, sempre que necessário, reduzir o tempo de ciclo para compras e vendas. Reduzir o número de fornecedores e melhorar a relação fornecedor-comprador.
Avaliar e mensurar o desempenho da cadeia de suprimentos faz-se necessário para embasar decisões relativas a aperfeiçoamentos no SCM. A TIC provê a coleta de dados que faz parte desta mensuração. Como parâmetros de avaliações possíveis para operações na cadeia de suprimentos são entrega no prazo (%), qualidade na área de descarga(número de defeitos), custo-desempenho, tempo de ciclo para aquisições, níveis de estoque(ou dias de giro de estoque), perdas de estoques (%), obsolescência (%) do estoque), custo de manutenção do estoque, rapidez na localização dos itens desejados no almoxarifado, disponibilidade dos itens quando necessário (%), percentual de pedidos de urgência, percentual de mercadorias devolvidas e índice de reclamações do cliente. (WETHERBE, 2007).
De acordo com Lacerda (2000), no Brasil se torna cada vez maior o número de
projetos de automação na armazenagem, desde os mais simples, envolvendo apenas sistemas de separação de pedidos, passando por transelevadores, até os mais sofisticados, onde toda operação tem um mínimo de intervenção humana.
Existem vários softwares logísticos que aumentam a eficácia no gerenciamento da cadeia de suprimentos, podemos citar primeiramente o sistema WMS (Wharehouse Management System) que para Arozo (2003), os Sistemas de Gerenciamento de Armazém respondem pelo gerenciamento da operação cotidiana de um armazém. Sua utilização está restrita a decisões totalmente operacionais, tais como: definição de rotas de coleta, definição de endereçamento dos produtos, entre outras.
Integrando o conceito, temos ainda Banzato (2005), nos afirmando que um WMS (Warehouse Management Systems), é um sistema de gestão por software que melhora as operações do armazém através do eficiente gerenciamento de informações e conclusão das tarefas, com um alto nível de controle e acuracidade do inventário. Essas informações reunidas pelo sistema com auxilio de um banco de dados são derivadas de transportadoras fabricantes, sistema de informações de negócios, clientes e fornecedores por meio de históricos armazenados em banco de dados e disponibilizados aos interessados em forma de relatórios. O WMS centraliza estas informações para receber, inspecionar, estocar, separar, embalar e expedir mercadorias e aperfeiçoar serviços de forma mais eficiente. O aprimoramento destes níveis de eficiência pode ser obtido através da antecipação de situações específicas tais como o planejamento de recursos para a execução de operações, roteirização de percursos internos e externos, e tarefas múltiplas dos diversos processos do armazém.
Temos dois principais objetivos nos processos de armazenagem: maximização de recursos operacionais e satisfação das necessidades e expectativas dos clientes. Segundo Banzato (2005), estes dois objetivos continuam sendo fundamentais, porém podemos contar agora com a tecnologia da informação para nos auxiliar em seu aprimoramento. Assim, faz sentido que um WMS esteja automatizando e racionalizando o fluxo de informações com intuito de otimizar os processos. De um modo geral, um armazém executa quatro funções básicas: receber, estocar, receber o produto e expedir.
Tem-se como objetivos de um sistema WMS, segundo Sucupira (2004): aumentar a precisão das informações de estoque, aumentar a velocidade e qualidade das operações do centro de distribuição, aumentar a produtividade do pessoal e dos equipamentos do depósito. De acordo com o referido autor, as principais funcionalidades de um sistema WMS são: rastreabilidade das operações, inventários físicos rotativos e gerais, planejamento e controle de capacidades, definição de características de uso de cada local de armazenagem,sistema de classificação dos itens, controle de lotes, datas de liberação de quarentenas e situações de controle de qualidade, separação de pedidos (picking) interface com clientes e fornecedores, cálculo de embalagens de despacho e listas de conteúdo, controle de rotas e carregamento de veículos.
Lacerda (2000) considera os projetos de automação complexos, pois envolvem a integração de várias tecnologias relacionadas ao WMS, dentre elas: os mecanismos de capturae visualização de informações como códigos de barra, terminais remotos, sistemas deradiofreqüência e scanners, e os equipamentos de manuseio, transporte e estocagem demateriais. De acordo com a extensão da integração com clientes e fornecedores, poderão envolver também sistemas eletrônicos de troca de dados (EDI).
Para Chiku (2004) na escolha de um sistema WMS devem ser levados em consideração alguns critérios, tais como: preço, funcionalidades, experiência do parceiro com outros clientes, nível de conhecimento da equipe de implementação nas matérias relacionadas à logística, facilidade de interface com outros sistemas da empresa, adaptabilidade à legislação local, etc.
Outra tecnologia comumente aplicada são os Softwares Roteirizadores que são utilizados em centros de distribuição e armazéns. Esses Softwares de roteirização são sistemas computacionais que através de algoritmos, geralmente heurísticos, e uma apropriada base de dados apresentam soluções para os problemas de roteirização com resultados satisfatórios, consumindo tempo e esforço de processamentos pequenos quando comparados aos dos tradicionais métodos manuais conforme citado por Ferreira (2001, p.84).
Segundo Novaes (2004, p. 122), hoje se dispõe no mercado de
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