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As Doenças Genéticas TCC

Por:   •  27/8/2018  •  4.083 Palavras (17 Páginas)  •  450 Visualizações

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Devido à sua raridade, gravidade e diversidade, as doenças genéticas constituem um importante problema de saúde pública, se bem que sem o adequado reconhecimento social. Atualmente, o Departamento de Genética ocupa-se do estudo de mais de 50 doenças genéticas, mas como uma única doença genética é o resultado de um único gene transformado, estima-se haver cerca de 4000 doenças genéticas únicas, doenças que é necessário haver cura.

[pic 1]

Apesar da maioria das características das entidades biológicas serem genéticas e hereditárias (centro), há características que são apenas hereditárias (esquerda), ou que são apenas genéticas (direita).

Classificação das doenças genéticas

As anomalias ou doenças genéticas, são defeitos causados no DNA (informação genética) do indivíduo, que podem causar disfunções metabólicas, e/ou alterações físicas. Essas doenças podem ser gênicas, cromossômicas ou ainda, multifatoriais. Mutações gênicas são doenças causadas por um defeito num gene, seja na estrutura ou no número. O DNA é essencial para a produção de proteínas no corpo de um indivíduo. Portanto, mudanças acidentais no DNA podem levar a modificações das proteínas fabricadas, muitas das quais são enzimas, com papel fundamental no metabolismo. A produção de uma enzima defeituosa altera o metabolismo, já que a reação que a enzima deveria catalisar não ocorre, e o metabolismo age como se não houvesse a presença de determinada enzima. As doenças genéticas são transmitidas para sua descendência, explicadas pelas leis de Mendel. Dentre as mutações, existem três diferentes causas, sendo elas as monogênicas, cromossômicas e multifatoriais.

As monogênicas são causadas por mudanças ou mutações em genes específicos, isolados, que passam a ser caracterizados pelo seu padrão de transmissão nas famílias. Também conhecidos por distúrbios Mendelianos, devido às características das ervilhas estudadas por Gregor Mendel, que também ocorrem em média em proporções fixas entre a prole de tipos específicos de reprodução.

Temos como exemplo a distrofia muscular de Duchenne (imagem abaixo), que além de hereditária, é degenerativa. É causada pela ausência de uma proteína essencial para os músculos. Sem essa proteína, o músculo vai degenerando progressivamente. A ausência dessa proteína é causada por um gene defeituoso, embora o problema também possa surgir a partir de uma mutação genética – sem necessidade, portanto, da hereditariedade.

[pic 2]

Dessa forma, existem quatro padrões básicos de herança monogênica:

- Herança Autossômica Dominante – um fenótipo é expressado da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos. Toda pessoa afetada possui um genitor afetado, que por sua vez possui um genitor afetado, e assim por diante, como no heredograma abaixo.

[pic 3]

- Herança Autossômica Recessiva – ocorre quando ambos os progenitores não foram afetados. O risco de seus filhos receberem o alelo recessivo de cada genitor, e serem afetados, é de 1/4. A maioria dos genes dos distúrbios autossômicos recessivos está presente em portadores dos genes. Eles podem ser transmitidos nas famílias por numerosas gerações sem jamais aparecer na forma homozigótica. A chance de isto acontecer é aumentada se os pais forem aparentados. Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante de cada genitor. Desse modo:

[pic 4]

- Herança Dominante Ligada ao X - um fenótipo ligado ao X é descrito como dominante se ele se expressar regularmente em heterozigotos. Em um heredograma dominante ligado ao X, todas as filhas e nenhum filho de homens afetados são afetados; se alguma filha não for afetada ou algum filho for afetado, a herança deve ser autossômica.

[pic 5]

- Herança Recessiva Ligada ao X - uma mutação ligada ao X expressa-se fenotipicamente em todos os homens que a recebem, mas apenas nas mulheres que são homozigóticas para a mutação. Mulheres heterozigotas podem expressar o fenótipo (considerando a Hipótese de Lyon). O gene de um distúrbio ligado ao X às vezes está presente num pai e numa mãe portadora e, então, as filhas podem ser homozigóticas afetadas.

[pic 6]

Mutações cromossômicas são doenças causadas por um defeito no cromossomo, seja na estrutura ou no número. Quando o cromossomo sofre quebras acidentais, podendo faltar pedaços, denomina-se mutação cromossômica estrutural, e quando o cromossomo apresenta alteração no número, apresentando cromossomo a mais ou a menos, denomina-se mutação cromossômica de número, sendo que essa mutação pode causar perturbações expressivas. Como por exemplo, uma das mais conhecidas, a Síndrome de Down é uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21. Normalmente, os humanos apresentam em suas células 46 cromossomos, que vem em 23 pares. Crianças portadoras da síndrome de Down têm 47 cromossomos, pois têm três cópias do cromossomo 21, ao invés de duas.

[pic 7]

Mutações multifatoriais são causadas por uma combinação de fatores ambientais e mutações em genes múltiplos levando a deformações no corpo, como na imagem abaixo. Também conhecidos por distúrbios Complexos ou Poligénicos, a herança multifatorial também é associada com algumas características de hereditariedade (padrões de impressão digital, altura, cor de olho, cor de pele)

[pic 8]

PREVENÇÃO

O diagnóstico genético é uma das possibilidades do acompanhamento pré-natal, capaz de identificar e mapear os cromossomos do feto, a fim de detectar alterações que possam originar más formações estruturais do bebê, assim como doenças genéticas mais raras.

Atualmente já existem vários testes genéticos capazes de predizer com facilidade a incidência de desordens causadas por um só gene. No entanto, são poucos os testes para doenças causadas por mutações em vários genes ou patologias provocadas pela interação dos genes de um indivíduo e o seu estilo de vida e/ou ambiente. Nestes casos, a estimativa de risco é variável de indivíduo para indivíduo e mais difícil de prever.

O rastreio, seja qual for o teste usado nunca

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