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UTILIZAÇÃO DAS FIBRAS DE ALGODÃO E POLIESTER NA PRODUÇÃO DE LINHAS DE COSTURA

Por:   •  16/4/2018  •  6.204 Palavras (25 Páginas)  •  394 Visualizações

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ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão - 2008), O algodão está entre as mais importantes culturas de fibras no mundo. Todos os anos, uma média de 35 milhões de hectares de algodão é plantada por todo o planeta. A demanda mundial tem aumentado gradativamente desde a década de 1950, a um crescimento anual médio de 2%. O comércio mundial do algodão movimenta anualmente cerca de US$ 12 bilhões e envolve mais de 350 milhões de pessoas em sua produção, desde as fazendas até a logística, o descaroçamento, o processamento e a embalagem. Atualmente, o algodão é produzido por mais de 60 países, nos cinco continentes. Cinco países – China, Índia, Estados Unidos, Paquistão e Brasil – despontam como os principais produtores da fibra.

2.1 PROCESSOS DE OBTENÇÃO DA FIBRA

A principal meta numa colheita de algodão deve ser: colher o máximo, sem prejuízo de tipo e qualidade. Todavia, para isso, diversos fatores tem que ser levados em consideração, tais como: clima, variedade, solo, adubação, época de plantio, espaçamento, cultivo, combate as pragas.

São duas maneiras para a colheita do algodão, manual e mecânica:

2.1.1 Colheita Manual

É uma colheita seletiva, que deve ser feita várias vezes por causa das diferenças que existem nas épocas dos capulhos no mesmo arbusto. A vantagem deste tipo de colheita é a de se obter algodão com classificação superior, uma vez que selecionamos as fibras com grau de maturação ideal. A grande desvantagem é a demora e o alto custo com mão-de-obra.

Figura 1- Colheita manual do algodão

Fonte: retratosrurais.zip.net

2.1.2 Colheita Mecânica

É feita uma única vez e tem a desvantagem de colher junto com as fibras boas, as fibras imaturas e muita impureza. É indicada para quando se deseja alta produção e um algodão com expectativa de classificação não muito boa.

Figura 2-Colheita mecânica do algodão

Fonte: www.acrissul.com.br

2.2 UTILIZAÇÕES DA FIBRA DO ALGODÃO

Como podemos observar na figura 1, a fibra de algodão é muito utilizado na produção de vestuário intimo e externo; cama, mesa e banho; tecidos pesados como o da vela de um barco e toldos de carro; fitas para máquinas de escrever. Produzem-se também linhas de costura e fios para trabalhos manuais.

Figura 3 – Principais usos da fibra do algodão.

Fonte: UNCTAD (2005 apud BATALHA; BUAINAIN, 2007).

2.3 AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO ALGODÃO

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), a qualidade do algodão brasileiro produzido na safra 2013/2014 tem as suas características intrínsecas e extrínsecas classificadas como ótimo ou excelente. O estudo foi feito com base em 2,6 milhões de fardos analisados por nove laboratórios brasileiros até o dia 31 de agosto de 2014.

"Nossos números provam que o produtor brasileiro tem trabalhado, cada vez mais, com cuidados para que sua fibra seja de extrema qualidade e atenda às demandas da indústria”, diz o presidente da Abrapa, Gilson Pinesso.

Pureza: todo algodão contêm impurezas, causadas por partículas da planta. O algodão colhido à mão é, mas puro do que colhido por meio de máquinas.

Cor: em geral, desde branco até pardacento.

Brilho e Aspecto: a maioria dos tipos é apagada, só o algodão egípcio tem um leve brilho sedoso. A fibra obtém brilho pela mercerização.

Retenção a água: as fibras de algodão, quando molhadas, podem reter cerca de 50% do seu peso de água.

Mercerização: a mais valiosa aplicação do entumescimento ou inchamento da fibra do algodão é a mercerização. O algodão cru apresenta uma série de depósitos de graxas e de outras substâncias, que o torna replente á água. O algodão cru absorve água, em temperatura ambiente, de forma muito lenta, porém com a elevação da temperatura a absorção é mas rápida. Com a mercerização o fio de algodão fica com a cor mas nítidas e brilhantes.

3. POLIÉSTER

Segundo forumtextil Whinfield e Dickson juntamente com os inventores W.K. Birtwhistle e C.G. Ritchiethey criaram a primeira fibra de poliéster em 1941 chamada Terylene. A primeira produção comercial nos Estados Unidos aconteceu em 1953 através da E. I. du Pont de Nemours & Company, Inc. É a fibra sintética mais utilizada nos Estados Unidos.

Poliéster - É a fibra sintética de maior consumo no setor têxtil, representando pouco mais de 50% da demanda total de fibras químicas. Pode ser utilizada pura ou em mistura com algodão, viscose, náilon, linho ou lã, em proporções variadas.

Os tecidos resultantes prestam-se à fabricação de inúmeros artigos: camisas, camisetas, pijamas, calças, ternos, lençóis, cortinas etc. Também no segmento de mantas e não tecidos o poliéster é bastante utilizado em aplicações como entretelas, enchimento de agasalhos e edredons (isolante térmico), além de outras aplicações não têxteis (filtros, mantas impermeabilizantes etc...). Além disso, o Poliéster é a mais barata das fibras têxteis, sejam químicas ou naturais.

A fibra de poliéster apresenta elevada resistência à umidade e aos agentes químicos (ácidos e álcalis), é não alergênica e possui grande resistência à tração. A adição de 10% dessa fibra ao algodão resulta em um aumento de 8% na resistência do fio, permitindo significativo aumento na velocidade do processo têxtil, o que se traduz em maior produtividade.

As fibras de poliéster, juntamente com as acrílicas e as de poliamida, constituem as fibras sintéticas mais importantes para a indústria têxtil. A base química do poliéster é o Polietileno tereftalato, que é quimicamente um policondensado termoplástico linear, obtido na maioria dos casos a partir da policondensação do dimetiltereftalato (PTA) e o dietileno glicol, sob vácuo e a alta temperatura.

As fibras de poliéster são elásticas e muito resistentes a tração e a fricção. São muito estáveis à luz, aos ácidos, aos oxidantes e aos solventes.

Além disso,

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