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Análise de Custos

Por:   •  28/3/2018  •  5.636 Palavras (23 Páginas)  •  304 Visualizações

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todos os custos de produção, quer fixos, quer variáveis, quer diretos ou indiretos, e tão-somente os custos de produção, aos produtos elaborados. Alguns problemas detectados em relação a este método de custeio:

 Os custos fixos existem independentemente da quantidade produzida, sendo assim, tendem a ser mais um encargo para a empresa;

 Por não dizerem respeito a este ou àquele produto, são distribuídos à base de critérios de rateio, que contém arbitrariedade;

 O valor do custo fixo por unidade depende ainda do volume de produção: aumentando-se o volume, tem0se um menor custo fixo por unidade, e vice-versa.

 O método de custeamento por absorção falha em muitas circunstâncias, como instrumento gerencial para tomada de decisões, por levar em consideração os rateios dos custos fixos, que apesar de aparentarem lógicos, poderão levar a alocações enganosas.

1.2 Custeio Variável ou Direto

Segundo Megliorini (2001), custeio variável “ é o método que considera que os produtos devem receber somente os custos que “causam” ao serem fabricados ”. Então, somente os custos variáveis são apropriados aos produtos, os custos fixos são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado, como despesas.

Devido aos problemas relacionados com a dificuldade de apropriação dos custos fixos aos produtos, nasceu uma forma alternativa para custeamento. O Custeio variável, mais conhecido como Custeio Direto, apropria todos os custos variáveis, quer diretos quer indiretos, e tão somente os variáveis. O Custeio Variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa; seu resultado parece ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente como se fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades. Porém, os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do Custeio Variável, por isso, não é reconhecido pelo Fisco.

Razões do não-uso do Custeio Variável nos balanços

Martins (1996) admitiu que segundo o Regime de Competência e de Confrontação, deve-se apropriar as receitas e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção, e o Custeio Variável fere estes princípios. Não seria correto, jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve então ficar para amanhã uma parcela dos custos quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos. Aí está a justificação para a não-aceitação do Custeio Variável para efeitos de Balanços e Resultados. Mas essa não aceitação não impede que a empresa o utilize para efeito interno. Basta no final do exercício, fazer um lançamento de ajuste para que fique tudo conforme os critérios aceitos. Tanto o Custeio por Absorção como o Custeio Variável utilizam as mesmas informações referentes à produção e custos. A diferença está no tratamento dado aos custos fixos. O Custeio por Absorção aloca os custos fixos aos produtos, enquanto que, o Custeio Variável não. Enquanto que no Custeio por Absorção os produtos geram lucros, que é a diferença entre o preço de venda e o custo de produção (fixo e variável), no Custeio Variável, geram margem de contribuição, que é a diferença entre o preço de venda e o custo variável mais despesas variáveis. Essas diferenças nos tratamentos levam a resultados diferentes no exercício das atividades de uma empresa.

Padoveze (1996) mensura as vantagens e as desvantagens do custeamento direto:

 Os custos dos produtos são mensuráveis objetivamente, pois não sofrerão processos arbitrários ou subjetivos de distribuição dos custos comuns;

 O lucro líquido não é afetado por mudanças de incremento ou diminuição de inventários;

 Os dados necessários para a análise das relações custo-volume-lucro são rapidamente obtidas do sistema de informação contábil;

 É mais fácil para os gerentes industriais entenderem o custeamento dos produtos sob o custeio direto, pois os dados são próximos da fábrica e de sua responsabilidade, possibilitando a correta avaliação de desempenho setorial;

 O custeamento direto é totalmente integrado com custo-padrão e orçamento flexível, possibilitando o correto controle de custos;

 O custeamento direto constitui um conceito de custeamento de inventário que corresponde diretamente com os dispêndios necessários para manufaturar os produtos;

 O custeamento direto possibilita mais clareza no planejamento do lucro e na tomada de decisões.

Desvantagens:

 A exclusão dos custos fixos indiretos para valoração dos estoques causa sua subavaliação, fere os princípios contábeis e altera o resultado do período;

 Na prática, a separação de custos e variáveis não é tão clara como parece, pois existem custos semivariáveis e semifixos, podendo o custeamento direto incorrer em problemas semelhantes de identificação dos elementos de custeio;

O custeamento direto é um conceito de custeamento e análise de custos para decisões de curto prazo, mas subestima os custos fixos, que são ligados à capacidade de produção e de planejamento de longo prazo, podendo trazer problemas de continuidade para a empresa.

1.3 Custeio baseado em atividades (ABC)

O Custeio Baseado em Atividades (ABC) procura reduzir as distorções provocadas pelos rateios existentes em outros métodos de custeio. A diferença fundamental em relação aos outros métodos está no tratamento dado aos custos indiretos. Os custos são atribuídos às atividades baseadas no uso dos recursos, depois atribuídos aos objetos dos custos. O ABC procura aprimorar o custeamento dos produtos, através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos, para acumulação diferenciada ao custo dos diversos produtos da empresa. A vantagem desse método é proceder a distribuição dos custos indiretos de fabricação aos produtos de forma mais precisa.

O CRC-SP (1992) informou que o avanço tecnológico e o crescimento dos sistemas de produção vêm aumentando continuamente os custos indiretos, comparando com os custos diretos, no processo produtivo. Outro fator que exige uma melhor alocação

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