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Pesquisa acadêmica sobre a importância dos indicadores ambientais

Por:   •  30/1/2018  •  1.390 Palavras (6 Páginas)  •  436 Visualizações

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Os Indicadores de Pressão – são caracterizados pela pressão que exercem sobre os sistemas ambientais. São representados por indicadores de emissão de contaminantes, de eficiência tecnológica, de intervenção no território e de impacto ambiental;

Por sua vez, os Indicadores de Estado têm como objetivo refletir a qualidade do ambiente em termos de tempo e espaço; Esses indicadores são considerados como indicadores de sensibilidade, de risco e de qualidade ambiental;

Por fim, os Indicadores de Resposta têm como finalidade avaliar a reação e resposta da sociedade às perturbações ou alterações no meio ambiente. Esses indicadores também são usados para avaliar a participação da sociedade quanto à adesão a programas de proteção ambiental.

SENAI (2003) diz que “os indicadores ambientais apresentam, de forma resumida, um conjunto de informações com dados limitados com o fim de promover uma fácil leitura e interpretação”.

2.1.1 OS INDICADORES AMBIENTAIS E SEUS CRITÉRIOS

O PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) estabelece os seguintes critérios para a seleção dos indicadores ambientais.

a) relevância política e a utilidade para o usuário;

b) consistência analítica;

c) mensurabilidade;

d) facilidade de compreensão;

e) confiabilidade;

f) transversalidade;

g) universalidade;

h) disponibilidade de dados.

Apesar do vasto número de indicadores ambientais, no entanto, o uso simultâneo de todos os indicadores ambientais podem ocasionar uma interpretação incorreta dos resultados obtidos.

2.1.1.1 O QUE SÃO INDICADORES AMBIENTAIS BIOLÓGICOS

Denomina-se como bioindicador ou indicador biológico, uma espécie ou grupo de espécies cuja função é revelar o estado biótico ou abiótico do meio ambiente. Uma espécie indicadora é capaz de fornecer informações sobre o ambiente que ocupa. Os bioindicadores podem apresentar um demonstrativo sobre o impacto produzido em um habitat, comunidade ou ecossistema, bem como indicar a diversidade de um conjunto de biodiversidade ou táxons de um determinado espaço.

Segundo McGEOCH (1998), o termo bioindicador pode ser utilizado em diferentes contextos, e indicar fatores como destruição, contaminação, restauração, mudanças climáticas, degradação e recuperação de solos e ecossistemas.

As observações por meio dos bioindicadores permitem conhecer alterações de naturezas genética, bioquímica, fisiológica, morfológica, ecológicas ou comportamentais. Os biondicadores podem revelar o tempo de ação dos agentes contaminadores, bem como os efeitos cumulativos de diferentes poluentes no ecossistema. São indicadores ambientais biológicos:

a) Os líquens, uma associação entre algas e fungos. Esses organismos respondem às mudanças ambientais em florestas, inclusive as mudanças na estrutura florestal, qualidade do ar e clima. A ausência desses seres pode indicar estresse ambiental, ocasionado por fatores, tais como, o aumento nos níveis de dióxido de enxofre, poluentes à base de enxofre e óxidos de nitrogênio;

b) Maré vermelha, fenômeno ocasionado pelo desequilíbrio ecológico resultante da excessiva proliferação da população de certas algas tóxicas, principalmente as dinoflageladas. A proliferação ou a morte dessas algas promove a liberação de substâncias tóxicas, causando o envenenamento da água e, via de consequência, a morte dos organismos existentes no local;

c) Minhoca. Esse organismo possui um importante papel na formação do solo por meio da decomposição de resíduos de plantas, a ciclagem de nutrientes da matéria orgânica e a formação de húmus, promovendo a permeabilidade do solo e a recuperação de suas propriedades;

d) Moluscos, larvas e insetos. Esses invertebrados podem determinar a qualidade água;

e) Plantas. Os vegetais indicadores da situação ambiental são classificados em quatro grandes grupos: 1. Bioindicadoras, que são plantas que indicam redução no crescimento e outros distúrbios fisiológicos; 2. Biosensoras, plantas que reagem aos efeitos dos poluentes aéreos; 3. Bioacumuladoras – plantas que, apesar de não apresentam sintomas visíveis e serem menos sensíveis aos poluentes aéreos, acumulam partículas de poeira e gases dentro dos seus tecidos. 4. Biointegradoras– aquelas que indicam a intensidade do impacto da poluição através do surgimento, extinção ou mudança na densidade da população ou da espécie;

f) Anfíbios. Sapos, rãs e pererecas, bem como as salamandras são considerados animais anfíbios. Vivem parte da vida na terra e parte na água reproduzindo-se em meio líquido ou em locais úmidos. Seu desaparecimento indica importantes alterações no meio ambiente. Para ALLABY (1992) os indicadores biológicos atuam como agentes de informação com uma amplitude estreita a respeito de um ou mais fatores ecológicos.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na busca pelos recursos naturais como matéria-prima para a produção, o homem acaba promovendo a depauperação do meio físico. A detecção de um ambiente contaminado, bem como a eliminação dos agentes contaminadores, é possível por meio da ação dos indicadores ambientais.

O monitoramento ambiental é definido como um meio sistemático no qual os indicadores são utilizados analisando as respostas biológicas e avaliando as mudanças ambientais com o objetivo de utilizar as informações para algum programa de controle

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