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Antropologia das religiões

Por:   •  17/4/2018  •  1.637 Palavras (7 Páginas)  •  327 Visualizações

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A fé islâmica (Sharia) e os cinco pilares do Islamismo

Islam, derivação do árabe, significa paz, pureza, submissão e obediência, atribuindo à religião o sentido de “submissão voluntária à vontade de Deus e obediência à Sua Lei” (Hanini, 2007:20 in Souza, Ferreira, Ferroni, Lage, Gomes, Santos (2014), no Islamismo a lealdade para com a religião é fundamental e os seus fiéis são submissos à vontade de Deus, crê que é a partir da religião que eles devem encontrar o seu caminho (Hanini, 2007 in Souza, Ferreira, Ferroni, Lage, Gomes, Santos (2014). Segundo Carmo (2001), a fé islâmica assenta essencialmente na crença num Deus único (Alá, em árabe al ilah, ou seja, “o Deus”), no Profeta, nos Anjos, no Livro e no Julgamento Final.

Na fé islâmica, os muçulmanos não professam apenas suas crenças, esta conduz os seus atos de vida, as suas normas de conduta e comportamentos, quer sejam nas suas obrigações privadas, quer sejam quando praticam as suas orações: jejum, peregrinações e caridade.

Para (Rodrigues,2013:1-2) “O Islão (…) não é tido como um sistema exclusivamente espiritual-religioso, mas sim concomitantemente ideológico, faceta da qual se alimentam o fundamentalismo, o revivalismo, o tradicionalismo”.

Ainda e de acordo com (Maria do Céu Pinto in Rodrigues,2013:2) “ (…) não é encarado somente enquanto credo religioso que condiciona a vida espiritual dos indivíduos; é, acima de tudo, um “modo de vida” que permeia e molda o tecido social”.

“A crença de que não há outro Deus além de Alá e de que Maomé é o seu profeta é, portanto, a pedra angular da doutrina islâmica” (Gaarder, 2000 in Souza 2014).

Os deveres da fé, conhecidos como os “cinco pilares” (Gaarder, Hellern e Notaker, 2001; Carmo, 2001; Souza et al., 2014) são obrigações de culto para o cumprimento da fé islâmica.

- Credo O núcleo da doutrina islâmica assenta no monoteísmo e na revelação de Maomé, o seu credo resume-se à citação “Não há Deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta”, este credo é repetido pelos fiéis várias vezes ao dia (Gaarder, Hellern e Notaker, 2001).

- Oração

Segundo Gaarder (2000 in Souza et al., 2014) a oração é citada no Alcorão mais de 117 vezes e a sua finalidade está expressa neste versículo “Sou Deus. Não há divindade além de Mim! Adora-Me, pois, e observa a oração, para celebrar o Meu nome” (Alcorão Sagrado, 20:14). Os horários para a oração são fixos e divididos em cinco vezes ao dia (Gaarder, 2000 in Souza et al., 2014).

Alá é Grande,

não há outro Deus senão Alá e Maomé é seu profeta.

Vinde para a oração, vinde para a salvação,

Alá é Grande,

não há outro Deus senão Alá.

(Gaarder, Hellern e Notaker, 2001)

- Caridade

No Corão está plasmado que sobre toda a riqueza e propriedade do muçulmano deverá retirar-se uma parte (2.5%) e destina-la aos mais carenciados com objetivo de diminuir a desigualdade entre pobres e ricos. É considerado um imposto formal e tornou-se parte da política oficial de redistribuição do Estado Islâmico (Gaarder, 2000 in Souza et al., 2014). Para esta religião, a caridade é mais do que uma esmola, é uma obrigação dada por Deus.

“Crede em Deus e em Seu Mensageiro, e fazei caridade daquilo que Ele vos fez herdar. E aqueles que, dentre vós, crerem e fizerem caridade, obterão uma grande recompensa” (Alcorão Sagrado 57:7).

- Jejum

Segundo Gaarder (2000 in Souza et al., 2014) está plasmado no Corão que Maomé teve a sua primeira revelação no nono mês do ano lunar - período que o islã designa de Ramadan. Em todos os dias deste mês, entre o nascer e o por do sol, é proibido a todos os fiéis comer, beber, fumar ou ter relações sexuais. O jejum é obrigatório a todos os muçulmanos e o objetivo é que cada um faça o retiro como fez Maomé. Contudo, viajantes, doentes, crianças ou grávidas poderão cumpri-lo numa data posterior.

- Peregrinação a Meca

“[...] A peregrinação à Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la;

entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescindir de toda a humanidade.”

(Alcorão Sagrado, 3:97)

Esta peregrinação deverá ser realizada, pelo menos uma vez na vida, por todos os fiéis que a possam realizar, pois a cidade de Meca, na Arábia Saudita, para o muçulmano (onde fica a pedra negra - a Caaba) é o centro do mundo (Souza et al., 2014).

A sucessão dos Califas: Sunitas e Xiitas

Com a morte de Maomé, deu-se a primeira segregação do islamismo surgindo duas ideologias: Sunitas e Xiitas (Souza et al., 2014).

Segundo Carmo (2001), Califa (Khalifa) significa “delegado” do Profeta.

Após a morte de Maomé, a maioria dos seus seguidores apoiaram Abu Bekr, sogro, que viria a ser o primeiro Califa, ficando conhecidos como Sunitas (significa tradição). Outro grupo emergente foram os Xiitas, seguidores do seu primo e Ali (genro) sendo o 4ºcalifa. Ao longo de 30 anos, o Islão teve os primeiros quatro Califas: Abu Bekr (632-634); Omar (634-644); Othman (644-656) e Ali (656-661). A maioria dos Xiitas centram-se no Irão, mas com núcleos por todos os países muçulmanos. Ao passo que os Sunitas constituem 85% do Islão. Atualmente, o número de muçulmanos poderá ser equivalente ao dos católicos, mas a sua tendência será presumivelmente para excedê-los em poucas décadas. (Carmo,2001).

Islão significa “submissão à vontade de Deus” e é uma religião que emergiu no século VII tendo por base os ensinamentos

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