Resenha Evangelho Maltrapilho

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Brennan enfatiza que a graça de Deus opera num nível profundo na vida de uma pessoa afetuosa, conseguindo reunir as características requeridas para a resolução de conflitos, tais como: paciência, confiança, sensibilidade, honestidade, flexibilidade e perdão. O evangelho da graça é brutalmente depreciado quando os cristãos sustentam que Deus só pode ser honrado e respeitado adequadamente negando-se a bondade, a verdade e a beleza das coisas deste mundo. A cruz é um confronto com a esmagadora bondade de Deus revelada no corpo alquebrado de seu filho unigênito.

Manning conclui que a fé significa que você quer Deus e não quer mais nada. Há na fé movimento e desenvolvimento. A cada dia há algo novo. Para ser Cristão, a fé tem de ser nova, isto é, viva e crescente, não pode ser estática. Quando a Escritura, a oração, a adoração e o ministério tornam-se rotina, estão mortos. Não se pode ser discípulos sem compromisso e se há hoje em dia muitos discípulos hesitantes, o motivo é que não fizeram ainda um compromisso decisivo com Deus. O autor ainda relata que o medo do fracasso, impede que a fé cresça e desenvolva. O maltrapilho que vê sua vida como uma viagem de descoberta e resolve correr o risco de falhar, sente-se melhor a respeito de sua fidelidade do que o homem tímido que se esconde atrás da lei e nunca descobre, de modo algum, quem realmente é.

Brennan Manning em “O Evangelho Maltrapilho” nos convida a quebrar os paradigmas que há em relação à maravilhosa graça de Deus, ensinando que somos aceitos do jeito que somos, ou seja, maltrapilhos, não adianta quanto esforço nós façamos, seremos sempre maltrapilhos; vivemos a sombra da cruz de Cristo, a beira de sua fortaleza, do que mais precisamos, nada! Esse é o Deus da graça, “que deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2:4). Desse modo, Manning proporciona ao leitor de sua obra uma ampla visão simples e ao mesmo tempo aprofundada no que diz respeito ao superabrangente amor de Deus.