A DIVERSIDADE CULTURAL: A LOGÍSTICA NAS REGIÕES DO BRASIL, ASPECTOS ORGANIZACIONAIS, ECONÔMICOS E DIFICULDADES NO SETOR LOGÍSTICO
Por: SonSolimar • 30/11/2018 • 2.251 Palavras (10 Páginas) • 498 Visualizações
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- INTEGRAÇÃO FLEXIVEL
Conforme Novaes, 2007, não foi somente o aumento da renda e o anseio por maior diversidade de produtos que caracterizaram a mudança de perfil do consumidor a partir da Segunda Guerra Mundial. A população apresentou mudanças profundas em seu perfil etário e em seus hábitos. De um lado, as necessidades econômicas e financeiras obrigaram a maioria das mulheres a trabalhar fora do lar, criando novas expectativas e preferências de consumo. Muitos casais deixaram de ter filhos ou se restringiram a apenas um. Por outro lado, a expectativa de vida da população aumentou bastante nas últimas décadas.
- INTEGRAÇÃO ESTRATÉGICA
Nesta fase, ainda segundo Novaes 2007, a alteração no perfil do consumidor é mais ampla. A questão da utilização do tempo, por exemplo, é característica. Com o crescimento do trabalho feminino fora do lar e com o aumento do número de pessoas divorciadas ou solteiras, as compras durante o dia ficaram mais difíceis de realizar. Como resultado, as lojas e supermercados passaram a ficar abertos durante um período maior, estendendo a operação até às 8 ou mesmo 10 horas da noite. O reforço do atendimento aos sábados, por outro lado, se tornou mandatório, pois é nesse dia em que mais se concentram as compras.
Identificar cada tipo de consumidor e entender seus hábitos e anseios é hoje uma necessidade premente para o comércio varejista. Evidentemente, os setores de marketing dos fabricantes de produtos e das grandes empresas varejistas conhecem razoavelmente bem muitas de suas nuanças.
- A LOGÍSTICA NAS REGIÕES DO BRASIL, ASPECTOS ORGANIZACIONAIS, ECONOMICOS E DIFICULDADES NO SETOR LOGÍSTICO.
Um dos fatores que mais atrapalham o desenvolvimento do ramo logístico no país é a falta de infraestrutura, principalmente no modal rodoviário. Enquanto a área de logística inova em alternativas para superar crises financeiras internas e externas, investe em espaço para armazenagem e faz de tudo para absorver e dar conta de variados tipos de demanda, o setor sofre por ter uma concentração de 60% das suas atividades em estradas, sendo que essas apresentam algum tipo de deficiência em 73,9% delas.
Os números são de uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), realizada em 2007, ou seja, há cinco anos os números logísticos já eram promissores economicamente e os problemas já existiam, mas ainda são muitos, apesar de todos os alertas de importantes órgãos do país. O curioso é que, mesmo com tantos empecilhos que emergem por conta disso, como a falta de segurança para os motoristas, danos mecânicos aos caminhões, risco de deterioração das cargas, desperdício (lembrando a quantidade de soja que se perde pelo caminho) e desgaste físico dos profissionais, que acabam se tornando agentes de graves acidentes, pouco se faz para mudar essa situação.
- ASPECTOS ORGANIZACIONAIS E ECONOMICOS: ESTUDO DE CASO DA CAPITAL REALTY
Os maiores custos logísticos no país estão relacionados ao transporte de longa distância (38%), curta distância (16%) e armazenagem (18%). Os dados foram divulgados em uma pesquisa da Fundação Dom Cabral que avaliou as despesas com logística em relação à receita de 126 empresas brasileiras em 2012. Em alguns setores, como o de bens de consumo, os gastos afetam diretamente o preço final dos produtos.
Fatores estruturais, como dificuldade de acesso e distribuição nas regiões metropolitanas, além de estradas em más condições, reduzem a competitividade logística no Brasil, revela a pesquisa. Por isso, a localização dos centros de distribuição é um fator muito importante quando se pensa em resolver os gargalos logísticos no país. Uma das soluções apontadas pelos empresários seria a maior oferta de plataformas de armazenagem nas regiões metropolitanas.
Centros de distribuição localizados em regiões metropolitanas e próximos a importantes rodovias permitem que as empresas se desloquem mais facilmente e dispensem menos tempo e custos com transporte de longa e curta distância, explica Rodrigo Demeterco, presidente da Capital Realty, empresa paranaense especializada na implantação de condomínios logísticos.
Quando se pensa no local de armazenagem, os condomínios logísticos são vistos como uma solução de terceirização que gera economia e aumenta a eficiência. “Percebemos uma transição de um modelo em que as empresas possuem armazéns próprios para outro, no qual cada vez mais se buscam espaços compartilhados para instalar as operações. A relação custo-benefício é o que mais atrai empresas para centros logísticos”, explica Rodrigo. Os custos de portaria, segurança e manutenção de áreas comuns, por exemplo, são compartilhados entre os condôminos.
A Capital Realty é líder de mercado de condomínios logísticos na região sul e, em 2013, irá entregar dois novos empreendimentos - o Mega Centro Logístico Curitiba e o Mega Intermodal Canoas, nas regiões metropolitanas de Curitiba e Porto Alegre respectivamente. Os investimentos de cerca de 300 milhões de reais nesses novos empreendimentos vem num momento em que a região Sul carece de espaços com padrão A de qualidade.
O custo logístico brasileiro chega a aproximadamente 12% do PIB, o que representa uma perda de US$ 83,2 bilhões por ano, conclui a Fundação Dom Cabral. O valor é em comparação com os Estados Unidos, onde o custo logístico é de 8% do PIB.
Apesar dos dois países terem dimensões continentais, nos EUA as indústrias e varejo são mais pulverizadas pelo território, o que, além de outros fatores, ajuda a reduzir os gastos. “No Brasil, muitos operadores possuem centros de distribuição em São Paulo e, a partir daí, atendem outros estados. É preciso descentralizar as operações para atender melhor e mais rapidamente mercados que são cada vez mais importantes, como as regiões Sul e Nordeste”.
- DIFICULDADES DO SETOR LOGÍSTICO
Muitas empresas de transporte de carga possuem terminais intermediários de trânsito (Novaes, 2001). Por exemplo, uma carga fracionada originada em Porto Alegre e destinada a Salvador pode ser deslocada do terminal da transportadora na primeira cidade e, de lá, para o terminal intermediário de São Paulo. Ali, depois de descarregada, a mercadoria sofre nova triagem para, depois, seguir viagem para Salvador. Algumas vezes pode ser observado mais do que um terminal de trânsito no percurso de uma determinada remessa. É claro que, com tantas operações intermediárias,
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