PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE DOCENTES COM O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS

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A tarefa da gestão democrática não pode ser delegada à escola como algo pronto, já que se caracteriza como um trabalho árduo, construído coletivamente e que requer resistência a todas as formas de poder. Ela se caracteriza pela conjugação de diferentes formas de conceber e distribuir o poder frente ao poder autoritário que historicamente caracterizou as instituições públicas da sociedade brasileira.

Como um processo que pretende desconstruir as práticas autoritárias e centralizadoras do poder que representam as bases das relações edificadas nos espaços públicos, a construção da gestão democrática nestes espaços exige o constante esforço de ressignificação dos conceitos e práticas que a ela se relacionam.

Este esforço permite identificar até que ponto esta nova proposta vem avançando em direção à construção de novos alicerces que possibilitam a expansão do processo democratização e a construção de alternativas emancipa tórias frente aos receituários impostos pela racionalidade instrumental.

O aspecto burocrático de determinada escola diz respeito em geral à existência de uma autoridade legal, com base na qual se estabelecem outros níveis, o diretor coordena, organiza e gerência todas as atividades da escola, auxiliado pelos demais elementos do corpo técnico-administrativo e do corpo de especialistas. Atende as leis, aos regulamentos e as determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino.

Entretanto essa é uma visão um tanto quanto idealizada frente à realidade educacional em nosso país “a autonomia é o fundamento da concepção democrático-participativa de gestão escolar”.

Toda esta imensa tarefa social, pedagógica e política não se fazem nos dias de hoje sem alta tecnologia.

OBJETIVOS

● Consolidar a formação de um profissional da área da educação investigador/ pesquisador/crítico/reflexivo que articule no seu desempenho os saberes teórico-práticos que definem sua identidade profissional.

● Reconhecer que as tarefas de formação permanente são um instrumentos básico para garantir o desenvolvimento profissional e fomentar um processo de reflexão da atuação do docente como profissional inserido no mercado de trabalho;

● Conscientizar o profissional da educação das suas reais e concretas necessidades para exercer seu papel de gestor da aprendizagem dos alunos;

● Conhecer as perspectivas do mercado de trabalho diante do impacto das

Novas tecnologias;

● Desenvolver competências exigidas que caracterizem a atuação do docente

● Capacitar à formação do profissional da área da educação em sua trajetória pessoal e desenvolvimento profissional, como agente transformador da realidade em busca de melhoria da qualidade da educação e conseqüentemente de vida;

● Aplicar os princípios, concepção e critérios oriundos de diferentes áreas do conhecimento, com pertinência ao campo da Pedagogia, que contribuam para o desenvolvimento das pessoas, das organizações e da sociedade;

● Aplicar princípios da gestão democrática em espaços escolares e não-escolares;

● Estudar as relações entre educação e trabalho, diversidade cultural, sustentabilidade, entre outras problemáticas centrais da sociedade contemporânea;

● Estimular a criatividade e autonomia frente às transformações constantes do processo ensino aprendizagem;

● Incentivar o uso das novas tecnologias no processo ensino aprendizagem como ferramenta de enriquecimento metodológico na aquisição do conhecimento; ·.

METODOLOGIA

É fundamental o papel que as tecnologias de informática, e comunicação exercem quanto às práticas de informação, incluindo aí a computação como ferramenta de suporte a essa prática. A importância da utilização dessas tecnologias de informação e comunicação é inegável por permitir a rapidez de comunicação dos resultados de pesquisas, bem como seu registro, estocagem. (Marcondes, 2006).

Quando se pensa em capacitar o professor para lecionar fazendo uso das novas tecnologias de informação e comunicação, é comum haver uma valorização exagerada do aspecto tecnológico em detrimento do enfoque pedagógico.

Não basta, por exemplo, o professor saber usar uma sala de Chat, tecnicamente falando, sem saber como avaliar se este meio de comunicação é adequado aos seus objetivos de ensino e como o Chat pode se relacionar com a estrutura e demais atividades do curso que estiver ministrando.

O mesmo vale para outras tecnologias de comunicação e distribuição de informação que podem ser usadas na educação à distância, como telefone, fax, correio, listas de discussão, fóruns, e-mail, blogs, sites de cursos etc. É preciso que o professor conheça o funcionamento dos diferentes recursos, mas que principalmente saiba selecioná-los e usá-los pedagogicamente.

Esta é uma questão bastante ampla. Aqui vou focalizar o processo de reflexão crítica que, a meu ver, deve estar subjacente a qualquer projeto de capacitação contínua de professores.

Primeiramente, acredito que deva haver uma consciência por parte das instituições de ensino de que capacitar continuamente seus professores é um investimento na qualidade da educação por elas oferecida e, portanto, deve ser um compromisso de qualquer instituição séria.

Compreendendo tal capacitação como investimento, a escola deve desenvolver um plano de ação, adequada à sua realidade, que pode se concretizar através de diversos instrumentos e estratégias, tais como palestras, cursos, reuniões periódicas, criação de grupos de discussão, estudo e trabalho via Internet, de acordo com as possibilidades e interesses do grupo de professores e da instituição. É fundamental que os professores estejam envolvidos como sujeitos e não meros receptores, desde o início do desenvolvimento do projeto de capacitação.

Independente dos tipos de atividades previstas acredito que se deva proporcionar uma capacitação em que o professor possa tomar consciência de sua própria aprendizagem e refletir criticamente sobre sua prática, especialmente a partir de dados observáveis (como anotações, diários, gravações em áudio e vídeo). Dentre outros resultados, a confrontação com dados diretamente observáveis pode levar o professor