A CARNE FRACA- SEUS CENÁRIOS
Por: eduardamaia17 • 3/9/2018 • 1.778 Palavras (8 Páginas) • 341 Visualizações
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Aqui no Brasil, segundo economistas, a suspensão da importação da carne para os países, acarretou em uma queda de preço estimada em 10% a 15% no mercado interno. Resultado do aumento da oferta no mercado interno. Alguns supermercados ofertaram a carne mais barata, com desconto de até 20%. Em contrapartida, alguns consumidores estão fugindo das carnes embaladas e indo em busca da carne fresca, aumentando assim o movimento nos açougues, que cresceu em até 30% em alguns Estados.
Mesmo com as sanções sofridas pela carne brasileira no exterior após a operação, a balança comercial brasileira registrou o melhor desempenho para março em 29 anos. As exportações de carnes bovinas, suínas e de frango somaram R$ 3,471 bilhões, valor 9% maior do que no mesmo período do ano passado, R$3,184 bilhões. As vendas externas aumentaram no caso do frango e da carne suína, enquanto a carne bovina caiu.
Cenário Provável:
Existe a tendência que deve fortalecer o cenário de margens mais positivas para os produtores que atuam na recria e engorda, apesar da pressão natural esperada nas cotações do boi gordo, considerando a maior disponibilidade de animais enviados para o abate. O provável cenário com a arroba do boi gordo mais pressionado no segundo semestre de 2016 é corroborado pelo ainda fraco desempenho do mercado doméstico, que deve iniciar uma recuperação apenas ao longo do segundo semestre de 2017, enquanto isso os compradores a cada dia aumenta o poder da barganha dos preços afim de que o produto ganhe força nas vendas até o consumidor final. Contudo, o cenário internacional ainda dependerá dos resultados das investigações relacionadas a operação "Carne Fraca" e as reações internacionais. A investigação envolve apenas 21 plantas em um total de 4.837, ou seja, equivalente a cerca de 0,5% do total. Ponto de atenção exportações brasileiras de carne bovina devem apresentar queda, ao menos no curto prazo, já que alguns importadores já anunciaram restrições nas importações de carnes vindas do Brasil, a espera de maiores esclarecimentos. Porem os fornecedores para amenizar o prejuízo está tentando negociar com os países um preço menor evitando a entrada de novos concorrentes e também fazer o produto voltar a credibilidade no mercado.
É fato que a economia brasileira já dá sinais de melhora, tímidos, mas existentes. E para vencer a crise em curto prazo a marca dos concorrentes despenca seus preços para evitar a entrada de novos concorrentes e também circule seus produtos. Tanto que as perspectivas para o segundo semestre de 2017 são mais animadoras as consequências da Operação Carne Fraca arranharam a imagem do Brasil no exterior de uma forma importante e que a recuperação dessa imagem não será fácil. Pois é baseada nos motores de recuperação do mercado interno e não do mercado internacional, até porque o Brasil ainda tem uma economia muito fechada.
É provável que o preço caia devido à baixa procura de carne no mercado doméstico, mas isso não é um problema que ameace o processo de recuperação. O que faz diferença é a política monetária que agora colocou a inflação no lugar, isso gera capacidade de investimento, recuperação da mão de obra e de empregabilidade. As notícias publicadas sobre a operação “carne fraca” fizeram os grandes importadores de produtos brasileiros suspenderem as transações, colocando em xeque essa posição. Os estados Goiás e Paraná que são grandes produtores de carnes tomaram medidas de repudio a noticias afim de que crie barreiras de entrada de novos concorrentes de fornecedores abaixando os preços e garantindo qualidade para não abrir espaço para novos produtos substituíveis da carne.
A expectativa é de que o Brasil chegue a perder 2,7 bilhões de dólares no ano devido ao problema. O desemprego também poderá atingir as empresas que emprega nos treze mercados nos qual atua da Argentina ao Vietnã, do Uruguai aos Estados Unidos, 237 mil pessoas; só no Brasil são 125 mil funcionários.
CENÁRIO PESSIMISTA:
A operação carne fraca no país, causou vários prejuízos, imagine se todos os países fecharem as portas às importações de carne brasileira? Como estaria o mercado agropecuário? Com a imagem do Brasil no estrangeiro muito afetada, de forma negativa, pelo resultado das investigações da Polícia Federal (PF) que culminaram na Operação Carne Fraca, deflagrada no mês passado. De acordo com a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso colocavam ácido ascórbico em carnes vencidas e as reembalavam para venda nos mercados interno e externo. a situação é preocupante, porque o Brasil demorou muito tempo para consolidar sua participação no mercado internacional , como a exportação de carne não é feita em bolsa de mercadorias, mas mercado físico (“oferta e demanda”), o país está enfrentando cancelamento de compra e redução de preços, diante dessa situação os fornecedores usam o poder da garganha dos preços para que o estoque das carnes não venha causar mais prejuizo para o caixa da empresa.Os principais compradores da carne brasileira são a Arábia Saudita, a China e o Japão, que são muito exigentes e o governo brasileiro reagiu de forma surpreendente convidando todos os representantes dos países para uma reunião afim de que não abra entrada de novos concorrentes. Possivelmente, vão cancelar os contratos ou pedir novos certificados. Eventualmente, poderá haver repercussões em outros países, que podem entender que o Brasil perdeu credibilidade com a emissão de certificados. “É um cenário difícil”, A Operação Carne Fraca impactou também no mercado interno. As marcas como Sádia, Seara, Perdigão e Fri Boi estão si reunindo com objetivo junto ao governo para impedir que essa operação não venha criar novos produtos ou concorrentes. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) orientou seus associados a dar prioridade à qualidade e à segurança na comercialização dos alimentos vendidos em todas as lojas do Brasil, para vencer essa crise os preços baixaram favorecendo ao consumidor final afim de que os produtos adquira maior poder de consumo. “Vale ressaltar que as lojas não mantêm produtos perecíveis em estoque por mais de 10 dias, que é o prazo médio entre a produção e a comercialização”, essas identificações dos lotes irregulares causou vários prejuízos dentro mercado interno. Uma grande parte dos frigoríficos passou a comprar menos impactando diretamente os produtores, pois milhares de animais prontos para o abate tiveram que ser deixados à espera, gerando prejuízos. A região Sul do país onde tem a maior parte de produção do gado para
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