A doação de órgãos vista de um ponto filosófico
Por: Hugo.bassi • 9/6/2018 • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 594 Visualizações
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Quando o doador é vivo, as doações mais comuns são de rim (já que é um órgão duplo, e é possível a sobrevivência com um só) e de sangue, já quando o doador sofreu morte encefálica, que é quando por algum motivo as áreas do cérebro ficam totalmente afetadas sendo incapaz de manter os movimentos corporais ativos, começa uma corrida contra o tempo. Uma corrida onde a equipe médica precisa dar essa notícia dolorosa à família e mesmo nesta situação delicada tentar convencê-la a doar os órgãos do ente querido. Muitas pessoas no momento da dor e da tristeza, acusam a equipe de insensibilidade, mas não é isso! É aquele claro exemplo de que um minuto faz a diferença.
Mesmo com a paralisia do cérebro, os médicos são capazes de manter os órgãos funcionando, por mais um limite de tempo com o auxílio de aparelhos e medicamentos. O tempo exato para a família autorizar a doação e o hospital poder realizar todos os procedimentos necessários, até acionar a Central de Transplantes, que vai manda equipes responsáveis por cada tipo de tecido, avaliar se o órgão está apto para transplante, e por fim vai até a família esclarecer todos os processos referentes à doação.
No processo para a escolha do doador, é levado em consideração tipo sanguíneo, gravidade do caso, distância entre doador e receptor, e o tempo na fila de espera. Nunca se é levado em conta classes sociais ou econômicas, cor, raça ou ética, somente o grau de compatibilidade e necessidade.
Além da instabilidade emocional da família no momento da perda, há também outros fatores que estão fazendo com que cada vez seja mais difícil se ter uma doação total ou parcial dos órgãos, como crenças e religiões.
Em momentos de dor e tristeza, é comum que as pessoas busquem apoio em suas crenças e devoções, e isso pode fazer com que doações sejam negadas. Não há propriamente dita, nenhuma religião que proíba a doação de órgãos, mas há algumas que dizem que só se é considerado morte quando o coração para, e se isso for realizado de maneira provocada pode trazer más energias ao espírito da pessoa falecida, também há a teoria de que o corpo é sagrado e deve ser inviolável.
As famílias também adquirem um certo receio, por medo do tráfico de órgãos, um crime que cresce cada dia mais no mundo, onde os órgãos são roubados e vendidos no mercado internacional por preços altíssimos. Por isso, é extremamente importante se verificar o comprometimento do local onde será autorizada a doação, apenas autorizar em locais sérios e com contato imediato com a Central de Transplantes. Todo o processo de doação de órgãos no Brasil, é regulamentado por leis e todos os processos devem ser feitos de acordo com elas,
É muito importante declarar a família quando se tem desejo de ser um doador, pois isso facilita totalmente o processo da autorização do transplante e aumentam a margem de tempo para salvar outra vida. Cada doador pode salvar em média, oito pessoas, dependendo da qualidade dos órgãos. Se todos fossemos doadores, não haveria essa grave carencia, e menos pessoas morreriam à espera de um "passe de vida".
Por isso é importante também, ter os hábitos mais saudáveis possíveis, pois quando mais saudável o doador for, maior será a quantidade de órgãos que poderão ser doados e mais vidas poderão ser salvas.
Não venda, que além de crime, é desumano, seja solidário, doe, não se trata apenas de um órgão, mas também uma fonte de esperança e vida para quem precisa!
Conclui - se que...
O trabalho mostrou que independente de raça, cor, etnia ou religião se deve ter amor ao próximo, um simples ato de solidariedade pode significar literalmente um ato de vida à outra pessoa. Se não te serve mais, por que não dá a outro que achará total serventia? É cada vez mais importante que as pessoas abram suas mentes e tenham uma visão universal, em relação à doação de órgãos, pois com isso, cada vez menos pessoas morrerão à espera de um transplante, e cada vez mais pessoas serão salvas e terão seu tempo vital estendido.
Doe órgãos, salve vidas!
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