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A RESPONSABILIDADE SOCIAL E O PROGRAMA JOVEM APRENDIZ NA PETROBRAS UNIDADE FAFEN/SE

Por:   •  17/4/2018  •  3.796 Palavras (16 Páginas)  •  482 Visualizações

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Na década de 1950 nos Estados Unidos o meio empresarial e acadêmico inicia uma discussão à respeito da importância da responsabilidade social pelas ações de seus dirigentes. No início da década de 1960, o tema começa a ser popularizado nos Estados Unidos. Os acontecimentos e as transformações sociais destacam os problemas socioeconômicos e, de certa forma, preparam o ambiente para a aceitação da ideia. Na Europa, as ideias sobre responsabilidade social se multiplicam a partir da década de 1960, com artigos de revistas e notícias de jornais que refletem a novidade oriunda dos EUA. Durante essa década, os autores europeus Kenneth Galbraith, Vance Packard e Rachel Carson se destacaram apresentando problemas sociais e suas possíveis soluções. Ao final dessa década, nos Estados Unidos, as empresas já se preocupavam com a questão ambiental e em divulgar suas atividades no campo social, segundo Oliveira (2000).

Ainda segundo Oliveira (2002), a década de 1970 chega com a preocupação de como e quando a empresa deveria responder sobre suas obrigações sociais. A demonstração para a sociedade das ações empresariais tornarem-se extremamente importante. Durante essa década, a doutrina se difunde pelos países europeus, tanto nos meios empresariais, quanto nos acadêmicos. Na Alemanha percebe-se o rápido desenvolvimento do tema, com cerca de 200 das maiores empresas desse país, integrando os balanços financeiros aos objetivos sociais. Isso já na metade da década. Porém é a França que dá o passo oficial na formalização do assunto nessa mesma década. É o primeiro país a "obrigar as empresas a fazerem balanços periódicos de seu desempenho social no tocante à mão de obra e às condições de trabalho”.

Em meados da década de 70 surgiram profissionais interessados em estudar o tema, e a partir daí a responsabilidade social deixou de ser uma simples curiosidade e se transformou em um novo campo de estudo.

Na década de 1980 o aumento das pressões sobre as empresas pela busca de alterações nos aspectos econômicos, desponta-se como terreno propício à discussão e difusão das ideias de responsabilidade social. Mormente nos países em via de democratização política, esse tema passa a ser associado com a ética empresarial e com a qualidade de vida no trabalho (DE BENEDICTO, 2002). Com uma maior participação de diversos autores de renome na questão da responsabilidade social, a década de 1990 apresenta a discussão sobre as questões éticas e morais nas empresas, envolvendo a questão ambiental, a educação e às grandes diferenças que caracterizam as injustiças sociais, o que contribui de modo significativo para a definição do papel das organizações. Hoje, o tema “responsabilidade social” assume um aspecto ético-empresarial tão forte, ao ponto de estar transformando-se em uma “doutrina empresarial”, sem a qual não há sucesso de acordo com De Benedicto ( 2002).

O estudo do ambiente e sua importância para definição e compreensão dos contextos com os quais as organizações se relacionam constitui um ponto de partida.

Desde a Revolução Industrial, a vida do homem, no mundo capitalista em particular, tem girado em torno de uma estrutura a qual se denomina empresa. Nela, igualmente, o homem tem passado a maior parte do seu dia, dedicando sua força física ou intelectual na produção de bens e serviços. Em troca, recebe a remuneração pela atividade desenvolvida.

No mundo globalizado, em quem predominam as novas tecnologias da produção, da informação e da comunicação, a responsabilidade social das organizações assume papel de destaque. Os seus compromissos já não se restringem aos definidos pela ordem econômica centrada no mercado, o de minimizar os custos e maximizar os lucros.

A Responsabilidade Social corporativa, em sentido escrito, deve ser entendida como a obrigação que tem a organização de responder como a obrigação que tem a organização de responder por ações próprias ou de quem ela esteja ligada, segundo (Karlotli e Aragão, 2012)

2.1 Responsabilidade social na atualidade

A crescente conscientização social corporativa vem modificando, gradualmente, o modelo tradicional de atuação empresarial, aquela baseada na obtenção de lucratividade sem levar em conta da comunidade e seu entorno. (Karkotli e Aragão, 2012)

A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias e é ainda um conceito em aberto, sujeito à diversas interpretações. A responsabilidade social de uma empresa consiste não apenas em fazer doações ou outros gestos de caridade. Responsabilidade Social é participar diretamente das ações comunitárias na região em que está presente, investir no bem-estar dos funcionários, no ambiente de trabalho saudável, e no desenvolvimento de projetos sociais. Além de promover comunicações transparentes, dar retorno aos acionistas e garantir a satisfação dos seus clientes. O lucro que antes era um objetivo maior dos negócios de uma empresa passará a ser apenas consequência dos serviços que foram prestados ao cliente, lucrando assim não só as empresas e seu público interno, como também a sociedade que irá usufruir dos benefícios proporcionados.

No cenário organizacional, a Responsabilidade Social é um assunto que vem despertando atenção crescente nas empresas, tendo em vista a questão socioambiental que levam as empresas a tomar consciência de que a sociedade está questionando não a empresa em si, mas o sentido do desenvolvimento econômico que ela traz. Neste contexto, uma organização de destaque ultrapassa segundo Fernandes (2008), os limites de apenas oferecer produtos de qualidade, empregos, tecnologias, bom atendimento, preços bons. Ela deve ampliar sua atuação para a área social, envolvendo-se socialmente com a comunidade na qual se insere. Esta é a prova fundamental do compromisso da empresa com a responsabilidade social.

No universo das empresas, a Responsabilidade Social pode ser traduzida como um princípio ético, aplicado à realidade através de uma gestão que leva em consideração as necessidades e opiniões dos diferentes stakeholders, que são públicos envolvidos ou impactados pelo negócio das empresas: funcionários, clientes, acionistas, comunidades, meio ambiente, governo e outros.

A Responsabilidade Social foi criada no início do século XX e ganha força no Brasil e no Mundo principalmente na década de 90 quando atingiu seu ápice e sua maturidade na sociedade pós-industrial, que vem trazendo uma nova perspectiva sobre o modo de administrar organizações

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