PMA CLINICA ESTÉTICA
Por: Ednelso245 • 22/10/2018 • 3.447 Palavras (14 Páginas) • 345 Visualizações
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De acordo com Guirro e Guirro (2004), existem três teorias que tentam esclarecer a etiologia da estria: a teoria mecânica, subsequentes danos às fibras elásticas e colágenas da pele, sendo o principal mecanismo de aparecimento das estrias. Em decorrência do rápido crescimento, as estrias são consideradas como sequelas. O estiramento da pele, apresentando ruptura ou perda de fibras elásticas da derme, é considerado um dos fatores básicos de sua origem. As regiões mais comuns acometidas são abdômen, nádegas e coxas. Outros fatores que determinam as estrias são a predisposição genética e fatores hormonais.
As estrias são uma afecção que têm sido estudadas há muitos anos, Roederer em 1773 fez o primeiro estudo científico em gestantes, Troisier e Menetrier em 1989, apresentaram as estrias como uma doença inócua e desfigurante. Em 1984, Unna desconfiou que fatores endógenos influenciariam as fibras elásticas do tecido conjuntivo, e em 1936, Nardelli pela primeira vez as chamou de estrias atróficas. Deste modo teve início a busca da fisiopatologia e tratamento das estrias (BONETTI, 2007).
Seu comprimento pode variar desde milímetros até em média 34 centímetros, com largura em média de 2 a 5 milímetros e, em casos específicos, pode atingir de 2 a 3 centímetros, apresentam caráter bilateral com distribuição simétrica em ambos os lados. Incomodam o convívio social, principalmente de adolescentes. Podem aparecer em qualquer parte do corpo. Encontram-se de forma variada, que vão desde depressões até elevações em relação à pele (KEDE & SABATOVICH, 2009).
As estrias podem ser classificadas em rosadas (iniciais), atróficas e nacaradas. As rosadas ou iniciais possuem aspecto inflamatório e coloração rosada dada pela superdistensão das fibras elásticas e rompimento de alguns capilares sanguíneos, com sinais de prurido e dor em alguns casos, erupção papular plana e levemente edematosa. As atróficas possuem aspecto cicatricial, uma linha flácida central e hipocromia, com fibras elásticas enoveladas e algumas rompidas, com colágeno desorganizado e os anexos da pele desorganizados. (LIMA & PRESSI, 2005).
Histologicamente, a derme papilar apresenta um maior número de colágeno tipo 1, com fibras elásticas largas, mas, porém, fracionadas. O estudo da fisiopatologia das estrias é importante não somente para o desenvolvimento de métodos preventivos e terapêuticos mais eficazes, como para a melhor compreensão de alterações locais e sistêmicas relacionadas ao tecido conectivo (TANCSIK E MORAES, 2009).
Na teoria mecânica, acredita-se que a exagerada deposição de gordura no tecido adiposo, com subsequente dano as fibras elásticas e colágenas da pele seja o principal mecanismo do aparecimento das estrias. Também são consideradas como sequelas de períodos de rápido crescimento, onde ocorre a ruptura ou perda das fibras elásticas dérmicas, como por exemplo, na gestante, no estirão do crescimento na puberdade causando estrias nos adolescentes, bem como a deposição de gordura em obesos. (LIMA & PRESSI, 2005).
Teoria Endocrinológica, a teoria endocrinológica começou com a hipótese do “estiramento da pele” descartada e com o aparecimento de estrias como efeito local de uso terapêutico de hormônios adrenais corticais. Muitos autores mostram uma relação de causa entre estrias e esteroides sistêmicos ou tópicos. As drogas utilizadas no tratamento de várias doenças podem explicar o aparecimento das estrias, sendo uma possível causa para o seu aparecimento. (GUIRRO & GUIRRO, 2004).
Teoria Infecciosa, de acordo com Guirro e Guirro (2004), essa teoria não possui muitos adeptos, já que os estudiosos partidários da teoria endocrinológica conseguem explicar o surgimento das estrias em decorrência do tratamento efetuado à base de corticoides, sendo, portanto, o verdadeiro fator desencadeante do processo de formação de estrias. Os autores observaram a formação de estrias púrpuras em adolescentes, depois que tiveram febre reumática, hanseníase, tifo, febre tifoide, entre outras doenças.
O tratamento para estrias sempre foi muito questionado. No entanto, o conceito de tratamento vem mudando, pois trabalhos têm demonstrado resultados significativos com diversos tipos de modalidade terapêuticos aplicados como ácidos, dermoabrasão e microgalvanopuntura, entre outros. Com relação a isso, as abordagens terapêuticas visam à regeneração, ou a melhora do seu aspecto, mas as pesquisas ainda são escassas (OSÓRIO, 2005).
Vários agentes são usados nos peelings químicos. Sendo, os alfa-hidroxiácidos (AHAs), permitidos para o uso pelas esteticistas no tratamento em estrias. Estes são ácidos carboxílicos encontrados naturalmente em alguns alimentos. Dentre esses compostos está o ácido glicólico, que é derivado da cana – de açúcar, altamente solúvel na água, possui o menor peso molecular de todos os AHAs. É um agente superficial que pode ser usado na gravidez, a concentração mais utilizada é 70% em gel. (KEDE, 2009).
Segundo Azulay e Azulay (1888), os alfa-hidroxiácidos são ácidos derivados de frutas, cana de açúcar, leite etc. Sendo o ácido glicólico mais utilizado para o tratamento da pele, o mesmo diminui a coesão dos corneócitos em baixas concentrações e promove epidermólise em altas concentrações. Dessa forma, afina o estrato córneo alisando a superfície cutânea. Alguns estudos demonstram um aumento na produção de glicosaminoglicanos e de colágeno. Outros negam essas observações. Segundo o autor a eficácia, é fato, depende do PH da formulação e da concentração do ácido livre. Assim, PH básico produz menos irritação, porém requer mais tempo para a obtenção de resultados.
O peeling de ácido glicólico é indicado em todos os tipos de pele e em qualquer região corporal. Utilizado a uma concentração de 70%, aplicado quinzenalmente, promove melhora principalmente das estrias tardias, provavelmente por estimular a neoformação de colágeno. Provoca reações mais leves que o ácido retinóico mais é menos eficiente. Pode ser associada com ácido retinóico e vitamina C, para aumentar os efeitos e diminuir possíveis reações locais. Recomenda-se aplicar 1 a 2 vezes ao dia. (BRANCO et al).
Para Borges (2010), a microdermoabrasão é uma técnica não invasiva e não químico, pela qual é retirado o excesso da capa córnea da pele que estão mortas. Ultimamente, a microdermoabrasão tem ganhado atenção devido a seu emprego no tratamento de estrias. Aparência das estrias pelo meio de consecutivos tratamentos de microdermoabrasão pode diminuir consideravelmente. A microdermoabrasão é um recurso esfoliantes
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