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LAYOUT DE ARMAZENAGEM

Por:   •  18/11/2017  •  3.830 Palavras (16 Páginas)  •  520 Visualizações

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Segundo Slack, Chambers e Johnston (Apud Peinado e Graeml, 2002) o arranjo físico se preocupa com todo o posicionamento físico dos recursos de transformação de uma empresa. E decidir onde colocar todas as máquinas, equipamentos e pessoal da produção, é uma das características mais evidentes de uma operação produtiva, pois determina toda sua aparência. O layout é a primeira impressão de quem entra pela primeira vez no local, seja em um escritório, residência ou uma unidade produtiva. Além de embelezar o ambiente, ele também tem como objetivo determinar a maneira a qual os recursos transformados (transformação em um novo produto ou serviço) consigam se movimentar dentro do ambiente sem nenhum tipo de interrupção ou atrasos. Pequenas mudanças na localização de uma máquina dentro de uma fábrica, de alguns produtos dentro de um supermercado ou a mudança de salas dentro de centros esportivos podem afetar o fluxo de materiais e pessoas, isso, por sua vez pode vir a afetar os custos e a eficácia geral da produção.

2.2 O LAYOUT DE ARMAZEM

O layout de armazém é a forma como as áreas de armazenagem de um armazém estão organizadas, de forma a utilizar todo o espaço existente da melhor forma possível, verificando a coordenação entre os vários operadores, equipamentos e espaço.

O layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida com uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade possível e com custos de armazenagem reduzidos.

Este tipo de layout procura satisfazer as exigências do stock a curto e longo prazo, tendo em conta as existências e as flutuações da procura. Antes de se efetuar o planeamento do layout é necessário ter toda a informação relativa ao espaço a planear, ou seja, é importante saber qual a área de armazenagem, o stock máximo e médio, o volume de expedição/recepção, qual a política de reposição de stock e também o método de movimentação dentro do armazém.

Para se conseguir encontrar o layout ideal é necessário crias vários layouts e compará-los com os princípios da popularidade, semelhança, tamanho, características e utilização do espaço.

Tendo em conta o layout contínuo de armazém é possível estudar as regiões de armazenagem dedicada, a distância média percorrida num armazém com uma porta, e a distância média percorrida num armazém com duas portas do mesmo lado, para um ou dois produtos.

3 TIPOS BÁSICOS DE ARRANJO FÍSICO

Peinado e Graeml (2002) citam que para se organizar um arranjo físico produtivo quatro ou cinco formas são invariáveis.

- Arranjo por produto ou por linha;

- Arranjo por processo ou funcional;

- Arranjo celular;

- Arranjo por posição fixa;

- Arranjo misto.

3.1 ARRANJO POR PRODUTO OU EM LINHA

A primeira linha de produção de que se tem notícia foi idealizada por Henry Ford em 1939. É um arranjo muito utilizado pela indústria e também por algumas organizações prestadoras de serviço

Indústrias montadoras: praticamente todas as montadoras utilizam um arranjo por produto. Este é o caso de linhas de montagem de automóveis, eletrodomésticos, bicicletas, brinquedos, aparelhos eletrônicos etc.

Indústrias alimentícias: uma grande fábrica de massas e biscoitos, por exemplo, fabrica seus produtos em uma linha de produção composta principalmente de um forno contínuo e embaladeiras.

Frigoríficos: indústria de produtos frigoríficos de carnes bovina, suína e de frango e seus derivados, como lingüiças, salsichas e demais embutidos são normalmente, estruturadas seguindo um arranjo em linha, o processo inclui, inclusive, o sistema de abatimento dos animais.

Serviços de restaurante por quilo: um restaurante que vende comida a quilo utiliza uma espécie de linha de montagem de pratos, em que o próprio cliente realiza parte do processo produtivo ao seguir a filha e se abastecer dos alimentos desejados.

Neste tipo de arranjo as máquinas, os equipamentos ou as estações de trabalho são colocados de acordo com a sequência de montagem, sem caminhos alternativos para o fluxo produtivo. O material percorre um caminho previamente determinado dentro do processo. Este arranjo permite obter um fluxo rápido na fabricação de produtos padronizados, que exigem operações de montagem ou produção sempre iguais. Neste tipo de arranjo, o custo fixo da organização costuma ser alto, mas o custo variável por produto produzido é geralmente baixo, caracteriza-se como um arranjo físico de elevado grau de alavancagem operacional.

Quando se fala em arranjo em linha, não se trata necessariamente de uma disposição em linha reta. Uma linha de produção retilínea tende a ficar muito longa exigindo áreas de longo comprimento, o que nem sempre é possível.

Para contornar este problema é comum que os engenheiros projetem linhas em forma de U ou S ou outra forma de circuito diferente, que possa ser exequível em função das instalações prediais de que a empresa pode dispor. Como é possível observar na Figura a seguir, a linha em forma de U requer praticamente a metade do comprimento de uma linha de forma reta. As pessoas trabalham mais próximas umas das outras e o caminho percorrido para abastecimento da matéria-prima ao lado da linha é menor.

[pic 1]

Figura 2.1.1 Linha de produção em formato U.

Fonte: Peinado e Graeml, 2002.

[pic 2]

Figura Centro de alistamento militar utilizando o arranjo físico por produto.

Fonte: Slack, Chambers e Johnston. 2002.

3.2 ARRANJO POR PROCESSO OU FUNCIONAL

O arranjo físico por processo agrupa, em uma mesma área, todos os processos e equipamentos do mesmo tipo e função. Por isso, é conhecido também como arranjo funcional. Este arranjo também pode agrupar em uma mesma área operações ou montagens semelhantes. Os materiais e produtos se deslocam procurando os diferentes processos de cada área necessária. É um arranjo facilmente encontrado em prestadores de serviço e organizações do tipo comercial. Os exemplos são inúmeros:

Hospitais:

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