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Estética Para a Educação Musical

Por:   •  8/7/2018  •  2.672 Palavras (11 Páginas)  •  356 Visualizações

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O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados.

1) Alétheia: relativo ao que está oculto, mas que pode ser revelado. Do grego alethes (não escondido) e lathein (estar escondido).

2) Cavalete: consiste em uma peça ornamentada, cuja função é sustentar o peso das cordas e transmitir suas vibrações para o interior do instrumento.

3) Desvelar: descobrir; desvendar o oculto.

4) Detaché: técnica de arco em que são realizados movimentos com ele para cima e para baixo.

5) En passant: de passagem, sem se apegar ao assunto.

6) Especulação: reflexão ou pensamento que não busca fechar ou esgotar um assunto, encerrando-o em uma conclusão absoluta.

7) Execução: ato de realizar algo; um fazer determinado.

8) Fenomenologia: que diz respeito aos fenômenos e à sua observação; tipo de pensamento filosófico que se tornou uma corrente com vários filósofos que passam a refletir sobre como a percepção do mundo se dá.

9) Historicidade: diz respeito à história; característica do que é histórico.

10) Inventivo: qualidade de quem inventa, criativo.

11) Modus operandi: traduz-se como "modo de operação"; maneira de operar; jeito de fazer.

12) Normativo: referente à norma; que prescreve ou estabelece normas.

13) Oittocento: o mesmo que século 18.

14) Período clássico: qualquer período da história depois da Idade Média (cerca do século 14), em que se buscam os valores "clássicos", ou seja, que se referem à tradição clássica grega, também conhecida como helênica. Em música, costuma designar a época compreendida entre 1750 e 1827, quando atuaram Haydn, Mozart e Beethoven.

15) Recepção: relativo ao que se recebe. Diz respeito ao modo como se recebe ou se percebe algo, como, por exemplo, uma obra de arte.

16) Revelativo: aquilo que revela algo é revelativo.

17) Romantismo: período da História da Arte em que a natureza dos sentimentos internos e emoções das pessoas, consequentemente dos artistas, foi muito valorizado. Ocorreu no século 19, na Europa e no Brasil.

18) Settecento: o mesmo que século 17.

19) Singularidade: relativo a singular; qualidade do que é "único".

20) Sul ponticello: técnica que consiste na execução do arco sobre o cavalete, resultando em uma sonoridade ríspida e com poucos harmônicos.

21) Unívoco: aquilo que só tem um único significado e que não deixa dúvidas quanto a ele.

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2.1. ESTÉTICA PARA EDUCADORES MUSICAIS: UM DIÁLOGO NECESSÁRIO

Em primeiro lugar, é importante entendermos que os estudos da Estética compartilham dos mesmos princípios que regem os estudos filosóficos, afinal, ambos compactuam dos mesmos princípios dialógicos: experiência e reflexão.

Para fundamentar a nossa prática filosófica, faremos uso de excertos do filósofo italiano Antonio Gramsci e do próprio Pareyson, com o intuito de mostrar que tanto a Filosofia como a Estética são caminhos possíveis para todos aqueles que souberem conectar experiência e reflexão. Vejamos:

Para Gramsci (1999, p. 93, grifo nosso): É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são ‘filósofos’, definindo os limites e as características desta ‘filosofia espontânea’, peculiar a ‘todo o mundo’, isto é, da filosofia que está contida: 1) na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo; 2) no senso comum e no bom senso; 3) na religião popular e, consequentemente, em todo sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por ‘folclore’. Já nas palavras de

Luigi Pareyson (1997, p. 9-10, grifo nosso), Todos se encontram na estética, cada um trazendo, na tarefa comum, a particular sensibilidade e competência que deriva de sua proveniência pessoal e mentalidade. A estética torna-se assim um frutífero ponto de encontro, um campo no qual têm direito de falar os artistas, os críticos, os amadores, os historiadores, os psicólogos, os sociólogos, os técnicos, os pedagogos, os filósofos, os metafísicos, com a condição de que todos prestem atenção ao ponto em que experiência e filosofia se tocam, a experiência para estimular e verificar a filosofia, e a filosofia para explicar e fundamentar a experiência.

Segundo Eduardo Seincman (2008, p. 8), autor da obra Estética da Comunicação Musical, Toda e qualquer experiência estética traz à tona um arsenal cultural, simbólico, histórico sem o qual ela não seria possível. Ela é, portanto, um aglutinador de sentidos que se encontram dispersos ou em repouso, à espera de um gatilho. Como afirmou Dewey, qualquer experiência digna deste nome é sempre esté- tica, pois se trata de um acontecimento com sentido.

Assim, podemos afirmar que a atividade filosófica ou esté- tica residem em nossas ações como educadores musicais desde que a experiência e a reflexão sobre a própria coisa se tocam, isto é, a experiência para estimular e verificar a Filosofia, e a Filosofia para explicar e fundamentar a experiência

2.2. A ARTE COMO FAZER, CONHECER E EXPRIMIR: A PORTA DE ENTRADA PARA UMA REFLEXÃO ESTÉTICO-EDUCATIVA

Essas "concepções ora se contrapõem e se excluem umas às outras, ora, pelo contrário, aliam-se e se combinam de várias maneiras. Mas permanecem, em definitivo, as três principais definições da arte"

Perissé (2009, p. 38), A

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