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Atividades Físicas para Idosos Benefícios e Cuidados

Por:   •  21/2/2018  •  2.816 Palavras (12 Páginas)  •  401 Visualizações

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Tem-se observado que o lactato sanguíneo e muscular, a atividade enzimática glicolitica, debito e déficit de oxigênio, a performance de potencia máxima em exercícios de curta duração, e a velocidade máxima em testes de campo aumentam gradativamente da infância para a fase adulta.

Quando os adultos jovens são comparados aos idosos, não há diferença aparentes entre as enzimas glicolíticas, tais como a fosforilase, PFK e LDH em homens e mulheres (COGGAN, 1992). Contudo, idosos destreinados possuem um perfil de esforço máximo, atingindo menores picos de lactato, e menor duração na realização de esforços máximos (MASSÉ-BIRON et al., 1992).

O envelhecimento esta relacionado com a menor habilidade do musculo para difundir o lactato produzido na musculatura ativa, e distribui-lo para removê-lo. Assim , após uma sessão de exercícios, há modificação no comportamento do lactato. Tal comportamento pode ser explicado pela:

- Diminuição do numero e atividade dos transportadores de lactato localizados no sarcolema da célula muscular;

- Alterações na redistribuição do fluxo sanguíneo durante recuperação de esforço ;

- Diminuição da sensibilidade dos receptores adrenérgicos responsáveis pela concentração de lactato durante exercícios

- Perda seletiva das fibras musculares do tipo II, principalmente do tipo IIb, que produzem maiores concentrações de lactato;

- Menor padrão de recrutamento para tais fibras;

- Menor atividade da enzima PFK e diminuição massa muscular total.

Dessa forma, pode-se concluir que os idosos possuem menor lactacidemia após esforços e recuperação mais lenta, e consequentemente menor tolerância a fadiga muscular. Tais considerações contribuem de maneira significativa para a elaboração, execução e controle do programa de condicionamento físico, devendo, portanto, ser levadas em considerações as diferenças entre as faixas etárias.

DEFERENÇAS NO SISTEMA AEROBIO DURANTE O CICLO VITAL

De extrema importância é entender que também o sistema aeróbio apresenta diferenças relevantes durante as fases da vida. A aplicação desses conhecimentos é ferramenta indispensável para o bom planejamento de um programa de condicionamento físico.

Com o envelhecimento ocorrem alterações nesse metabolismo e, consequentemente, modificações no desempenho. As enzimas relacionadas ao metabolismo oxidativo, tais como a succinato desidrogenase, a citratossintase e a hidroxiacil-CoA-desidrogenase, diminuem no musculo.

A menor atividade da enzima citratossintase, em torno de 20%, nos músculos de idosos quando comparados aos jovens, indica diferenças nas respostas ao exercício, devido principalmente a diminuição da capacidade respiratória e atrofia muscular (COGGAN et al., 1993). A capacidade aeróbia muscular de indivíduos idoso reflete um decréscimo no fluxo sanguíneo e na capacidade oxidativa , diminuindo, possivelmente, o balanço energético.

Em idosos, a densidade capilar é aproximadamente 25% menor tanto em homens quanto em mulheres em relação aos jovens. Essa densidade capilar reduzida ocorre pelo menor numero de capilares, menor taxa capilar por fibra e menor numero de capilares em contato com as células musculares, com queda entre 19 a 40% (COGGAN et al.,1992). O principal efeito da redução na capilaridade é a menor habilidade do musculo em sustentar a potencia produzida durante longos períodos .

Pode-se concluir que, com o envelhecimento, ocorre:

- Uma diminuição na atividade enzimática aeróbia,

- Diminuição capacidade respiratória,

- Atrofia muscular

- Diminuição de fluxo sanguíneo e capacidade oxidativa

- E talvez menor densidade capilar.

RESISTENCIA AEROBIA E ENVELHECIMENTO

O envelhecimento causa inúmeros declínios na capacidade funcional. Interferindo na vida diária de idosos. O sistema muscular, cardiovascular e respiratória são os mais importantes para manutenção das atividades da vida diária (AVDs). Em especial, o sistema cardiovascular e o respiratório sofrem um decréscimo com a idade, principalmente a partir da terceira década de vida, se não forem treinados.

Os efeitos do envelhecimento levam a varias alterações n4sses sistemas, dentre os quais destacam-se:

- Aumento do colágeno no pericárdio e endocárdio;

- Degeneração das fibras musculares;

- Deposito de gorduras

- Espessamento e calcificação, principalmente das válvulas mitral e aórtica;

- Limitação do ATP disponível;

- Diminuição da ATPase e da capacidade de oxidação e mobilização de cálcio;

- Aumento da pressão arterial, maior incidência de aterosclerose;

- Estreitamento do diâmetro das artérias;

- Aumento da fase de ejeção sanguínea;

- Diminuição do VO2 máximo, diminuição do debito cardíaco, diminuição da frequência cardíaca máxima;

- Diminuição da elasticidade e complacência dos pulmões;

- Dilatação dos bronquíolos, ductos e sacos alveolares;

- Atrofia dos músculos respiratórios;

- Redução da caixa torácica;

- Diminuição da ventilação pulmonar;

- Diminuição da capacidade vital;

- Diminuição do volume expiratório forçado;

- Aumento do volume residual;

- Aumento do espaço morto anatômico;

- Aumento da ventilação durante exercícios;

- E diminuição da ventilação expiratória máxima.

Nesse contexto, a atividade física regular torna-se um meio importante para minimizar as perdas ocorridas com o envelhecimento. Ela proporciona alterações

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