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Peça Teatral Manicomio

Por:   •  10/4/2018  •  2.018 Palavras (9 Páginas)  •  427 Visualizações

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Juninho ( cadeirante ) – Ora, você que não viu, já fui bater uma bolinha e voltei...

Brutus – Mas vc é abusado mesmo, já lhe enfio a mão na cara, esta pedindo.

Maria ( Viúva ) Entra em sena.

Maria ( Viúva ) – Amor cadê vc?

Juninho ( cadeirante ) – De novo?

Maria ( Viúva ) – Amor cadê você, você se esqueceu que hoje é o nosso aniversário de casamento... Esqueceu que nessa mesma data a 15 anos atrás prometeu cuidar de mim, cuidar dos nossos filhos... Sua roupa está arrumada...separei aquele terno que você tanto ama.... Amor, Amor........

Maria confunde, Brutus com seu marido e Brutus se irrita e tenta agredi-la, ela sai correndo.

Juninho ( cadeirante ) – Calma Brutus, senta aqui.(batendo na perna)

Brutus – Já falei pra calar a boca.

Juninho ( cadeirante ) – Vc não viu que ela ta pirada.

Brutus – Pirada? Acho que é outra coisa.

Juninho ( cadeirante ) – é isso ai, acho que é falta de ..........

Brutus – É e se depender de vc ela vai ficar assim, porque nem pra isto vc presta seu fracassado.

Juninho ( cadeirante ) – Neste caso concordo com vc....

Brutus – Há então reconhece que é um incompetente inútil seu aleijado.

Juninho ( cadeirante ) – Olha quem fala!!! Se enxerga meu........

Juninho ( cadeirante ) – Vc esta acabado é tão aleijado quanto eu...

Brutus fica furioso e derruba o Juninho da cadeira

Brutus – Faz piadinha agora faz? Meche a perninha pra eu ver, seu aleijado.

Brutus sai de sena esbravejando.

CENA 6

Juninho (cadeirante) no chão tenta sentar na cadeira com dificuldades ( som de fundo ) Mudinha entra em sena e só observa.

Jordão entra em sena.

Jordão - * As metas estão sendo cumpridas?

*Alguém pegou meu jornal que estava em cima da minha mesa?

*Ainda não ligaram marcando a reunião?

Neste momento ele tenta ajudar o Juninho que irado esbraveja.

Juninho ( cadeirante ) – Sai fora, não preciso de sua ajuda, não preciso da ajuda de ninguém.

Jordão continua lendo o jornal e fala:

*Meu Deus, o valor da bolsa despencou? Lurdinhaaaaaaaaa

Juninho senta na cadeira com dificuldades ( som de fundo )

CENA 7

Neste momento todos personagens em silêncio entram em sena com uma cadeira nas mãos, formam um semi-circulo com Juninho no centro.

Juninho estranha e comenta...

Juninho ( cadeirante ) – Que legal vamos brincar de correr em volta das cadeiras, olha que sou muito bom nisto.

Neste momento ( Pausa ) música de fundo.

Começa os depoimentos

Primeiro

Maria ( Viúva ) – Eu me chamo Maria, perdi meu marido em acidente de trabalho, sofreu uma queda de um andaime, vocês não imaginam quanto sofrimento, sofremos com o descaso da sociedade, sofrem os filhos sem a presença do pai, sofre a esposa ao ver quem tanto ama ir embora para nunca mais voltar, *O juninho, meu filho casula, chamava ele de meu herói e até hoje sou questionada por ele por que seu herói partiu, imagina, uma mãe ver o seu filho crescer sem a presença daquele que ele tanto admirava.

Eu pedia pra ele tomar cuidado, usar o cinto de segurança, ele dizia que não precisava, pois já estava acostumado com o trabalho e que fazia seu serviço com olhos fechado,

Infelizmente a imprudência e desobediências foram fatais...

*Ei, você que é pai, marido, ou até mesmo você que tem alguém que o espera em casa, não seja imprudente, tenha ciência que alguém te ama e espera por você,

Segundo

Jordão – Meu nome é Jordão, fui um grande empresário, sempre fui assediado por causa do meu status e dinheiro, levei uma vida sem limites, viajei muito, mas só a trabalho, a passeio nem pensar, pois tinha que cuidar dos negócios e ganhar mais dinheiro,

- Tive tudo que o dinheiro podia comprar carros importados, melhores bebidas, mulheres, muitas mulheres....

- Pra Família, nunca tive tempo, pois tempo para mim era dinheiro e dinheiro era o que importava, meus filhos eu não vi crescerem, não faltou recursos dava do bom e melhor, mas faltou o principal minha presença com meu sorriso e meu olhar e hoje sou desprezado por eles e com razão.

- Milha esposa coitada, nunca tive tempo pra ela, sempre dedicada e amorosa comigo e com os filhos, mas eu nunca soube valorizar a grande mulher que tinha do meu lado e hoje aqui estou sozinho e sem ninguém.

- Eu pensei que era invencível, me enganei, não consegui segurar a barra, o estresse e a ganância acabaram comigo, agora estou aqui sozinho e derrotado.

- Vocês ai não sejam igual a mim, valorizem suas famílias e seus amigos, pois são os únicos tesouros que temos.

- A vida é feita de escolhas e eu escolhi errado agora é tarde para se arrepender.

Terceiro

Juninho ( cadeirante ) – A mudinha deixa que eu apresento, seu nome ninguém sabe, dizem até que não é muda, ninguém conhece sua história de onde veio e pra onde vai, porém, sempre alegre com um sorriso no rosto, parece ter aceitado está condição, acho que muitos de nós deveríamos fazer o mesmo, aceita o que não se

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