RESENHA MAINSTREAM

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Em meio ao crescimento dos multiplexes, a pipoca se transforma no maior modelo econômico dentro das indústrias do cinema, e diante de tal fato, os Estados Unidos transforma-se no maior produtor mundial de milho.

Os representantes dos multiplexes percebem que o público antes de entrarem para o cinema, compravam balas nas proximidades do cinema, com isso, surge a brilhante ideia de vender pipoca que se transforma no produto mágico do cinemas, pois tem a vantagem de ser fácil e fazer e com baixo custo, obtendo um rendimento líquido de 90%.

No terceiro capítulo, o autor no revela a estratégia cultural da Disney, onde a arte e a cultura de massa são constantemente misturadas, de forma que o objetivo do estúdio é: “apagar a fronteira entre a arte e o entretenimento, e aqui nós concebemos ao mesmo tempo autênticas peças de teatro, desfile, espetáculos de marionetes, de fogos de artifício, eventos 'larger than life (maior que a vida)'”. A política principal da Disney é a de nunca se dirigir às pessoas com clientes ou consumidores e sim, “guests” (convidados), ou seja, todos são seus convidados.

O autor nos trás, a logística das franquias Disney em sua forma prática, em que os personagens sao apresentações ao público, apresentações de comédia musical e lançamentos de filmes, shows, vendas de produtos e os parques da Disney. Os produtos, hotéis e restaurantes são a principal fonte de renda dos parques, lucram em média 10,6 bilhões ao ano.

O capítulo nos mostra uma das principais multinacionais rentáveis do entretenimento, a Waldisney Company que está a frente de um império que engloba: estúdios Disney, a rede ABC, parques e atrações mundialmente conhecidos, estúdios Touchstone, Miramax, Pixar, a Marvel e entre outros.

Diante do atual contexto, o estúdio Disney em sua composição e com novecentos filmes em catálogo, 140 Oscars e com absorvição de uma grande fatia do mercado internacional, torna-se uma das maiores empresas de mídia e entretenimento do mundo.

Diante do exposto, quanto a ideia de filmes mainstream, onde em seu significado concretiza-se em cultura disponível a todos, é válido ressaltar que, diante deste contexto, pode-se ter um resultado negativo no sentido de cultura hegemônica, ou seja, a supremacia da cultura norte-americana quanto a produção de filmes sobreposta a outros países, resultando assim, na descaracterização da cultura local na produção de filmes cinematográficos.