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A importância da contabilidade na tomada de decisões

Por:   •  9/11/2017  •  1.722 Palavras (7 Páginas)  •  455 Visualizações

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De acordo com Martins (2001) os séculos XII e XIII foram marcados pela expansão dos grandes centros comerciais europeus, exigindo das empresas um maior controle dos negócios. Nesta fase, a Contabilidade entra na fase moderna, e o Métodos das Partidas Dobradas, introduzido pelo Frei Lucca Paccioli, passa a ser estudado e utilizado pelas empresas. De acordo com as Partidas Dobradas, todo lançamento a débito deve ser compensado com um lançamento a crédito, ou seja, registro de causa e efeito.

Desse período até o começo do século XX, a Europa foi considerada como o núcleo dos estudos contábeis, e a Contabilidade era estudada por estudiosos que buscavam aperfeiçoar as técnicas e o formato de demonstrar a conjuntura das instituições, já que até então somente existia a Contabilidade atendia somente às necessidades dos empregadores (SÁ, 2008).

No século XX em decorrência do crescimento econômico do país a Contabilidade chega aos Estados Unidos. Os empresários passam a se preocupar mais com o seu patrimônio e começam a utilizar a Contabilidade na tomada de decisões (FAHL, MANHAMI e SILVA, 2008).

A evolução da Contabilidade pode ser conhecida através da Tabela 1.

Tabela 1. Evolução da Contabilidade

Fases

Época

Ênfase

Intuitivo Primitivo

Primórdios da Civilização

Necessidade básica de controla riqueza.

Racional Mnemônico

Aprox. 4.000 a.C.

Surge a sistematização e a organização dos métodos.

Lógico Racional

Séc. XI

Início do Método das Partidas Dobradas.

Literatura

Séc. XV

Difusão dos métodos de escrituração e registros, através de livros.

Pré-científico

Final do século XVI

Surgimento das primeiras teorias.

Científico

Séc. XIX

Surgimento das primeiras doutrinas científicas contábeis.

Filósofo-Normativo

Década de 50

Padronização das informações e conceitos.

Fonte: Sá (1997).

No Brasil, a Contabilidade chega por volta de 1946 junto com o nascimento da Escola de Economia e Administração da USP, e em decorrência do aumento da quantidade de empresas multinacionais no país. Em 1972 através da Circular n° 179/72 do Banco Central e em 1876 através da Lei n° 6404/76 – Lei das Sociedades por Ações são estabelecidas regras claras quanto às características, obrigações societárias, direitos e ações dos acionistas, estruturas das demonstrações contábeis, dentre outras.

CONTABILIDADE GERENCIAL: CARACTERIZAÇÃO E CONCEITOS

O conceito de contabilidade está diretamente relacionado ao controle e registro de atos e fatos incorridos no patrimônio e uma organização dentro de um espaço de tempo. Para Iudícibus (2000) a contabilidade envolve a construção de um “arquivo básico de informação contábil” que possa ser utilizado, de forma flexível, por vários usuários dentro de uma organização, independente do nível.

Fahl, Manhami e Silva (2008) consideram que a Contabilidade é a ciência social que controla o patrimônio das entidades através do registro de dados. Tem como finalidade oferecer informações sobre a sua composição e suas variações, ou seja, tem como objetivo o registro, controle, acúmulo, resumo e interpretação dos fenômenos que possam afetar a situação patrimonial, financeira e econômica de qualquer entidade. Iudícibus e Marion (2002, p. 53) afirmam que “o objetivo da Contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade”.

Fortes (2001) defende que a Contabilidade fundamenta-se em princípios, leis e outras normas decorrentes das relações sociais entre pessoas, empresas e instituições em geral, e divide-se em várias vertentes na execução do seu papel dentro das organizações, os quais podemos citar: Contabilidade Financeira ou Geral; Contabilidade Societária; Contabilidade Fiscal e Tributária, Contabilidade de Custos e Contabilidade Gerencial.

Diferentemente da Contabilidade Geral, que tem como função básica elaborar e fornecer relatórios e demonstrativos financeiros ao público externo, a Contabilidade Gerencial serve de ferramenta para a tomada de decisões dentro da empresa.

Padovezze (2012, p. 11) traz a seguinte definição a respeito da contabilidade gerencial:

Caracteriza-se Contabilidade Gerencial o segmento da ciência contábil que congrega o conjunto de informações necessárias á administração que complementa as informações já existentes na Contabilidade Financeira. A Contabilidade Financeira é o nome mais comum para designar a Contabilidade Tradicional, a contabilidade estruturada em cima de práticas contábeis geralmente aceitas e regulamentadas pela legislação comercia e tributária.

O autor ainda complementa que a Contabilidade Gerencial é necessária a qualquer entidade, a qual mantém o seu foco nos usuários de qualquer nível da administração que necessitem de informações contábeis para garantir o processo de planejamento e controle das operações, bem como para a tomada de decisões.

Iudícibus (1998) cita que a Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada como um enfoque especial conferido as várias técnicas e procedimentos contábeis conhecidos e tratados nas demais vertentes da Contabilidade, os quais são colocados sob uma perspectiva e classificação diferenciadas a fim de auxiliar os gerentes das organizações em seus processos decisórios.

No entanto, Neves e Viceconti (1998)

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