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O Uso e Abuso do Alcool na Construção Civil

Por:   •  13/3/2018  •  16.311 Palavras (66 Páginas)  •  342 Visualizações

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Para Cebrid (2011) “Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico relativamente baixo [...]”. De acordo com Santos (2009) “entre os séculos XVII e XVIII o álcool era incentivado pelos empregadores, pois o mesmo fazia com que os trabalhadores tivessem maior rendimento no trabalho.” Com a Revolução Industrial, os hábitos foram mudados, principalmente em relação a organização do trabalho e as bebidas consumidas pelos trabalhadores. O processo de fermentação já era utilizado, porém o gosto do usuário começou a modificar e pedia uma bebida mais forte. Foi-se então o inicio do processo da destilação.

A Europa iniciou o processo de destilação que foi introduzido pelos árabes na Idade Média, e assim surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas. Nessa época passou a ser considerado um remédio para todas as doenças, pois acreditavam que dissipava as preocupações mais rápido do que o vinho e a cerveja, produzindo um alivio mais eficiente da dor (CEBRID, 2011). Segundo Santo (2009) “[...] o uso do álcool não contribuía de forma positiva, pelo contrario passa a ser o grande vilão que compromete a capacidade produtiva da força de trabalho”.

De acordo com Brites (2012) “No pós-guerra houve o favorecimento do crescimento tecnológico no âmbito da comunicação e a produção em massa, além do crescimento populacional, resultando nos aglomerados urbanos e surgimento das metrópoles”. A bebida então passou a ser comercializada e consumida em grande escala. Segundo Lima, 2003 (apud Santos, 2003) “Com o aumento da produção e a diminuição dos preços, o consumo do álcool cresceu consideravelmente [...]”. Para Laranjeira, 2004 (apud Medeiros, 2005) “[...] o álcool deixou de ser uma bebida que era consumida com comida e passou a ser uma bebida forte que podia ser consumida a preços muito baratos e buscando essencialmente a intoxicação”.

Ainda neste período, a bebida era tolerada pela sociedade, porém já apresentava consequências ao excesso de bebida destilada. Para Diehl, 2011 (apud Brites, 2012) “Apenas na década de 1850 foi percebido que o álcool era algo problemático para a sociedade.” Com a afirmativa de Saád, 2001(apud Santos, 2003) “[...] a concepção sobre o uso do álcool começa a se modificar, [...]. Começa a haver os primeiros relatos sobre os homens “degenerados”, “subjugados á bebida” e “fracos de caráter””.

Segundo SANTOS (2003) “Em 1810, o médico Benjamim Rush foi o primeiro a citar o álcool como doença”. De acordo com Lima, 2001(apud Santos 2003) “Em 1849, o médico sueco Magnus Huss cria o termo alcoolismo, classificando o hábito em patologia [...]. No entanto, o termo alcoolismo era utilizado apenas para aqueles que cometiam excessos com bebidas destiladas”.

A Organização Mundial da Saúde,em 1948, o alcoolismo propriamente dito como um item diferenciado da intoxicação alcoólica ou de psicoses alcoólicas, na Classificação Internacional de Doenças/CID. A formalização do alcoolismo como doença, aconteceu em 1956, pela Associação Médica Americana, então a classificação do alcoolismo pode ser encontrada na CID-10, no capitulo referente aos transtornos mentais e de comportamento (VAISSMAN, 2004).

Segundo Lima, 2008 (apud Brites, 2012) “Já no século XX, este processo de produção e consumo continuou causando prejuízos para a segurança e para segurança publica”.

De acordo com a Antidrogas (2014) “O uso de bebidas alcoólicas no Brasil é realidade bastante difundida e fonte de preocupação entre as autoridades. Seja pelo seu uso em festas e celebrações populares quanto pelo impacto na saúde publica”. Também é utilizado em algumas culturas e religiões.

Atualmente, muitas pessoas não veem o álcool como um tipo de droga. De acordo com Obid (2014) “[...], o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois atua no sistema nervoso central, provocando mudanças no comportamento de quem o consome, alem de ter potencial para desenvolver dependência”. Sendo que é uma droga depressora da atividade mental, para o Senad (2008) “[...] suas propriedades físicas e químicas, [...] apresentam a característica comum de causar uma diminuição da atividade global ou de certos sistemas específicos do SNC”.

Os efeitos do álcool no organismo humano são devastadores. Segundo Harrison, 2002 (apud Brites, 2012) “O álcool é benéfico para uma individuo sadio e uma mulher não grávida até uma a duas doses-padrão por dia, em doses mais altas o álcool é toxico para a maioria dos sistemas orgânicos”. A ingestão do álcool Segundo Marques, 2002; Gigliotti, 2004; Costa, 2010 (apud IPOG 2013) “Seu uso aumenta a cada ano, com graves consequências para usuários de todas as idades e para a sociedade, [...]”. De acordo com o Obid (2014) “A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora”.

Essa substancia é um depressor do sistema Nervoso Central (SNC), mas o seu efeito inicialmente é uma aparente estimulação com diminuição da inibição social e psicológica, causando euforia, alegria e desinibição. O efeito euforizante inicial é atribuído ao bloqueio da atividade dos sistemas inibitórios. Com o aumento da alcoolemia, o efeito é sempre de depressão do SNC. (MENDES, 2006; LIMA, 2008 apud BRITES, 2008, p.42).

Para Harrison, 2002 (apud Brites, 2008) “Esse efeito ocasiona a morte dos neurônios, resultando na atrofia cerebral, tipo cortiço-subcortical, acompanhada de maior ou menor intensidade do quadro de déficit neurocognitivo e/ou distúrbio comportamental”. De acordo com Oga (2008) “Há uma relação entre os níveis plasmáticos de etanol e os efeitos clínicos [...]”. Segundo Senad (2008) “[...] variam em razão do tipo de bebida utilizada, da velocidade do consumo, da presença de alimentos no estomago e de possíveis alterações no metabolismo da droga [...]”. Conforme o quadro 1 abaixo:

Quadro 1: Níveis de Álcool no Sangue

[pic 1]

Fonte: SECRETARIA NACIONAL ANTIDROGAS, 2008.

De acordo com Oga (2008) “Praticamente nenhum sistema do organismo é poupado dos efeitos deletérios do álcool”. Para Diehl et al., 2011(apud Brites, 2008) “O efeito agudo do álcool na mucosa gastrintestinal é dose-dependente”. Em indivíduos saudáveis que consomem com moderação, a maioria das alterações que ocorrem no organismo é reversível. Em maiores quantidades ou em indivíduos com patologias prévias, as lesões são graves e irreversíveis nos diversos órgãos (OGA,

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