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Educação Musical e Inclusão

Por:   •  10/4/2018  •  1.405 Palavras (6 Páginas)  •  266 Visualizações

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- DISCUSSÃO

Acredita-se que a construção do indivíduo acontece por meio das relações interpessoais e intrapessoais que se estabelecem reciprocamente. Nossa sociedade é marcadamente competitiva, então pode-se dizer que a música é capaz de propiciar experiências de participação e cooperação, valorizando a contribuição de cada indivíduo participante. A experiência da tentativa, da prática, interpretação e apreciação enriquece o universo do aluno, seja ele com necessidades especiais ou não, em termos lúdicos e estéticos. Através da musica e da compreensão dos elementos musicais é possível trabalhar a percepção, a psicomotricidade, o ritmo, entre outras. Segundo Santos (2000, p.103), “não se pode subestimar a necessidade humana de beleza sem mutilar o desenvolvimento das pessoas”.

A aula de música como um todo proporciona nas pessoas com necessidades educacionais especiais um crescimento através do processo de musicalização, oferecendo assim, atividades que ampliam a percepção auditiva e rítmica. Essas atividades aguçam o interesse pela exploração sonora, criando possibilidades para a escuta ativa, improvisação e criação musical. Nesse ambiente, os indivíduos são desafiados a relacionarem as ações realizadas, através da produção criativa, as quais reconhecem sons em objetos sonoros ou instrumentos musicais, com a voz e movimentos corporais e, ao mesmo tempo, coordenarem suas descobertas com os demais. Os conteúdos a serem construídos na aula de música devem, portanto, explorar a musicalização coletiva por meio de jogos e brincadeiras sonoras, criação de expressões rítmicas, canto-coral, parlendas, rondós, ostinatos, apreciação musical ativa, entre outros, desde que o educador observe o interesse diversificado dos alunos, as formas diferenciadas de aprendizagem e o progresso dos alunos. Assim, nessas atividades aplicadas devem ser trabalhados os conceitos de música e de seus elementos como expressão, melodia, ritmo, textura, forma, dinâmica, etc., sempre considerando que a ação musical precede sua compreensão. É importante lembrar o mais importante: não impor a aprendizagem de um conteúdo sem sentido, é necessário que o aluno tenha a oportunidade de se expressar musicalmente e se sentir autorizado a fazê-lo. E se é justamente a ação e a intenção do ser humano que o leva à construção de conhecimento sobre determinado conteúdo, então, naturalmente todos os envolvidos em processo de musicalização coletiva, terão a oportunidade de se desenvolver musicalmente e utilizar a música como forma de expressão, já que há espaço para a ação de todos, sem exceção.

- CONCLUSÃO

Nesse artigo a pretensão não foi a de esgotar todas as possibilidades de reflexão sobre o tema proposto, mas sim o de suscitar discussões e argumentações críticas que nos façam propor novas ideias e conceitos. A temática não nova, porém, merece ser estudada mais a fundo. Tudo o que se propôs aqui nesse artigo foi baseado em observações empíricas que temos realizado em nossas pesquisas e estágios. São questões extremamente relevantes e importantes para se pensar numa Educação cada vez mais “para todos” e feita “por todos”. A utilização da música enquanto instrumento do coletivo proporciona a colaboração entre indivíduos diferentes, independente da especificidade dessas diferenças. Na música, cada indivíduo encontra um ambiente para se expressar e fazer parte de um todo que se integra na construção da expressão musical, seja realizando um projeto único ou uma composição pela fala, pelo tocar algum instrumento elementar de percussão, por exemplo, ou um instrumento mais elaborado, pelo cantar, pela marcação com sonoridade corporal, pelo simples dançar ao embalo dos sons, etc. Enfim, as possibilidades são inúmeras e dependem apenas do interesse, da capacidade de cada um, e, é claro, daquilo que o professor disponibiliza como atividade desafiadora, procurando engrandecer o indivíduo e o coletivo.

- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394). Brasília, Centro Gráfico, 1996.

BRUSCIA, Kenneth E. Definindo a Musicoterapia. 2º ed. Trad. Mariza Velloso Fernandez Conde. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000. 309 p. (BB)

FONTERRADA, Marisa T. de O. Diálogo interáreas: o papel da educação musical na atualidade. Revista da ABEM, Porto Alegre, V. 18, 27-33, out. 2007. Disponível em http://pergamum.unaerp.br/publicacoes/000003/000003C1.pdf>

LEAL, Ubiraci de Souza. Musicoterapia aplicada à psicopedagogia. São Paulo: imprensa oficial do Estado, 1997.

LOURO, VIVIANE. Educação musical e musicoterapia frente a pessoa com deficiência. Disponível em: http://pergamum.unaerp.br/publicacoes/000003/000003D3.pdf

________________Educação musical e deficiência: Propostas pedagógicas. São José dos Campos, SP. Ed. do autor, 2006.

MARQUES, Pacheco. Professor de Alunos com deficiência Mental. UFJF: 2001.

PIAGET,

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