A atual crise financeira
Por: kamys17 • 5/2/2018 • 7.643 Palavras (31 Páginas) • 397 Visualizações
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A atual crise mundial, ao contrário das outras que observamos ao longo dos últimos tempos, e onde falaremos neste trabalho, tem um potencial capaz de alterar desde as relações políticas, econômicas e ate mesmo as sociais. Muito embora ainda seja muito cedo para descrever todo o possível cenário que se formará no final, já permite a indagação de importantes estruturas sobre os quais se construiu um ambiente de financeirização da economia, de globalização e de irrestrita liberdade para o capital.
Soma-se essas incertezas com muitas possíveis acertamentos. Pode-se supor que, pelo menos no curto prazo, as grandes economias não conseguirá manter este papel nos mercados mundiais que hoje exercem. E esse mesmo efeito deverá ser sentido em quase todos.
- A CRISE DE 1929 – A GRANDE DEPRESSÃO
A grande Crise dos anos 1929 foi uma calamindade cega e generalizado. O desmoronamento dos negócios, os suicídios de especuladores arruinados, atirando-sepelas janelas dos prédios, se multiplicavam. As falências e demissões, o pânico monetário e financeiro e as ruínas estatais e nada mais podia ser vendido nem mesmo a preços irrisórios, estoques se acumulavam, empresas fechavam suas portas, milhões de pessoas se viam sem emprego, portanto sem recursos e sem dignidade, na maioria das vezes sem proteção social, incapazes de pagar seus aluguéis, reduzidas à esperadas distribuições gratuitas de alimentos e agasalhos, levadas ao despejo, à mendicidade, à revolta. Um terremoto financeiro abalou Wall Street, a historia chamou de o grande Crash e traumatizou a nação americana.
- CAUSAS DA CRISE
Para entender melhor o caos dos anos de 1929 devemos voltar 1 década antes. Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades. Os Estados Unidos lucravam muito vendendo arma, munição e alimentos para os países europeus. Os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. E a indústria que acompanhou o crescimento foi a automobilistica com o engenheiro Henry Ford que produzia motores desde os anos passados. Henry Ford criou a linha de montagem e a produção em massa, quanto maior a quantidade menor o preço. A indústria automobilística estava causando um enorme impacto na economia americana, que inspirou o mais veloz surto de construção de estradas da história. Surgiram postos de gasolina aos milhares, e a sede por gasolina levava a indústria petrolífera a gerar lucros inacreditáveis. A indústria automobilística usava quase todo o petróleo do país, usavam a borracha e o aço. O salario de toda classe trabalhadora aumentavam e com os impostos mais baixos as famílias americanas tinham maior poder de compra. O fácil crédito era fácil e bancos e agências emprestavam dinheito e parcelavam as contas para todos, sem que haja qualquer seleção ou verificação.
- A BOLA DE ILUSÃO
Os créditos instantâneos faziam com o que os auxiliares de produção e escritório, secretárias donas de casa pudessem investir em ações pela primeira vez. As especulações na bolsas de valores eram a segunda paixão dos americanos, muitos americanos ficaram obsecados com Wall Street, contagiados pela febre dos investimentos, já que os valores das ações continuavam subindo. Foram feitos lendas de que as pessoas estavam ficando ricas do dia para noite. As pessoas tinham tanta fé no mercado de valores, que pediam mais dinheiro emprestado para especular no mercado de ações. Wall Street estava faminta por novos apostadores.
- MERCADO DO DESESPERO
Em uma quinta feira um declínio nas ações dos automóveis começou a assustar. As ações foram vendidas rapidamente. Os bancos colocaram o dinheiro nas ações para estabilizar a bolsa de valores. No fim de semana parecia que havia controlado o queda das ações.
No dia 24 de outubro o dia oficial da quebra da bolsa, as ações da bolsa caíram sem explicações, os investidores ficaram espantados, as pessoas queriam vender, mas não havia mais compradores para as ações e os preços começaram a cair.
Milhares de pessoas começaram foram se encontrar ao redor da bolsa que lotavam as ruas, as pessoas queriam saber o que estava acontecendo, a espera de algum tipo de notícia. Este dia foi nomeado como “ Terça-Feira Negra”.
Trabalhadores viram o seu dinheiro virarem pó, nem os ricos e famosos foram poupados. Os números de suicídios eram exagerados. Quem tinham economia depositada em bancos correram para sacar o dinheiro com medo de que se perdessem. Os bancos foram forçados a fechar as portas e declarar falência.
O fechamento dos bancos afetou também as pessoas que não tinham lucrado com a bolsa de valores, pois os pequenos rendimentos guardados em poupança não puderam ser sacados. Muitos perderam as reservas de toda uma vida e não tinham outra fonte de recursos para enfrentar a crise. Sem conseguir os empréstimos bancários necessários para fugir da tormenta as empresas foram forçadas a fechar e milhares de trabalhadores ficaram desempregados. Os bancos americanos que emprestaram dinheiro no pós-guerra à países europeus cobraram a dívida numa tentativa de se manterem funcionando. A cobrança gerou uma crise financeira no exterior e os bancos não conseguiram recuperar nem o dinheiro necessário para a sua própria recuperação.
- BONANÇA E ALTA TEMPESTADE
Hebert Hoover (presidente na época) insistiu que a maré ruim era temporária e que ele tinha esperança que logo ia passar, a confiança do povo só diminuía que elegeu o novo presidente Franklin Delano Roosevelt. Roosevelt convenceu a população que a depressão poderia ser vencida.
O primeiro ato do presidente foi tomar rédeas dos movimentos bancários e tudo que estava fora de controle, ele fechou todos os bancos do país por 4 dias para que fosse realizado a análise de suas contas, só puderam retornar os bancos que haviam gerenciado corretamente suas contas e dispunham de dinheiro em espécie suficiente.
Em um pronunciamento o presidente declarou que os bancos estavam controlados e que a população não precisaria sacar as suas economias, quando os bancos reabriram na semana seguinte foi depositado mais dinheiro do que havia sido sacado anteriormente. A crise bancária havia terminado.
- NEW DEAL: A SOLUÇÃO
Intervencionismo estatal
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