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Artigo científico de MBA em Administração Estratégica

Por:   •  28/3/2018  •  4.623 Palavras (19 Páginas)  •  297 Visualizações

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O mercado de trabalho evoluiu e evolui constantemente no que diz respeito a competitividade. Se por um lado, os candidatos a uma vaga de emprego devem estar atualizados em seus currículos e a competitividade é cada vez maior, por outro lado a empresa deve ter sua estruturação sólida e deve estar dotada de ferramentas para lidar com as transformações do ambiente em que está situada. Para alcançar essa solidez, se faz necessário atentar para aqueles que trabalham nessa empresa. É necessário ainda substituir antigas estratégias voltadas unicamente para a remuneração para investir na felicidade e realização dos colaboradores. Nesse sentido, a pesquisa sobre a motivação no ambiente organizacional se faz necessária, uma vez que muitas empresas ainda adotam o antigo modelo centrado unicamente na recompensa para remunerar, desprezando o desempenho e o verdadeiro reconhecimento.

O objetivo principal deste artigo é responder sobre a relação entre a motivação no ambiente organizacional e a produtividade do colaborador na empresa através da pesquisa em palavras de renomados autores, estabelecendo a linha divisória entre as responsabilidades do colaborador e as da organização.

Os objetivos específicos são:

- Responder, por meio da pesquisa bibliográfica, a relação entre produtividade e motivação, bem como sua relação com outras esferas da vida do colaborador e sua influência em seu desempenho profissional;

- Identificar os problemas que ocorrem dentro de uma organização que não se atenta para as necessidades de um colaborador e sua motivação no ambiente de trabalho;

- Idealizar estratégias e apontar mudanças cabíveis para aumentar a produtividade por meio da motivação;

O presente projeto firmou suas bases na pesquisa bibliográfica e na pesquisa exploratória. Conceituando pesquisa bibliográfica, Boccato (2006, p. 266) diz:

A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação.

Sobre as finalidades da pesquisa exploratória, Gonçalves (2004, p.37) explica que está “é realizada para descobrir ou descrever melhor os problemas-raiz, que são apontados através de sintomas (ou queixas) para se alcançar seus objetivos. ”

Para a construção deste trabalho, foram usadas fontes diversas de materiais sobre o assunto abordado, como livros, artigos, revistas e sites especializados disponíveis ao acesso do público geral.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Conceitos, definições e estratégias motivacionais

A motivação é um tema muito estudado, que deve ser definido em si mesmo antes de qualquer análise.

Segundo Lopes (1980), a motivação é algo intrínseco do ser humano que pode ser observado em seu próprio padrão comportamental e que não pode ser medida diretamente.

[...] motivação é uma variável interveniente porque não pode ser vista, ouvida ou tocada: somente pode ser inferida por meio do comportamento. Em outras palavras, somente podemos julgar quão motivada está uma pessoa mediante a observação do seu comportamento. Não podemos medir diretamente a motivação, uma vez que ela não é passível de observação (LOPES, 1980, p. 10).

Sendo assim, Chiavenato (2004) estabelece de forma incisiva a diferença entre a motivação e o mero incentivo. Sendo que a motivação é algo que vem do interior do ser em busca de um objetivo, enquanto o incentivo é um estímulo externo que ajuda neste processo. Sendo assim, a motivação pode ser compreendida como “o resultado da interação entre o indivíduo e a situação que o envolve” (CHIAVENATO, 2004, p. 476).

Claro que em sua própria essência, a motivação não pode estar relacionada com uma imposição, uma vez que não se estará mais em busca de um objetivo pessoal ou um grupo destes objetivos como os hierarquizados por Maslow, mas do cumprimento de um dever que lhe foi imputado por alguma autoridade. Sobre isso, Werther e Davis (1983, p. 89) pontuam:

Motivação é o impulso de uma pessoa pra ela agir porque ela assim o deseja. Se as pessoas forem empurradas, estão meramente reagindo à pressão. Agem porque julgam que têm de fazê-lo. Entretanto, se estão motivadas, fazem a escolha positiva para realizar alguma coisa, porque veem este ato como significante para elas.

A forma de conceber a empresa mudou substancialmente com o passar do tempo, desde a Revolução Industrial, focando nas pessoas que constituem a equipe de trabalho, em suas capacidades e sua capacitação para dinamizar a organização como agentes ativos, participando de suas estratégias de mercado e da execução dos trabalhos relacionados anteriormente apenas ao administrador.

As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais como elementos impulsionadores da organização e capazes de dotá-la de inteligência, talento e aprendizados indispensáveis à sua constante renovação e competitividade em um mundo de mudanças e desafios. As pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização e não como agentes passivos, inertes e estáticos. (CHIAVENATO, 1999, p. 08)

A forma de remunerar, antes focada apenas no salário, não previa um ponto importante, que é a satisfação do colaborador. Além disso, novos conceitos estão sendo adotados para a execução das atribuições dos cargos, de modo a conceder liberdade para criação e produção. Kahn (1974) observa que a criatividade e o trabalho espontâneo são importantes para a melhora da execução das tarefas propostas de forma excelente, aliando as diretrizes das empresas as funções formalizadas.

Seja abordando o tema motivação através da progressão das necessidades ou qualquer outra teoria existente, percebemos que existe a preocupação quanto a este quesito, que é de vital importância para a vida social da empresa.

Pode-se observar que a motivação tem como bases as necessidades, de modo que, quando uma pessoa precisa satisfazê-las,

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