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Química Inorgânica Noções Elementares de Segurança no Laboratório

Por:   •  21/6/2018  •  18.945 Palavras (76 Páginas)  •  308 Visualizações

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3 – Álcalis nos olhos

Proceder como no item anterior, apenas substituindo a solução básica de bicarbonato por uma solução de ácido bórico a 1%.

4 – Intoxicação por gases

Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar.

5 – Ingestão de substâncias tóxicas

Administrar uma colher de sopa de “antídoto universal”, que é constituído de: duas partes de carvão ativo, uma de óxido de magnésio e uma de ácido tânico.

É importante lembrar que estes são os primeiros socorros. Dependendo da gravidade do acidente, deve-se conduzir a vítima o mais rapidamente possível ao hospital.

Equipamentos de Emergência e de Proteção Individual (EPIs)

Equipamentos de emergência são equipamentos de uso em laboratório que permitem executar operações em ótimas condições de segurança tanto para o operador como para as demais pessoas. Devem permanecer em local de fácil acesso e todos devem ser treinados para sua utilização.

Chuveiros e “lava-olhos”

São equipamentos imprescindíveis aos laboratórios em que se manipulam produtos químicos. Os “lava-olhos” poderão estar acoplados ou não ao chuveiro de emergência.

O chuveiro de emergência deve ter o crivo de aproximadamente 30 cm de diâmetro e seu acionamento ser por meio de alavancas (acionadas pelas mãos) ou pelo sistema de plataforma. Deve ser instalado em local de fácil acesso de qualquer ponto do laboratório e com espaço livre demarcado de 1 m2.

EPIs – Equipamentos de Proteção Individual

Equipamentos destinados a proteger o usuário do laboratório em operações com risco de exposição em que se podem ter emanações de produtos químicos, risco de quebras ou explosões de aparelhos de vidro, corte com vidrarias, lâminas, ferramentas perfurocortantes, etc. Os EPIs devem ser de boa qualidade e proporcionar o mínimo desconforto possível, sem tirar a liberdade de movimento do usuário.

Proteção para os olhos

Óculos de segurança: a proteção dos ohos é imprescindível em operações que envolvam emanações de vapores ou névoas, fumos, espirros ou respingos de produtos químicos.

Os óculos de segurança devem ser de boa anatomia para oferecer conforto necessário para utilização por horas a fio, não devendo interferir no campo de visão do analista. Diversos modelos são oferecidos pelas empresas de segurança, cada um para um determinado fim. As estruturas podem ser em plásticos (tipo policarbonatos) especiais mais recomendadas por serem leves, duráveis e anatômicas.

Proteção respiratória

A seleção dos equipamentos deverá levar em consideração os produtos químicos e a concentração a que o usuário do laboratório estará exposto. Sendo assim, as operações com exalação de produtos tóxicos fora da capela devem ser feitas com uso de máscara de proteção com filtro adequado.

Nos casos mais específicos e/ou de maior periculosidade, deverá ser consultado um profissional habilitado na área de segurança ou higiene ocupacional ou ainda, a instituição de ensino poderá recorrer aos órgãos oficiais que possui pessoal especializado nessa área. Um exemplo de instituição nessa área e a FUNDACENTRO.

Proteção para mãos e braços

Uma das principais fontes de acidentes em laboratórios são as operações com risco de cortes ou ferimentos, que ocorrem muitas vezes em virtude de despreparo, da aparente familiaridade e negligência. Nestas operações é recomendável o uso de luvas contra cortes (malha de aço ou kevlar® ou similar).

O uso de luvas é necessário em trabalhos com substâncias tóxicas absorvíveis pela pele e para proteção contra substâncias químicas perigosas, solventes, ácidos, entre outras.

As luvas devem ser constituídas de materiais que tenham resistência suficiente para manter íntegra a barreira de proteção da pele, sob as diversas espécies de tensão a que sejam submetidas. Devem ser consideradas as condições físicas e químicas da operação, antes da definição do tipo de luva mais adequado ao uso.

No caso de laboratórios de ensino, as luvas mais utilizadas para a manipulação de ácidos e álcalis são as de látex e PVC, e para operações em fornos, muflas e estufas, são utilizadas as luvas resistentes a altas temperaturas, tipo kevlar® ou similar.

É evidente que apenas um tipo de luvas não será satisfatório para todos os usos. Mesmo nos laboratórios mais modestos, pode ser necessário dispor de pelo menos quatro ou cinco tipos de luvas protetoras para uso cotidiano.

Proteção para pernas e pés

Para a proteção de pernas recomenda-se o uso de calça comprida e para proteção dos pés, calçados fechados com solado de borracha, tipo neoprene ou similares.

Proteção para o tronco e os braços

Para a proteção de tronco, recomenda-se a utilização de aventais de manga longa, com comprimento na altura dos joelhos e confeccionados com tecido de algodão e sem cinto.

Referências:

OLIVEIRA, W.P. de, Segurança em laboratórios químicos, 2ª Ed., 1975, v.30 da coleção Sesi Segurança do Trabalho.

FELICÍSSIMO, A.M.P.; TOMA, H.E.; PRADO, J.C.; ZINNER, L.B.; MARCONDES, M.E.R.; CONSTANTINO, M.G.; KUYA, M.K.; ISUYAMA, R.; NAJJAR, R.; OSÓRIO, V.K.L.; OLIVEIRA, W. EXPERIÊNCIAS DE QUÍMICA – técnicas e conceitos básicos – PEQ – Projetos de Ensino de Química. Editora Moderna, São Paulo, 1982.

CONSTANTINO, M.G.; SILVA, G.V.J.; DONATE, P.M. Fundamentos de Química Experimental. Edusp – Editora da USP, São Paulo, 2004.

Guia de Laboratório para o Ensino de Química: Instalação, montagem e operação. Conselho Regional de Química IV Região (SP – MS) – Comissão de Ensino Técnico. Projeto Selo de Qualidade (2007). Este material está disponível para download no site: http://www.crq4.org.br/.

Modelo de ficha FISPQ

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