A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NA ATIVIDADE EMPREENDEDORA
Por: kamys17 • 28/5/2018 • 2.085 Palavras (9 Páginas) • 446 Visualizações
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ao seu proprietário deve ser visto sim como uma alternativa viável. Porém, o ímpeto para tomar esta decisão, na maioria das vezes, isenta de planejamento e de uma identificação clara das oportunidades de mercado, merece preocupação para que se evite desperdício de tempo e demais recursos.
Considerando a importância das iniciativas de pequenas unidades empresariais e do seu fortalecimento relacionado à preparação do empresário, os tópicos seguintes serão destinados a traçar algumas considerações sobre a identificação da capacidade empreendedora e dos mecanismos de diminuição do risco, conforme a proposta deste artigo.
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4 ELEMENTOS BÁSICOS DA CAPACIDADE EMPREENDEDORA
Algumas pessoas já nascem com maior qualificação para o empreendedorismo. Outras não têm talentos inatos, mas que poderão ser desenvolvidos e aprendidos, conforme afirmação de Dornelas (2001, p. 39).
Questões como o que torna uma pessoa empreendedora e quais são os elementos essenciais da capacidade empreendedora atraem o interesse de inúmeros estudiosos que reconhecem que os empreendedores bem sucedidos têm algumas características comuns, como:
Iniciativa;
Autoconfiança;
Aceitação do risco;
Sem temor do fracasso e da rejeição;
Decisão e responsabilidade;
Energia e otimismo;
Controle;
Voltado à equipe;
Persistência;
Criativo e pesquisador.
Exercícios de auto percepção e autoconhecimento são fundamentais para os potenciais empreendedores identificarem as características já existentes e quais as necessárias serem desenvolvidas (SEBRAE, 2007).
5 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO NA ATIVIDADE EMPREENDEDORA
Independente do tamanho ou do tipo do empreendimento que se queira criar o ponto de partida para reduzir os riscos de fracasso é elaborar um plano de negócios.
Segundo Pinson e Jinnet (1996), citado por Dornelas (2001,p. 94), pelo menos três motivos podem ser destacados para se efetuar um planejamento:
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Toda a empresa precisa de um planejamento de seu negócio para poder administrá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes, entre outros interessados.
Entidades financiadoras e de outros recursos financeiros precisam de um plano de negócio da empresa solicitante para avaliar os riscos inerentes do negócio.
Exige que o empresário, principalmente o micro e pequeno, organize o pensamento sobre seu negócio e conheça conceitos tais como: ponto de equilíbrio, projeções de faturamento, lucratividade, prazo de retorno do investimento entre outros, no processo de realização do plano de negócios.
A elaboração do plano de negócios deve ser minuciosa, utilizando-se de fontes confiáveis, apurando-se, por exemplo:
Quem serão os clientes, os concorrentes e os fornecedores;
Os cenários econômicos, políticos, social, ambiental e cultural;
Os diferenciais competitivos, respondendo em que a empresa será mais atrativa em relação à concorrência existente;
As competências internas que a empresa terá, ou seja, o que a empresa sabe fazer melhor que as demais;
A avaliação dos recursos disponíveis, ou seja, o volume de dinheiro para investimento e para capital de giro, número e qualificação dos colaboradores, estrutura física como instalações, equipamentos e ferramentas necessários (Plano de Negócios, 2007).
Pesquisas em fontes primárias (através do fornecedor, público-alvo e junto ao concorrente) e fontes secundárias (revistas, jornais, sites específicos, etc) são necessárias e devem ser trabalhadas de forma organizada para a identificação, além de outras situações, da viabilidade econômico-financeira do negócio pretendido.
Inúmeros modelos de plano de negócios estão disponíveis em livros e sites de orientação ao futuro empreendedor e literaturas específicas como em Pereira e Santos (1995), Dornelas (2001, 242-292), SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) propiciando programas específicos ao interessado por
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exemplo. Ambos são acessíveis ao leitor independente da escolaridade e formação profissional.
6 PREPARO PARA ADMINISTRAR O NEGÓCIO
Muitas são as fontes que procuram identificar os motivos de sucesso ou de fracasso de um empreendimento.
Penteado (1999) reúne em uma obra depoimentos de uma dezena de empresários considerados bem sucedidos, na qual, em síntese, apresentavam sua receita de sucesso que tem a ver com a alegria e o bom humor, até a formação educacional e a dedicação extremada ao negócio.
Pinchot III (1989, p. 17), em pesquisa realizada com empreendedores, levantou que o sucesso nos negócios se dá pela inovação, assunção de riscos e iniciativa.
Gerber (1996, p. 52-58) comenta que para um empreendimento ter sucesso, o empresário deve desempenhar habilmente os seguintes papéis: Empreendedor, Técnico e, Gerente. Este autor reconhece que estes papéis reunidos numa só pessoa são quase impossíveis. Sugere, em função disto, que o empreendedor se associe com outras pessoas que completam suas habilidades ou, em situação menos recomendada, que contrate colaboradores para as funções de técnico ou de gerente.
Com base nos pensamentos de estudantes acima, recomenda-se ao potencial empresário preparar-se e aprimorar-se em cursos de profissionalização técnica e empresariais disponíveis no mercado voltados a atividade a ser desenvolvida. A busca de atualização deve ser permanente durante toda a sua vida empresarial, com o objetivo de acompanhar das tendências no ramo e a variações do mercado.
7 AFINIDADE COM O RAMO DE NEGÓCIO
Manter uma afinidade com o ramo pretendido, ou seja, ter tido alguma experiência anterior como empregado ou como empregador e estar disposto a trabalhar com afinco, pelo menos nos primeiros tempos do negócio, é condição vital
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