BRASIL UM PAIS QUE ESTA ENVELHECENDO

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3 CONCLUSÃO

4 REFERÊNCIAS 2

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- INTRODUÇÃO

A longevidade e o envelhecimento populacional no Brasil estão desafiando os cientistas, técnicos, profissionais politicas e serviços. Nos países desenvolvidos este fenômeno esta ocorrendo a mais de um século, já nos países em desenvolvimento, como o Brasil, este processo esta em desenvolvimento a bem menos tempo. O numero de pessoas com mais de sessenta anos passou de 3 milhões de pessoas em 1960, para 14 milhões em 2002. As projeções demográficas para 2020 apontam aproximadamente 32 milhoes de idosos brasileiros, 15% da população do país, colocando o Brasil em sexto lugar no rankig mundial de países com maior numero de idosos.

A expectativa media de vida para homens que no ano 2000 era de 68,6 anos esta projetada para 75,3 anos de idade no ano de 2025. Estes números mostram que o processo de envelhecimento e a velhice em nosso país precisam ser objetos de novas propostas profissionais, de novos investimentos sociais e de uma nova postura da sociedade e traçam o perfil de uma sociedade que precisa ser estudada, pesquisada e divulgada. Acima de tudo é preciso que os diferentes profissionais que lidam com o ‘homem’ na sua trajetória de vida se preparem pra enfrentar uma sociedade ainda mais complexa, cuja pirâmide populacional está mudando muito depressa, trazendo consigo exigências cada vez mais diversificadas. Homens e mulheres, depois de muitos anos de trabalho e vida ativa, estão presentes na reivindicação de seus direitos e na afirmação de sua cidadania.

É particularmente importante que os profissionais brasileiros, de todos os setores de atuação, se dêem conta de este campo de trabalho vem se ampliando e que suas atividades devem contribuir pra a cidadania efetiva dos idosos brasileiros, uma vez que o envelhecimento da nossa população leva consigo uma dimensão politica que até agora vem sendo ignorada e pouco visível socialmente.

A longevidade da população é um fenômeno mundial que traz importantes repercussões no campo social e econômico. Atualmente, alguns países desenvolvidos apresentam um crescimento negativo da sua população onde a natalidade é menor do que a taxa de mortalidade. Já no grupo dos países chamados em desenvolvimento, tendo como exemplo o Brasil, esse processo se caracteriza pela rapidez com que o aumento absoluto e relativo da população adulta e idosa modificou a pirâmide populacional. A diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade alterou a estrutura etária da população brasileira, ocorrendo uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, particularmente nos primeiros anos de vida. Entretanto, mais do que a diminuição da mortalidade, a explicação para o crescimento da população idosa esta na grande redução da taxa de fecundidade nos centros urbanos. São várias as razões para esta mudança no padrão reprodutivo. Uma delas é a necessidade crescente de limitação da família, norteada pelo modo de vida dos grandes centros urbanos, principalmente em um contexto de crise econômica, fator decorrente da progressiva incorporação da mulher a força de trabalho e das mudanças nos padrões socioculturais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o envelhecimento populacional como uma historia de sucesso das politicas de saúde publicas e sociais e, portanto a maior conquista, e triunfo da humanidade no ultimo século. O envelhecimento não é problema, e sim vitória. Problema será se as nações desenvolvidas ou em desenvolvimento não elaborarem e executarem politicas e programas para promoção do envelhecimento digno e sustentável e que comtemplem as necessidades do grupo etário de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. Tais politicas e programas devem contemplar os direitos, as necessidades, as preferencias e a capacidade dos idosos, reconhecendo a importância das experiências individuais dos idosos.

Será como desafio maior incluir na agenda de desenvolvimento socioeconômico dos países as politicas de promoção do envelhecimento ativo, possibilitando qualidade aos anos adicionados a vida, criar condições para fortalece as politicas e programas para promoção de uma sociedade inclusiva e coesa para todas as idades, reconhecendo o direito à vida, à longevidade e à dignidade deve ser objeto de preocupação dos governos.

O envelhecimento não é um processo homogêneo. Cada pessoa vivencia essa fase da vida de uma forma, considerando sua história particular e todos os aspectos estruturais (classe, gênero e etnia) a eles relacionados, como saúde, educação e condições econômicas. Os capítulos que integram este livro demonstrarão que os fatores que contribuem mais e melhor para diferenciar a vivência do envelhecimento são as redes de apoio social e comunicação, com ênfase na solidariedade familiar.

Devido a todas as dificuldades de enfrentamento da realidade social, muitos idosos negam a própria existência e a própria idade, para que possam ser novamente aceitos nos grupos mais jovens. Tal comportamento resume-se ao não enfrentamento da velhice. Manter-se jovem e ativo é o desejo de todos aqueles que estão envelhecendo, porém é necessário ter consciência da idade, aceitando-a e vivendo plenamente. Infelizmente, manter-se ativo numa sociedade que afirma a incapacidade do idoso é um dilema a ser vencido. A velhice nunca foi sinônimo de doença, mas é uma etapa do processo de desenvolvimento humano.

As limitações, incapacidades e dificuldades não são problemas apenas dos idosos. Há muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos que possuem dificuldades, devido a diversas causas patológicas. Assim, torna-se ingênuo considerar a velhice como uma limitação ou deficiência.

O que faz a velhice transformar-se de sofrimento é mais o abandono que a doença; o estar só que a depender de alguém.

As pessoas idosas contribuíram e continuam a contribuir com a sociedade onde vivem. A este segmento deve ser preservado o direito de igualdade de oportunidades e tratamento em todos os aspectos da vida.

A partir do momento em que a curiosidade passa a ceder lugar à idéia de transformar duvidas em questões teóricas sobre as descobertas que o ‘envelhecimento à brasileira’ estão despertando novas maneira de ver o envelhecimento. Com certeza, as conclusões poderão servir de base para essa grande