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A Gestão Escolar

Por:   •  22/10/2018  •  2.023 Palavras (9 Páginas)  •  359 Visualizações

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Assim, essa visão de administração escolar, centrada na transformação social, contrapõe-se à visão de centralização do poder na instituição escolar e nas demais organizações, primando portanto, pela participação dos seus usuários, na gestão da escola e pela mudança na forma de como a sociedade está organizada e consequentemente repensar a concepção de trabalho, as relações sociais estabelecidas no interior da escola, a forma como ela está organizada, a natureza do trabalho pedagógico e da instituição escolar e as condições reais de trabalho nessa instituição.

Segundo Paro (1999), de modo geral, os problemas da Administração Escolar, no Brasil, se colocam em duas posições. A mais difundida delas é a visão da Administração Escolar fundamentada nos princípios da administração capitalista, usada na formação de futuros administradores nos cursos de Pedagogia e que por isso mesmo é a mais predominante na realidade das nossas escolas. Essa visão de Administração Escolar tem como fundamento a universalidade dos princípios gerais da administração adotada pelas empresas capitalistas, porém todos os métodos e técnicas perpassam pelos mesmos princípios gerais da administração. Isso não quer dizer que, para se promover eficiência e produtividade é preciso abandonar totalmente esses princípios tão bem sucedidos no âmbito empresarial.

A segunda posição é radicalmente oposta a essa concepção empresarial, e coloca-se contra qualquer tipo de administração ou organização burocrática. Ela se constitui basicamente nas relações autoritárias praticadas dentro das escolas e na sociedade. Sendo assim, a escola só se transformará em uma organização mais humana quando se instalar, nas relações escolares, a prática do espontaneismo e a ausência de hierarquia.

As duas posições tentam buscar soluções para os problemas na gestão escolar, mas de formas opostas as duas cometem o mesmo erro: a não consideração dos determinantes sociais e econômicos da Administração Escolar. Ambas revelam o seu caráter acrítico com relação à realidade concreta, na medida em que permanecem no nível da aparência imediata, sem se aprofundarem na capitação das múltiplas determinações no real (Paro, 1999, p. 12). Nenhuma delas se coloca em uma posição voltada para a transformação social.

Vitor Paro em sua obra “Administração Escolar: Introdução Crítica” deixa evidenciado que as concepções mencionadas são insuficientes para compreender e resolver a situação de inércia da Administração Escolar no Brasil. Tem como propósito compreender a possibilidade de se ter uma administração escolar voltada para a transformação social, pois a atitude administrativa não acontece isoladamente, e sim em condições históricas, para atender as necessidades e interesses de pessoas e grupos, permeadas pela maneira como a sociedade está organizada com relação as suas forças econômicas, políticas e sociais e jamais ter uma visão superficial, mistificadora e técnica do trabalho administrativo no âmbito escolar.

Gestão por resultados

Ao gestor cabe formular planos e colocá-los em prática, avaliando-os e verificando as suas consequências. Nesse sentido a gestão para resultados é uma ferramenta administrativa que promove a eficiência e a eficácia da organização e “significa ter clareza com relação aos resultados que se quer alcançar e a partir daí planejar e mobilizar esforços e recursos para concretizá-los” (SEED PARANÁ, 2002, p.10).

O planejamento implica no processo que resulta no plano de trabalho que no âmbito escolar significa a construção da Proposta Pedagógica, que deve ser determinar os objetivos, as metas e as principais estratégias a serem adotadas para alcançá-las levando em conta a verdadeira missão da escola, novos paradigmas da educação, a legislação vigente e sobre tudo um diagnóstico da atualidade que permite conhecer os pontos fracos e fortes da escola.

Caracterizam-se, dentre outros, como fatores pertinentes a boa execução da gestão por resultados: a agenda do diretor, autonomia, censo escolar, competência, controle, desempenho, diagnóstico, estratégia, gerenciamento de tempo, estabelecimento de metas, regimento escolar, matrículas, ensino, avaliação, limpeza, funcionamento e visão sistêmica.

Gestão participativa e estratégica

A gestão participativa (ou compartilhada), como o próprio nome sugere, é aquela em que todos os agentes envolvidos participam nos processos de decisão, partilhando responsabilidades. A gestão participativa escolar propicia igualdade de condição de participação e distribuição igualitária de poder, responsabilidade e benefícios na busca da qualidade da escola por meio da participação, mobilização e comprometimento de diversos segmentos escolares, visando superar problemas existentes no processo educativo. A gestão participativa constitui-se em ferramenta determinante para assimilação dos alunos do que é ser um cidadão socialmente responsável.

Desta forma, no contexto escolar, a gestão participativa é obtida por meio do envolvimento dos professores e outros funcionários, alunos, pais e qualquer outro representante da comunidade, nos processos que visem o estabelecimento dos objetivos da escola, solução de problemas, tomada de decisões e investimentos a serem realizados. A participação da comunidade na proposta participativa envolve dois aspectos: o aspecto administrativo e o aspecto pedagógico. A escola deve elaborar e publicar sua proposta educacional, incluindo no calendário escolar as reuniões de Conselho de Escola, para que os pais e responsáveis possam efetivamente participar.

O papel do gestor escolar

Tomando como referência as diversas gestões, deduz-se que o gestor escolar faz parte de um quadro estruturado e hierárquico. Portanto, deve prestar contas de todos os seus recursos utilizados, ações desenvolvidas e resultados alcançados. Assim, por ser a escola uma instituição de natureza educativa, ao diretor cabe o papel de cumprimento da função educativa que é a razão de ser da escola. O diretor antes de ser um administrador é um educador (SAVIANI, 1996).

A influência do gestor escolar no cotidiano da escola marcante, pois a escola tem em si (em termos de funcionamento) o perfil do seu gestor. Se o gestor tem perfil democrático, a tendência da escola é desenvolver atividades construtivas e lúdicas que contemplam o poder de criatividade e decisão do aluno e do professor, estimulando por meio de suas atitudes que são abertas e reflexivas

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