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Trabalho Pensamento Crítico

Por:   •  18/10/2018  •  3.146 Palavras (13 Páginas)  •  408 Visualizações

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A catarinense Lacy Cordeiro da Silva, 79, luta contra um câncer metastático que começou no intestino e hoje atinge o fígado, o pulmão e os gânglios linfáticos. Mesmo se submetendo a cirurgia e a quimioterapia, ela sofria com dores abdominais intensas porque um dos tumores praticamente fechou o intestino.

A idosa dependia da neta para se levantar e tomar banho e só conseguia se alimentar com duas colheres de sopa por dia. Passava o dia deitada no quarto e estava pesando apenas 29kg.

Sem saber o que fazer, Fabricia buscou na internet o que poderia melhorar a qualidade de vida da avó. Achou informações sobre a fosfoetanolamina sintética produzida na USP de São Carlos e optou pelo tratamento alternativo. Ela entrou na Justiça com pedido de liminar que lhe custou R$ 300 de honorários e um mês e meio depois um pacote de cápsulas com a substância chegou a sua casa em Curitiba (PR).

Segundo Fabricia, a saúde da avó, que abandonou a quimioterapia para tomar as cápsulas, começou a melhorar poucos dias depois de ela ter começado a tomar o composto diluído em iogurte e azeite. Dona Lacy voltou a comer, ganhou peso e agora fala bastante e quer "até dar umas voltas”

"Em seis dias ela engordou, parou de sentir dor. Eu estou espantada, chorei de alegria. Ela se levanta, senta, toma banho sozinha. Só a ajudo a se trocar", conta. Questionada se não tem medo de efeitos colaterais, Fabricia diz que neste primeiro mês de uso da fosfoetanolamina dona Lacy não mostrou nenhuma reação adversa.

"Vamos supor que dê um efeito colateral daqui 10, 20 anos. Ela teria esse tempo de vida com a quimioterapia? Não. Já vi relatos de pessoas que ficaram curadas do câncer depois de dois anos tomando e sem ter efeitos colaterais", afirma.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/listas/a-droga-da-usp-contra-o-cancer-funciona-veja-depoimentos.html

Análise do argumento de Fabrícia Boni

- Ao dizer que já viu vários relatos de pessoas que ficaram curadas do câncer depois de dois anos tomando e sem ter efeitos colaterais, Fabrícia faz uso de apelo ao povo (argumentum ad pupulum), pois usa setores da sociedade para enfatizar a sua argumentação e de apelo ao rumor, pois não se sabe a fonte dessa informação, de modo que não há maneira de avaliar sua validade.

Depoimentos:

- Ausência de dor

- Redução de células com tumor

- Cura de câncer de intestino

- A fabricação da fosfoetanolamina tem custo baixo de produção

Contras:

- “Não há evidências pré-clínicas documentadas e oficiais sobre a toxicologia, testes em animais, testes da farmacologia, a eficiência da droga sua segurança não há, também, estudos clínicos (testes em humanos) comparando sua eficiência aos tratamentos convencionais contra o câncer. Portanto, não é possível garantir a qualidade e a estabilidade dos lotes produzidos pelo USP de São Carlos. O comunicado recomenda que a droga não seja utilizada em seres humanos até que estudos pré-clínicos e clínicos sejam realizados, documentados oficialmente e demonstrem a segurança e eficácia da fosfoetanolamina.” Wikipédia [Símbolo] Comunicado da ABC (Academia Brasileira de Ciências)

- Há testes pré-clínicos para indicações em caso de epilepsia, mas não há para outras doenças como o câncer.

Alguns fatos:

- O Conselho Regional de Farmácia de SP processou o Instituto de Química de São Carlos por produzir a substancia.

- O IQSC anunciou que não tem condições de produzir a substância.

- O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação anunciou a destinação de R$ 10 milhões para as atividades ligadas à pesquisa da fosfoetanolamina em um período de 2 anos, visando a determinar se há ou não eficácia e segurança da substância no tratamento do câncer.

- Os cientistas abriram mão da patente.

- Mais de 40 mil de pessoas tomaram a substância.

- Os estudos começaram na década de 90, com autorização do Ministério da Saúde

- Foram publicados mais de nove trabalhos sobre a substância.

- Os pacientes pegam a substância com o criador, Gilberto Chierese.

Abaixo, analisaremos o problema da fosfoetanolamina do ponto de vista político em uma notícia retirada da revista Exame:

Alckmin solicitará liberação de uso da fosfoetanolamina: Segundo o governador, o medicamento é barato, com custo estimado em R$ 9 por mês

São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça, 24, que irá solicitar à Anvisa a liberação do uso, no regime compassivo, da substância fosfoetanolamina por pacientes com câncer.

"Queremos que a Anvisa, baseada em lei federal, autorize o regime chamado compassivo, isto é, permitir que uma substância seja disponibilizada para que as pessoas possam utilizá-la antes da aprovação pela Anvisa", disse Alckmin, em conversa com jornalistas.

"Isso pode ser feito em caráter excepcional. Imagine um doente grave, em estado terminal. Ele não pode esperar por anos uma aprovação. A lei federal permite que a Anvisa dê o regime compassivo para o uso da substancia".

Segundo o governador, o medicamento é barato, com custo estimado em R$ 9 por mês.

"Não há interesse econômico, é um ato humanitário". Alckmin ainda destacou que, com a medida, o governo de São Paulo quer ajudar a completar os estudos relacionados com a fosfoetanolamina de modo a obter uma aprovação definitiva da Anvisa.

"Antes dos estudos, temos uma substância. Mas depois dos estudos podemos ter um remédio. São Paulo vai ajudar na aprovação".

Fonte: http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/alckmin-solicitara-liberacao-de-uso-da-fosfoetanolamina

Alguns detalhes:

- A Anvisa lançou uma nota explicando, sobre os protocolos para liberação da substância, como medicamento.

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