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Trabalho acadêmico

Por:   •  17/6/2018  •  1.847 Palavras (8 Páginas)  •  345 Visualizações

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EPIFAUNAIS DE GRANDE MOBILIDADE – Distribuição em ampla escala além de efetuadas pelas larvas, passa a ser feita pelos adultos. Esses podem realizar migrações tróficas e produtivas. Caranguejos com os Majidae, com patas longas e fortes são espécies marchadoras capazes de se deslocar a longas distancias, já os caranguejos Portunidae realizam movimentos natatórios próximos ao fundo com o auxílio do par de apêndices torácicos e a hidrodinâmica do corpo. Camarões também nadam com grande eficiência nessa região.

INFAUNAIS CAVADORES – Após o assentamento, passam a vida no interior do sedimento construindo tocas ou galerias. No interior do substrato a vida é favorecida pelo tamponamento do estresse físico-químico do meio ambiente e também pela proteção contra os predadores. Bivalves, poliquetas e crustáceos tem adaptações corpóreas para esse tipo de ambiente.

INFAUNAIS CONSTRUTORES DE TUBOS - Reúnem organismos cujos tubos se sobressaem na superfície do sedimento. Seus tubos alteram a circulação da água, modificam a sedimentação aumentando a disposição de finos e também criam microhabitats em volta dos tubos o que atrai bactérias, que são habitantes da Meiofauna, além de comedores de depósitos e predadores da Macrofauna. Isso os diferencia dos cavadores. Ex. Poliquetas Diapatra sp. Eunice e Clymenella.

INFAUNAIS PERFURANTES – Classificados como perfurantes de material inorgânico e perfurantes de madeira. Os perfurantes de material inorgânico habitam rochas calcárias, lama endurecida e arenito. Ex. Pholadidae. Esses organismos ficam enterrados de modo permanente, e caso sejam retirados, não conseguem cavar outra toca. As esponjas do gênero Clyona, emitem pseudópodos que, introduzidos em uma concha de molusco, por exemplo, liberam enzimas de elevada acidez causando a morte do organismo. Os organismos perfurantes de madeiras a utilizam como alimento e habitat, por meio da escavação superficial, sem danos severos ou prejuízos econômicos, como os isópodos do gênero Limnoria. Os bivalves da família Teredinidae (gêneros Teredo, Lyrodus, entre outros), tem um efeito devastador sobre madeiras submersas.

- AMOSTRAGEM E SEUS TIPOS

Dentre as diferentes etapas que envolvem os trabalhos nesse ramo da ecologia, a obtenção de dados ou amostras, a amostragem, é considerada fundamental. É preciso que se ofereça uma generalização satisfatória da população das amostras obtidas para que haja eficácia do plano amostral. No plano amostral deve haver a preocupação com: o que amostrar; o quanto amostrar; como e onde amostrar. Em geral, um maior número de pequenas amostras traz mais vantagens que um pequeno número de grandes amostras, desde que ocorra a representatividade dos organismos, pois existe o risco de quando as amostras são muito pequenas, vícios de amostragem serão mais significativos. Deve ser considerado também o grau de mobilidade dos organismos, suas dimensões e o tipo de distribuição. Quando a distribuição dos organismos é do tipo uniforme, o tamanho mínimo da amostra deve ser semelhante ao espaçamento médio dos organismos. Em distribuições ao acaso, qualquer tamanho de amostrador fornecerá estimativas eficientes. No planejamento amostral, é importante avaliar as características das embarcações necessárias para o trabalho, o conhecimento das técnicas e dos equipamentos empregados. Em algumas situações, espécies da megafauna ou da macrofauna de grande mobilidade podem apresentar capacidade de escape da arte de captura seletiva dos maiores tamanhos, que possuem menor capacidade locomotora.

2.1. TIPOS DE AMOSTRAGEM

O tipo de aparelho utilizado para a execução da amostragem deve ser escolhido de acordo com os objetivos do trabalho, área de estudo, operacionalidade, eficiência e custo do amostrador e da amostragem (tempo, pessoal, embarcação entre outras variáveis). Há situações em que a amostragem com equipamentos convencionais, como os de arrasto ou pegadores de fundo é praticamente impossível, nesses casos, o emprego de câmeras e submersíveis é a alternativa correta. Podem ser: Equipamentos de Arrasto, Pegadores de Fundo e Submesíveis Tripulados e Autônomos.

2.1.2. EQUIPAMENTOS DE ARRASTO

São projetados para realizar a coleta percorrendo o fundo através de tração de cabos. São desenhados para obter o melhor desempenho, sendo rebocados de forma que trabalhem mantendo-se paralelos ao fundo, assim o comprimento do cabo deve ter de 3 a 4 a profundidade do local do lance. Os principais tipos de aparelhos são:

REDE DE ARRASTO DE BARRA OU VARA – Equipamento empregado em coletas qualitativas e semiquantitativas da epifauna de grande porte.

TRENÓ EPIBÊNTICO – Empregado somente em amostragens semiquantitativas, mas é considerado eficiente para a investigação da epifauna.

DRAGA DE ARRASTO E A DRAGA ÂNCORA – São equipamentos para amostragens semiquantitativas da epifauna sedentária e da infauna.

2.1.3. PEGADORES DE FUNDOS

São lançados verticalmente, através de um cabo, a partir da embarcação parada. Ao tocar o substrato, é acionado um mecanismo de desengate e a força exercida pelo cabo ativa o fechamento do equipamento.

MODELO PEGADOR DE FUNDO TIPO PETERSEN – Apresenta uma abertura na parte superior de cada pá e proporcionam o fluxo de água durante o seu deslocamento, quando penetra o substrato, facilita o seu enterramento.

MODELO PEGADOR DE FUNDO TIPO VAN VEEN – Tem o funcionamento facilitado por braços fusionados a cada pá, que atuam como um sistema de alavancas, facilitando o seu fechamento. De manipulação simples e boa penetrabilidade até em sedimento arenosos e mantém a camada sedimentar estruturada.

MODELO PEGADOR DE FUNDO TIPO SMITH – McINTYRE – Foi desenvolvido para minimizar os problemas encontrados na amostragem decorrentes da deriva das embarcações. Seu sistema montado no interior de uma estrutura metálica aumenta a sua estabilidade e suas pás são enterradas no substrato através do disparo de duas molas. É indicado para regiões oceânicas.

BOX-CORER – É uma caixa ou cilindro, vazados nas extremidades que penetram no sedimento pela força gravitacional ou através de disparo mantendo a estrutura vertical do sedimento.

AMOSTRADOR DE SUCÇÃO – É operado manualmente desde áreas rasas até onde é possível o mergulho autônomo. A aspiração é realizada por injeção de água ou ar comprimido no interior

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