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O Gerenciamento de Crises

Por:   •  25/10/2018  •  16.610 Palavras (67 Páginas)  •  379 Visualizações

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3 O PROCESSO DE GERENCIAR UMA CRISE 3

3.1 Elementos essenciais ao gerenciamento 3

3.2 Fases do gerenciamento de crises 3

4 TIPOLOGIA DOS CAUSADORES DE EVENTO CRÍTICOS 3

4.1 Criminosos comuns ou criminalmente motivados 3

4.2 Mentalmente perturbados 3

4.3 Prisioneiros 3

4.4 Terroristas políticos ou religiosos 3

4.5 Sequestradores 3

5 REFÉNS E A SÍNDROME DE ESTOCOLMO 3

6 NEGOCIAÇÃO 3

6.1 O negociador 3

6.2 Tipos de negociação 3

6.3 Objetivos da negociação 3

6.4 Regras básicas para uma boa negociação 3

7 ARMAS MENOS LETAIS 3

8 TIRO DE COMPROMETIMENTO 3

9 INVASÃO TÁTICA 3

10 EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO 3

10.1 Tipo legal 3

10.2 Fases do sequestro 3

10.3 A negociação nos casos de sequestro 3

11 CONCLUSÃO 3

REFERÊNCIAS 3

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- INTRODUÇÃO

A doutrina do gerenciamento de crises surgiu em decorrência da necessidade de que os eventos críticos causados em razão de atos ilícitos, como tomada de reféns, rebeliões, sequestros etc, fossem tratados de maneira uniforme e com respaldo cientifico e legal.

Os eventos críticos sempre deverão ser gerenciados por policiais, os quais devem estar preparados para agir a qualquer momento e em qualquer situação. No Brasil até a década de noventa o gerenciamento era feito de forma empírica, baseado quase que exclusivamente na experiência do policial responsável, circunstância que acarretou diversos problemas às instituições policiais e ao Estado.

Assim, surgiu a doutrina específica para tratar de eventos críticos, que no Brasil se fundamentou na doutrina norte-americana do Federal Bureau of Investigation (FBI), que prevê formas de resolução da crise conhecidas como alternativas táticas (negociação, emprego de armas menos letais, tiro de comprometimento e assalto tático), observando-se os seguintes critérios de ações: necessidade, validade do risco e aceitabilidade.

O Manual Operacional da Polícia Civil ao falar sobre a essencialidade do estudo da doutrina, assim dispõe (2007, p. 240):

“Destarte, urge que as Escolas de Polícia, em todos os seus níveis, incrementam a disciplina ‘gerenciamento de crises’ em seus cursos de formação, com a implementação de aulas práticas (técnicas de assalto, tiro de comprometimento etc) e teóricas (regras básicas de negociação), já que, não raro, tem-se deparado com diversos profissionais de polícia (das mais diversas classes e carreiras), já formados, que demonstram total desconhecimento dos princípios básicos concernentes à doutrina em exame.”

A presente monografia se destina a analisar o surgimento e a evolução da doutrina do “Gerenciamento de Crises”, seus conceitos, princípios e fundamentos e seu papel atual na Polícia Civil do Estado de São Paulo.

O trabalho será desenvolvido por meio de pesquisas em obras, apostilas de gerenciamento de crises, artigos acadêmicos e pesquisas realizadas na internet, procurando-se elencar, ainda que forma perfunctória, os pontos fundamentais relacionados ao tema.

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2 GERENCIAMENTO DE CRISES

O gerenciamento de crises como ciência em nosso país surgiu no início da década de noventa, uma vez que até o presente momento o assunto era tratado de forma improvisada e empírica pelas nossas instituições policiais. Todavia, com o recrudescimento da violência e a evolução das ações criminosas, constatou-se que agir de forma empírica já não era suficiente, sendo que as instituições policiais precisavam se especializar cada vez mais; especialmente para agir em situações críticas, que possuem diversas peculiaridades, cuja resolução é altamente complexa.

Assim, surgiu no Brasil a doutrina do “Gerenciamento de Crises” que em muitos aspectos se baseou na doutrina da Academia Nacional do FBI (Federal Bureau of Investigation), e se tornou uma das matérias fundamentais para a formação de todos os policiais, de forma que as ações em eventos críticos recebam tratamentos padronizados.

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Escorço histórico

Como dito anteriormente, o gerenciamento de crises é uma ciência e assim, possui princípios e conceitos próprios, que foram desenvolvidos com base na necessidade verificada em casos concretos que serviram como objetos de estudos e pesquisas ao longo dos anos, até a efetiva sistematização da doutrina.

A disciplina é relativamente nova, especialmente em nosso país, daí a escassez de literatura a respeito do tema e cada nova crise que surge, novos elementos passam a ser considerados; de forma que o estudo de casos tem sido a melhor doutrina, para que erros cometidos sejam evitados. Ademais, o estudo com realização de simulados e treinamentos constantes são fundamentais para policiais que atuam em situações críticas.

Os eventos críticos em razão da prática de ato ilícito, como tomada de reféns, sequestro, rebeliões etc, sempre existiram, mas até 1972, prevalecia o entendimento de que a ordem deveria ser restabelecida pelo emprego dos grupos táticos. A primeira unidade de SWAT (Special Weapons and Tatics) foi criada em 1967, na cidade de Los Angeles; tratava-se de uma equipe diferenciada, composta por policiais com treinamento militar e com experiência em campo, os quais receberiam armas específicas e diferenciadas.

Em outubro de 1971, durante o sequestro de uma aeronave, o FBI decidiu usar a opção

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