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Aps APLICAÇÃO DOS ASPECTOS DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO. Um estudo sobre as práticas administrativas na empresa SENAC

Por:   •  25/2/2018  •  5.911 Palavras (24 Páginas)  •  558 Visualizações

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experiência foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. Os observadores não encontraram correlação direta entre ambas as variáveis, mas verificaram, desapontados,a existência de uma variável difícil de ser isolada, denominada fator psicológico: os operários reagiam à experiência de acordo com suas suposições pessoais, ou seja, eles se julgavam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava e, o contrário, quando diminuía. Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários ê afetada por condições psicológicas. Reconhecendo o fator psicológico apenas quanto à sua influência negativa, os pesquisadores pretenderam isolá-lo ou eliminá-lo da experiência, por considerá-lo inoportuno.”(CHIAVENATO, 7ª edição, página 103)

Essa “descoberta inoportuna” posteriormente dará origem a um novo ramo da pesquiza humanística que estuda as necessidades fisiológicas e outras necessidades de um trabalhador, bem como sua motivação no meio de trabalho.

A segunda fase da experiência começou em 1927. Foi criado um grupo de observação (ou grupo experimental): cinco moças montavam os relês, enquanto uma sexta operária fornecia as peças para abastecer o trabalho. A sala de provas era separada do departamento (onde estava o grupo de controle) por uma divisão de madeira. O equipamento de trabalho era idêntico ao utilizado no departamento, apenas incluindo um plano inclinado com um contador de peças que marcava a produção em fita perfurada. A produção foi o índice de comparação entre o grupo experimental (sujeito a mudanças nas condições de trabalho) e o grupo de controle (trabalho em condições constantes). O grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala e observava o trabalho e assegurava o espírito de cooperação das moças. Elas foram convidadas para participar na pesquisa e esclarecidas quanto aos seus objetivos: determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (períodos de descanso, lanches, redução no horário de trabalho etc.). Eram informadas a respeito dos resultados e as modificações eram antes submetidas a sua aprovação. Insistia-se para que trabalhassem dentro do normal e que ficassem à vontade no trabalho. A pesquisa com o grupo experimental foi dividida em 12 períodos, para observar sua produção (CHIAVENATO, 7ª edição, página 103)

As 12 etapas consistia das seguintes características:

1. Estabelecer a capacidade de produção em condições normais.

2. Isolamento do grupo experimental na sala de provas.

3. Separação do pagamento por tarefas do grupo experimental.

4. Intervalos de 5 minutos na manhã e na tarde.

5. Aumento dos intervalos de descanso para 10 minutos.

6. Três intervalos de 5 minutos pela manhã e o mesmo pela tarde.

7. Retorno a dois intervalos de 10 minutos (manhã + tarde).

8. Saída do trabalho às 16:30 e não mais às 17:00.

9. Saída do trabalho às 16:00 horas.

10. Retorno à saída às 17:00 horas.

11. Semana de 5 dias com sábado livre.

12. Retorno às condições do 3º período.

Observou-se que na segunda fase, as moças trabalhavam melhor na sala de prova, pois se sentiam menos pressionadas, o ambiente era mais amistoso e agradável, e elas se relacionavam amigavelmente entre si, desenvolvendo objetivos e formando uma equipe, fator muito importante para o estudo humanítico.

Os pesquizadores, curiosos pelas diferentes atitudes das funcionárias, criaram um programa de entrevista com os empregados, dando início à terceira faze da experiência. Essas entrevistas tinha como objetivo de ouvir as opiniões dos funcionários, conhecer suas atitudes e sentimentos, assim como ouvir suas sugestões quanto ao treinamento dos supervisores. Isso foi bem recebido entre os entrevistados e supervisores animando os programa, assim posteriormente foi criado a Divisão de Pesquisas Industriais para ampliar o programa de entrevista e entrevistar anualmente os funcionários, em 1930 mais de 20 mil funcionários foram entrevistados e em 1931, uma forma mais “livre” de entrevista foi adotado, sem que o entrevistador cortasse o entrevistado, deixando-o falar livremente suas opiniões.

Quarta fase:

Foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial com condições de trabalho idênticas às do departamento. Um observador ficava dentro da sala e um entrevistador do lado de fora entrevistava o grupo. Essa experiência visava analisar a organização informal dos operários.

O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo, havendo um salário-hora com base em fatores e um salário mínimo horário, para o caso de interrupções na produção. Os salários só podiam ser maiores se a produção total aumentasse. Assim que se familiarizou com o grupo experimental, o observador pôde constatar que os operários dentro da sala usavam várias artimanhas -logo que os operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo de trabalho. Os operários passaram a apresentar certa uniformidade de sentimentos e solidariedade grupal. O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes, considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro e pressionando os mais rápidos para "estabilizarem" sua produção por meio de punições simbólicas. Essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e a organização formal da fábrica. (CHIAVENATO, 7ª edição, página 105)

Essa faze pode-se concluir a bom resultado de um grupo informal, tópico que será tratado mais adiante.

Conclusões da experiência de Hawthorne:

-“O nível de produção é resultante da integração social”, o resultado de produção deve-se à interação do trabalhador no grupo de trabalho.

- “O comportamento social dos empregados”,

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