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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES INDIVIDUAIS: UMA ANÁLISE SOBRE OS ALUNOS EM PROCESSO DE FORMAÇÃO NA GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Por:   •  12/1/2018  •  2.877 Palavras (12 Páginas)  •  476 Visualizações

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2.2 Objetivos Específicos

Para o alcance do objetivo proposto nesse trabalho, pretendemos:

Relatar a origem e a evolução do curso de Administração Pública no Brasil, a fim de introduzir os leitores ao seu contexto histórico.

Identificar e expor as habilidades ensejadas pela literatura especializada na formação do Administrador Público.

Identificar e expor as habilidades propostas e adquiridas na graduação do administrador público existente no país.

Comparar as habilidades ensejadas com as adquiridas no processo de formação dos discentes graduandos em Administração Pública, almejando constatar a conformação com habilidades exigidas nas atividades corriqueiras da função.

3. HIPÓTESES

As hipóteses consideradas no presente artigo são relativas à deficiência do desenvolvimento de competências dos graduandos em Administração Pública, podendo ser motivadas pela deficiência da metodologia de ensino utilizada pelos docentes. Uma metodologia restrita ao conhecimento teórico e que se distancia da realidade vivida pelo administrador público.

4. JUSTIFICATIVA

O recém-formado, ao se deparar com a realidade em sua área de atuação, pode encontrar dificuldades para aplicar e fazer o devido uso dos conhecimentos teóricos. No conjunto de déficits inclui-se a incapacidade das universidades de propor uma grade curricular adequada as reais necessidades da formação do administrador, além da ineficiência das instituições de oferecer estágios supervisionados que não condizem com as reais funções do administrador público. Tais dificuldades torna-se um problema para o exercício de atividade dos futuros gestores públicos, desvinculando-os do perfil requerido e das competências que deveriam ser desenvolvidas no decorrer da graduação em administração pública.

Portanto, a presente pesquisa justifica-se ao demonstrar como ocorre o desenvolvimento das habilidades e competências dos alunos de administração pública, o papel das universidades na formação desses profissionais, possibilitando uma visão sobre as possíveis causas que provocam deficiência na execução das competências e habilidades absorvidas pelos profissionais ainda quando graduandos.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

Antes de começar a discorrer a respeito do assunto, faz-se necessário, para melhor encadeamento das ideias, destacar os acontecimentos, os quais serão encadeados no decorrer deste capítulo. Iniciar-se-á com uma abordagem a respeito do início do curso de Administração Pública, após, mostrará um ponto de interrupção. Mais adiante versará sobre um realento na formação, em seguida sobre o desenvolvimento de competências através da qualidade da formação. Por fim, explora a aplicação do aprendizado na prática e o aperfeiçoamento da formação visando formar administradores públicos eficientes.

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Início da Administração Publica como disciplina

Trazendo uma perspectiva sobre a verificação deste momento na história; compreende-se a análise sobre o início do curso de administração pública no Brasil, como destacado por Soares, Ohayon e Rosenberg:

“No pós-guerra, o ensino de administração pública na América Latina se expandiu devido ao aumento do mercado de trabalho no setor público e a maior preocupação com a capacitação de seus servidores. É dentro deste contexto que, em 1952, o ensino de administração pública como disciplina acadêmica foi introduzido no Brasil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a criação da Escola Brasileira de Administração Pública (EBAPE). Ademais, a cooperação técnica dos Estados Unidos da América (EUA) desempenhou um papel importante no estabelecimento e crescimento dos cursos de administração no Brasil” (SOARES, OHAYON E ROSENBERG, 2011, p.70).

Ocorreram outros momentos importantes no início da administração pública como disciplina, conforme explicita Gaetani (1999 apud SOARES, OHAYON E ROSENBERG, 2011, p. 70) diz ser a criação da revista de administração pública (RAP), um dos maiores periódicos, e o curso de mestrado em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas – FGV / Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresa - EBAPE.

A administração pública como disciplina, durante esse início passou por algumas dificuldades no que se refere à observância política, haja vista a ocorrência da ditadura militar, em que houve uma lacuna temporal no processo de evolução dessa disciplina, como verificado em:

“...a área começou a declinar neste momento por questões políticas, como o advento da ditadura militar e o milagre econômico... A partir daí, as instituições de ensino brasileiras acabaram optando, em sua maioria, pela adoção de currículos integrados, e a área de administração pública acabou sendo absorvida pela área de administração de empresas. O desestímulo do ensino de administração pública foi reforçado pela redução do estado nos anos 1980 devido à crise econômica e à estagnação”(GAETANI, 1999 apud SOARES, OHAYON & ROSENBERG, 2011, p. 71).

No processo dessa observância política, a qual afetou a continuação imprescindível para os estudos e pesquisas, quase vinte anos depois dos últimos eventos de grande relevância e importância para administração pública como disciplina, ainda dentro de um momento desfavorável, busca-se mais uma ação em prol administração pública, conforme citado:

“Porém, mesmo diante deste cenário, nos anos 1980, o governo do presidente Sarney promoveu a reforma administrativa para atender a demanda de reestruturação do estado, que tinha como um de seus objetivos capacitar o seu pessoal para atender às novas demandas da sociedade de forma mais eficiente. Para tal, em 1986, foi criada a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), uma escola de governo, com a missão de tornar a administração pública mais eficiente, por meio de formação adequada de seu pessoal” (FERRAREZI; ZIMBRÃO, 2005, p.2).

As mudanças percebidas nesse processo de construção de um ensino voltado para administração pública, não fora uma ocorrência ao acaso, mas devido às mudanças no Estado e na sociedade, com suas crescentes demandas, dessa forma, segundo Ferrarezi e Zimbrão (2005) há uma complexidade crescente no setor

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