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Uma Visão Angular do TDAH no Âmbito Escolar e Familiar

Por:   •  2/3/2018  •  2.909 Palavras (12 Páginas)  •  422 Visualizações

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Sabe-se que é necessário que haja uma aproximação das famílias dos alunos portadores de TDAH com a escola, pois, segundo Coll:

A colaboração com a família é mais necessária ainda no caso dos alunos que requerem ajuda mais especificas e intensas para compensar suas dificuldades. É importante informar os pais sobre as decisões adotadas para orientá-los sobre o tipo de ajudas que podem proporcionar a seu filho e promover sua participação com relação à aprendizagem de determinados conteúdos. A colaboração da família é de vital importância para favorecer a contextualização e a generalização de determinadas aprendizagens e conseguir que estas sejam mais significativas para a criança, já que pode relacionar o que faz em casa e o que faz na escola. Em muitos casos, se poderá, além disso, propor certas modificações no meio familiar, de modo promover o adequado desenvolvimento do aluno (Coll e Cols, 1995, p. 304).

Pode-se notar que, geralmente, os pais não sabem identificar que seu filho possui esse Déficit e acabam buscando auxílio na escola junto com o professor da criança.

A escola deve ser organizada e estruturada, pois é necessária uma sala de aula eficiente para crianças desatentas. Essa estrutura necessita supor regras claras e ter um programa previsível com carteiras separadas. Os prêmios devem ser coerentes e frequentes, pois um programa de reforço baseado em perdas e ganhos deve ser parte integral do trabalho da classe. Deve ser frequente e imediata a avaliação do professor. O material didático precisa estar adequado à habilidade da criança.

Atualmente, os professores encontram muitas questões que se referem à dificuldade de aprendizado. Refletindo sobre essa questão, o profissional da educação poderia adotar a postura de buscar qualificação através de informações, leituras e cursos que atualizariam seu conhecimento, tornando melhor o processo de ensino e aprendizagem. Entenderia muito mais a criança e poderia ser capaz de fazer um prognóstico razoavelmente preciso sobre seu comportamento. Atualizado e capacitado, esse profissional teria maior sucesso nas suas competências e habilidades, não somente para crianças com transtorno, mas também para aperfeiçoar seu trabalho enquanto educador. A escola, os pais e os profissionais precisariam trabalhar juntos com o portador de TDAH, colaborando e auxiliando no seu tratamento, na sua socialização, não esquecendo, porém, de impor limites, pois esta criança vive numa sociedade cheia de regras e não deve se prevalecer desta patologia para agredir, para complicar a vida dos outros, visto que, hoje em dia com o avanço das pesquisas sobre a hiperatividade, o tratamento ameniza bastante os sintomas, proporcionando ao portador de TDAH uma vida mais tranquila.

Segundo Mattos (2007) é preciso ter ao menos alguns desses sintomas apresentados em pelo menos dois ambientes diferentes: na escola e em casa para ter uma avaliação mais detalhada.

De acordo com a ABDA, O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/H. Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.

O DSM-IV propõe os seguintes critérios de diagnósticos para os transtornos de aprendizagem:

1) O rendimento na leitura, cálculo ou expressão é substancialmente inferior (dos desvios típicos) ao esperado pela idade, escolarização e nível de inteligência, avaliação através de provas normativas.

2) Os problemas de aprendizagem interferem significativamente no rendimento académico ou nas atividades da vida quotidiana que requer leitura, cálculo ou escrita.

3) Os transtornos de aprendizagem devem diferenciar das variações no rendimento escolar, ou de dificuldades devidas à falta de oportunidades educativas, escolarização ou métodos pedagógicos deficientes ou fatores culturais. Se houver presença de deficits auditivos, visuais, retardo mental, transtorno generalizado do desenvolvimento ou transtorno de comunicação, diagnostica-se transtorno de aprendizagem se o rendimento académico é significativamente inferior ao que se espera, segundo o transtorno presente.

O DSM-IV subdivide o TDAH em três tipos: a) TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; b) TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade; c) TDAH combinado. O tipo com predomínio de sintomas de desatenção é mais frequente no sexo feminino e parece apresentar, conjuntamente com o tipo combinado, uma taxa mais elevada de prejuízo acadêmico. As crianças com TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade, por outro lado, são mais agressivas e impulsivas do que as crianças com os outros dois tipos, e tendem a apresentar altas taxas de rejeição pelos colegas e de impopularidade. Embora sintomas de conduta, de oposição e de desafio ocorram mais frequentemente em crianças com qualquer um dos tipos de TDAH do que em crianças normais, o tipo combinado está mais fortemente associado a esses comportamentos. Além disso, o tipo combinado apresenta também um maior prejuízo no funcionamento global, quando comparado aos dois outros grupos.

O professor tem papel fundamental no processo de aprendizagem dos alunos com TDAH. Na maioria das vezes é ele quem percebe alterações no comportamento de seus alunos.

ROHDE, 2003, considera que: “Os professores são, com frequência, aqueles que mais facilmente percebem quando um aluno está tendo problemas de atenção, aprendizagem, comportamento ou emocionais/afetivos e sociais” (p.205).

Em referência à sala de aula, o professor precisa dar um novo formato à sua aula, tornando-as dinâmicas e objetivas, com atividades que sejam motivadoras e que as instruções dadas sejam claras e que principalmente acompanhem o ritmo e interesse dos alunos com transtorno. Também terá papel importantíssimo o professor que procurar estar sempre próximo a este aluno trabalhando a importância de regras e dos limites, avaliando diariamente, de forma a promover sua auto-estima, ajudando-o a descobrir por si próprio as estratégias mais funcionais.

Segundo Farrell (2008) “Estes auxílios e a verificação

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